Vinho "Tazem Grande Escolha 2012" recebe medalha de ouro

A notícia que se segue chamou-me a atenção:

“O vinho "Tazem Grande Escolha 2012" conquistou a medalha de ouro no concurso internacional Le Challenge International du Vin, realizado em Bordéus (França). Segundo a Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem, «o maior e mais antigo concurso de vinho organizado em França, e um dos mais antigos da Europa, premiou o "Tazem Grande Escolha 2012" como medalha de ouro, em mais de quatro mil vinhos testados em provas cegas por mais de 800 profissionais». «É mais um prémio para a Adega de Vila Nova de Tazem, mas também para o Dão, que tem vindo a afirmar-se como uma região de referência e de bons vinhos. É também um orgulho ver um dos nossos vinhos com uma medalha de ouro, sabendo que a concurso estavam milhares de vinhos de mais de 38 países»

Evidentemente que é um prémio e eu até pensava que estes concursos eram muito muito importantes e sérios, até começar a procurar informação e ler alguns especialistas em vinhos.

Por esses especialistas fiquei também a saber que agora o vinho, mais do que nunca, pode ser um produto de marketing e da Comunicação social. E foi por isso que os nossos jornais regionais fizeram a festa com esta “newsletter”

O que é preciso é ter as pessoas certas nos lugares certos, quer o pessoal de marketing quer os da comunicação social.

Sobre este concurso é preciso dizer:

Em duas manhãs analisaram todos os 5 mil vinhos a concurso

Os 800 provadores eram profissionais e amadores especialistas, sem indicação de como foram escolhidos.

Aos muitos vinhos Portugueses a concurso foram atribuídas 32 Medalhas de ouro, 30 Medalhas de prata e 12 Medalhas de bronze

No total foram atribuídas 1200 Medalhas aos vinhos concorrentes

Para colar nas garrafas vendem “medalhas autocolantes “ao preço de: 1000 a 5000 Medalhas a 29 Euros por mil, 6000 a 10000 Medalhas a 27 Euros por mil e mais de 11000 Medalhas a 24 Euros por mil, não inclui preço de transporte.

E ainda cada diploma custa 7 Euros, cada placa de prémio custa 17 Euros, cada prato de vencedor custa 17 Euros e medalha gravada custa 27 Euros.

Tudo é negócio.

Mas mais que tudo é preciso provar e eu ainda não provei nenhum destes vinhos premiados.

Desabafos de princípio de ano 5 – A minha terra

Como ele deixou o Concelho e a minha terra

O meu Concelho é Gouveia e a minha Terra é Vila Nova de Tazem

Em 1970 Eram 18514 Habitantes. Em 1981 Eram 19045 Habitantes. Em 1991 Eram 17410 Habitantes. Em 2001 Eram 16122 Habitantes. Em 2011 Eram 14046 Habitantes. Em 2013 Eram 13553 Habitantes. Em 2015 Eram 1319 Habitantes

Álvaro Amaro governou o Concelho entre 2001 e 2013

Recebeu um Concelho com 16122 habitantes deixou-o com 13553 habitantes, menos 2569 habitantes em 12 anos

Quando entre 1970 e 2001, 31 anos, apenas se tinham perdido 2392

Entre 2001 e 201, 10 anos, Vila Nova de Tazem perdeu 300 habitantes,15% dos seus habitantes enquanto entre 1970 e 2001, 31anos tinha perdido 410 habitantes.

E o que deixou na minha terra?

Um relvado sintético. Uma das zonas altas só com água à noite. A ligação da água a Tazem ainda é feita em tubos de “lusalite” a rebentar com grande frequência e com perdas consideráveis, E alcatroou uma estrada.

Desconhecimento, Distração ou Saneamento?

A Câmara de Gouveia alterou o nome da Avenida António Martins Almeida para Avenida do Lar.

Distração, desconhecimento ou saneamento?

Muito que fazer em Gouveia

Gouveia é um Concelho que tinha 16 122 habitantes no ano de 2001, tinha 14 046 habitantes em 2011 e em 2015 já só tinha 13 114.

Com eta fuga de gente, que aconteceu nos gloriosos 12 anos anteriores e que se continua a verificar, há muito trabalho a fazer e muito a investir para atrair nova gente.

Para atingir este objectivo o Presidente da Câmara de Gouveia chegou à conclusão que deveria ser a Câmara a dar o exemplo na fixação de pessoas

Para isso a primeira medida que tomou foi aumentar a sua equipa na vereação. Assim além do Presidente terá mais 4 Vereadores a tempo inteiro.

Assim será mais fácil cada vereador conhecer bem o território já que terá 4 anos para falar e ouvir os 2 mil Munícipes que lhe vão calhar na distribuição que será feita,

Não acreditem no que escrevi, estou só a brincar.

Barragem de Girabolhos

Acabou mais um sonho de infância, ou ficou adiada até ao dia de São Nunca Mais.

A Barragem de Girabolhos, não vai avançar. Quando era miúdo já me falavam nela e ficava pertinho da minha terra. Boa para tomar banho e mais próximo que Cativelos onde nos íamos banhar ao domingo.

Relançada em 2008 quando Portugal comprava energia à Espanha e a França e eramos altamente deficitários. Agora quase que somos autónomos.

As Associações ambientalistas esfregam as mãos de contentes

A Endesa, que iria construir a barragem, dá pulos de contente, porque já não precisa de gastar muitos milhões naquele empreendimento e o dinheiro não abunda.

O Governo dá um suspiro de alívio e livra-se de mais uns quantos problemas de compensações energéticas.

Os Políticos locais choram lágrimas de sangue em público e em privado dizem que sim. É só ver quantos requerimentos entraram na Assembleia da República a pedir explicações sobre o não avanço das obras.

Eu perdi definitivamente a esperança de ver ali bem perto uma albufeira, até já tinha encomendado uma pangaia ou será pangaio.

Património Mundial da Humanidade

Gouveia quer candidatar os “Casais de Folgosinho” a Património Imaterial da Humanidade, nada a opor.

Digo mais, sugiro à Câmara de Gouveia que não se esqueça de candidatar O “Penedo Oscilante”, a “Costela da Marreca”, a “Casa dos Mouros”, as “Fragas da Maria do Bento”, os “Túmulos na Rocha”, “os Chões”, a “Canada da Perua” e a “Adega Cooperativa, com os vinhedos” em Vila Nova de Tazem a “Património Material da Humanidade”  

Vila Nova de Tazem recebe refugiados

 “Uma colectividade do concelho de Gouveia faz parte da rede de 68 organizações inscritas para acolher 420 refugiados. A Associação “Reencontro” vai ceder a própria sede – a antiga escola primária de Vila Nova de Tazém – para dar acolhimento a uma família numerosa de dez pessoas. Esta entidade foi a única, no distrito da Guarda, a inscrever-se na Plataforma de Apoio a Refugiados e a assinar o protocolo, anteontem, em Lisboa. 248 organizações da sociedade civil já antes tinham deixado abertas as portas para os migrantes sírios (e não só) fugidos da guerra. A presidente da associação de Vila Nova de Tázem, Laura Costa, diz que não ficou indiferente aos apelos e às imagens”.

(Rádio Altitude on-line)

Comentário 1: Tazem, Tázem ou Tazém? Na dúvida Tazem.

Comentário 2: A Associação (sede na Escola) tinha um projecto para deficientes que residiriam na escola, provavelmente o projecto falhou e agora há esta oportunidade.

Comentário 3: A Escola foi cedida pela Câmara de Gouveia por trinta anos

Comentário 4: Não se podem fazer mais comentários, mas podiam.

Vinho Solidário

In: Jornal O Interior de 15 de Janeiro de 2015

V. N. Tazem: Hospital D. Maria Cândida

Edifício em Vila Nova de Tazem, dos princípios do século XX, que nasceu para ser hospital e ao fim de muitas vicissitudes é Casa do Povo

V. N. Tazem: Escolas Primárias

Com a construção da Escola Básica o edifício das Escolas Primárias fechou e segundo me informaram vai abrir para outros fins.

Um protocolo entre o Executivo da Câmara de Gouveia e alguém com importância na política local, atribui a este alguém a utilização do edifício por 25 anos.

O Edifício poderá ser transformado numa residência para crianças abandonadas. 

V. N. Tazem Natal – Presépio

V. N. Tazem – Rotundas Monumentais

Vila Nova de Tazem é a maior freguesia rural do Concelho de Gouveia com cerca de 1800 habitantes.

E quando perguntado quantas crianças frequentavam o Jardim infantil responderam 13.

E quanto perguntado em que se ocupava a população activa da vila foi respondido: Na Escola Básica, Na Casa do Povo, Nos Correios, Na ABPG, algum comércio e na Agricultura.

E quando perguntado qual seria o futuro foi respondido: Assim como os nossos antepassados buscaram Terras Africanas, Terras Sul Americanas e Terras Europeias, assim será o nosso futuro.

V. N. Tazem: Jardim de Santo António

Vila Nova de Tazem, Jardim de S. António: É meu vizinho e a degradação já não é de agora.

A Alambicada

Vila Nova de Tazem (Fundo do Povo): Alambique do Chiquinho Barril

A Alambicada é uma iguaria que apenas existe na minha terra à base de cabrito.

É feita numa panela de ferro, debaixo da qual se acende uma pequena fogueira, e que vai ser cheia com cabrito, azeite, cebola, picantes, vinho tinto, vinho do Porto, Aguardente ou Whisky, entre outros ingredientes.

O grande segredo está no alguidar de alumínio que vai ser “colado” à panela com farinha amassada para vedar completamente a saída dos vapores da panela, um arame ajudará na junção perfeita.

O alguidar vai ser cheio de água fria, que depois de aquecida é retirada, enchendo-se de novo com água fria, duas vezes.

Depois de o cabrito estar cozido, é deitado na panela uma quantidade generosa de pão de segunda, servindo-se o ensopado com batatas cozidas com casca numa panela de ferro.

A imagem mostra o alambique onde teria sido criada esta receita pelo Senhor Chiquinho Barril e que foi o seu grande divulgador, sendo seu seguidor e divulgador o “Ti Conde”, ambos já falecidos.

Duas árvores de Natal

Vila Nova de Tazem: Caminho do Carvoeiro

V. N. Tazem – a Fonte

Quinta da Pellada: Uma das adegas melhores do mundo

O Vinho de Álvaro de Castro

A Adega “Quinta da Pellada” está incluída nas 100 melhores adegas do mundo, na classificação da conceituada e especializada revista norte-americana  Wine&Spirits.

Em Portugal há mais quatro adegas referenciadas: Herdade do Esporão, Quinta do Noval, Taylor Fladgate e Quinta da Romaneira.

É numa elevação junto a Vila Nova de Tazem, na sub-região da Serra da Estrela, que se situam as Quintas de Saes, Pellada e Outeiro. A sede é na Freguesia de Pinhanços no Concelho de Seia que faz fronteira com a Freguesia de Vila Nova de Tazem no Concelho de Gouveia, no Distrito da Guarda.

(Da página oficial):

Quinta da Pellada

As primeiras referências históricas que se conhecem sobre a Quinta da Pellada aparecem por volta de 1570, aqui existe ainda uma casa do séc. XVI construída de face para um pátio interior, como um solar fortificado.

Álvaro de Castro é Eng.º civil e herdou esta propriedade em 1980, dedicando-se exclusivamente a ela, restabeleceu a tradição familiar na produção de vinho, quebrada há duas gerações.

Levando a peito as suas referências de juventude e recordando os vinhos produzidos pelo Eng.º Vilhena do centro de estudos de Nelas. O seu primeiro vinho aparece então com a vindima de 1989.

Desde essa altura até hoje tem sido apoiado na enologia pelo Engº. Magalhães Coelho e mais recentemente pela sua filha Eng.ª Maria Castro e também pelo Eng.º Ataíde Semedo.

Quinta de Saes

A Quinta de Saes tem origens muito remotas, as mais antigas referências datam de 1258. A presença da viticultura como actividade agrícola é, igualmente muito antiga: registos de 1527 atestam que Saes pagava de imposto ao Rei, anualmente, a considerável soma de 80 pipas de vinho.

Outeiro

O Outeiro está localizado numa encosta virada à Serra, uma vinha mais perto da adega do que a Quinta de Saes ou Pelada. Foi primeiramente alugada e depois adquirida à Casa da Passarela em 2002 para vir a originar o vinho PAPE (PA-Passarela e PE-Pellada).

As vinhas com idades entre os 3 e 65 anos, estão instaladas a uma altitude média de 550 m. A área total perfaz 60 ha, onde estão plantadas, em solo de base granítica com linhas de areia e argila, as castas típicas da região: Encruzado, Cercial, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro, Baga e uma Vinha Velha com mais de 30 castas diferentes.

V.N. Tazem: Duas Associações com história

As duas Associações que as fotografias mostram têm apenas uma coisa em comum: Ambas terminaram a sua actividade.

Em Vila Nova de Tazem, ambas as Associações, Club Boa União e Centro Dr.António Borges, tiveram uma vida pujante.

O primeiro era conhecido por ser o club dos ricos, média burguesia e dos estudantes, enquanto o segundo era do operariado, comércio, artistas e pequena burguesia.

A sede do “Clube”, como era conhecido, foi recuperado para a sede da Banda Filarmónica.

A sede do “Centro”, como era conhecido, foi recuperada para sede do Club de Futebol os Vilanovenses.

A história destas duas Associações ainda estão por fazer e os que conheciam bem o historial ou já desapareceram ou começam a perder a memória. A documentação deve ter-se perdido definitivamente com a transformação das duas associações ao longo do tempo.

A Banda Filarmónica de V. N. de Tazem

A Banda Filarmónica de Vila Nova de Tazem, fundada antes de 1863, por ela passaram Maestros de renome: Mestre Norberto Garcia, Padre José Brizida, Manuel Primo, Padre António Rodrigues, José Rodrigues da Costa Pinto, Armando Rodrigues Costa Pinto, José Carlos Penicheiro, António Rodrigues da Costa Pinto, Francisco Pinto Martins, Nélson Manuel Torres Martins.

(Da página oficial da Banda Filarmónica de Vila Nova de Tazem)

A Freguesia de V. N. de Tazem homenageou dois dos seus mais prestigiados maestros, duas gerações, atribuindo a duas ruas os seus nomes, José Rodrigues da Costa Pinto e Armando Rodrigues da Costa Pinto.

Atualmente a Banda tem a sede na antiga sede do Club Boa União que entrou em decadência nos anos 70 do século passado.

Voltar à Origem – A “Adega do Dão”