Os empréstimos que não avançam
Depois de terem sido chumbados dois
pedidos de empréstimo (um de 9,7 milhões de euros e o outro de 7,6 milhões de
euros), o executivo municipal apresentou novo um empréstimo de longo prazo no
montante global de cerca de seis milhões de euros.
De acordo com o documento, a que o
“Diário de Todas as Beiras” teve acesso, a verba destina-se a suportar cinco
investimentos:
51 fogos no Bairro da Fraternidade
- 2,2 milhões de euros.
Alteração e ampliação de um
edifício para alojamento estudantil - 673 mil euros
Remodelação e adaptação do
ex-edifício da Associação Comercial - 714 mil euros
Aquisição de diversos imóveis no
centro histórico - 442.500 euros
Compra de seis lotes de terrenos na
Urbanização Encosta do Sol - cerca de 1,9 milhões de euros
Tudo somado, o valor do empréstimo
totaliza 5.935.813,27 euros.
A oposição entendeu chumbar o
pedido de empréstimo, defendendo que a autarquia deveria aproveitar o
adiantamento que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) poderá
fazer entre 25% a 50% do valor do investimento.
“A nove meses do fim do mandato
deste executivo e quando se sabe que não é possível concretizar a maior parte
destes investimentos, não vamos penhorar os próximos investimentos da próxima
vereação”
Para o vereador do PSD, “este
executivo pretende ir pelo caminho mais oneroso e mais difícil para defesa dos
interesses do concelho, ou seja, quer contratar um empréstimo com encargos, a
onerar gerações futuras, quando tem ao seu dispor um instrumento legal que é
pedir ao IHRU o adiantamento de 25% do valor do investimento, cerca de um
milhão e meio de euros, mas se se justitificar a razão deste investimento o
IHRU pode chegar aos 50%, cerca de três milhões de euros”
Indignado o presidente da
autarquia, acusa “esta oposição da Guarda que está na reunião de Câmara” de
estar “a fazer com que as finanças da autarquia num curto/médio prazo fiquem
absolutamente depauparadas”.
O autarca recorda que foi
necessário “recorrer à tesouraria da autarquia” quando foi chumbado o
empréstimo de dez milhões que o município pediu para investir dez milhões de
euros em infra-estruturas danificadas pelos incêndios e intempéries nas
freguesias rurais, para não devolvermos 3,2 milhões de euros.
“Como a nossa tesouraria está a
baixar de dia para dia, quisemos contratualizar agora um empréstimo para fazer
este investimento na cidade, mas a oposição disse que não, que gaste o dinheiro
que tem cá. Mais cedo ou mais tarde, as finanças da autarquia vão ficar
depauperadas”, salientou.
Comentário
Barafunda: Tudo no mesmo saco. Para
que querem comprar lotes de terreno? Para que querem mais imóveis no centro
histórico? Para que querem remodelar agora o ex-edifício da Associação
Comercial, anda no ar há mais de 4 anos?
Para que andam a alcatroar caminhos
agrícolas? Para que andam a distribuir dinheiro para tudo que se meche parado?
Porquê tanto dinheiro em festas? Meio milhão para as festas de Natal? Obras não
indispensáveis como a grande rotunda da GALP e a rua Tiago Gonçalves (2 milhões
para as duas)
E para terminar um elogio, ao fim
de três anos, a única decisão com pés e cabeça foi instalação da UEPS.
E para terminar o seu texto, a decisão da UEPS é do Governo PS e foi anunciada em 2019. Eles tomaram ZERO decisões para a Guarda. Pior do que o PG só mesmo a Dulcineia e os atores da adega de Pinhel. Hoje mesmo acabaram com o CEIS.
ResponderEliminarE é mais um dia na Guarda. Dinheiro gasto em bacoradas e estatuetas, jantaradas pagas aos empresários (coitados, tanto precisam) com o dinheiro dos guardenses e o presidente na missa a tirar fotografias e a fazer figuras tristes
ResponderEliminarSinceramente, esta terra envergonha-me. A política na Guarda é a arte de fazer mal e de fazer o mal!