Desertificação do interior?

Desertificação do interior? Lisboa e arrabaldes ajudam cada vez mais
O novo grande plano do Governo para o investimento
Já há imagens do que será a Parque Cidades do Tejo.
Seria um bom tema para os políticos do interior discutirem na próxima campanha eleitoral
O Governo Central quer gastar alguns milhares de milhões de euros, na área Metropolitana de Lisboa.
Quer construir casas para mais de 200 mil pessoas.
Onde vai buscar essa gente toda? Há imigração (do interior) ou há emigração (de outros mundos)?
Só no espaço do actual aeroporto de Lisboa querem construir 20 mil casas e um Parque verde
E depois há o túnel sob o Tejo de Algés à Trafaria e mais uma ponte sobre o Tejo para o novo aeroporto.
E ainda o Ocean Campus em Lisboa e Oeiras
E mais ainda o glorioso Arco Ribeirinho Sul para terrenos que a indústria conquistou e deixou ao abandono no Barreiro, Seixal e Almada. Mereceu a promessa governamental de que não ficará apenas no papel.
É olhar para a fotografia das áreas a requalificar
Com tanto dinheiro do OE como vai ficar o interior?

Reunião de quem e para quê e outras estranhezas?

A página oficial da Câmara informa:
Realizou-se ontem, 14 de janeiro, na Sala António de Almeida Santos, na Guarda, uma reunião da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região Beiras e Serra da Estrela.
Primeira estranheza:
A Comunidade passou a ter o acrónimo de CIMRBSE em vez de CIMBSE? Foi aprovado por unanimidade? Quando alteram a página oficial?
Segunda estranheza, o que foi decidido?
Decidiram a missão que já estava decidido na criação da CIMBSE
A CIMRBSE tem como missão potenciar e promover o desenvolvimento da região, otimizar e defender os interesses comuns dos Municípios associados e reforçar a identidade conjunta da região, mediante a articulação de interesses e criação de sinergias, estimulando assim o desenvolvimento integrado e coletivo, valorizando parcerias, criando sinergias e maximizando resultados.
Terceira estranheza:
Enviam-nos para uma página, cujo conteúdo não está disponível.
#municípiodaguarda #guarda #amaisalta #CIMRBSE
Quarta estranheza:
Foi nesta reunião que foi decido participar na FITUR (Madrid) em conjunto com as regiões de Coimbra, Leiria e Viseu/Dão/Lafões?
S foi, foi a única decisão conhecida e boa. Irão “promover os produtos turísticos e as experiências de referência” dos seus territórios e a participação conjunta poderá constituir, igualmente, um ponto de encontro para reuniões de negócios “que abrirão a porta a oportunidades comerciais vantajosas para a região”.
Estranheza fora do contexto
O Presidente está ansioso, tal como eu, e passou de expetante a ansioso. Porquê?
Porque espera que as obras do Hotel Turismo se iniciem até ao final deste mês. Escrevo até ao final deste mês e não janeiro, porque assim serve para qualquer mês.
Espera em breve “notícias boas”, mas deixa o aviso, não vai admitir «ingerências de politiqueiros locais», e eu acrescento, tenho três empresas à espreita, tal como prometi na campanha.

Burel homenageia queijeiras da Estrela, com capas originais

Foto Kitato retirada do Jornal de Notícias

No dia 1 de Abril, as queijeiras do queijo da Serra da Estrela, vão receber umas capas criadas pela designer Sandra Pinho da Fauna Creative Labs e produzida pela Burel Factory, em Manteigas.
“Este projeto, promovido pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanhas - ADIRAM, pretende ser uma homenagem e um fator transformador nas vidas das queijeiras”
A inspiração partiu da forma simples do queijo. As Queijeiras da Serra da Estrela, guardiãs de um queijo reconhecido nacional e internacionalmente pela sua excelência. A missão é empoderar e dar presença e voz a mulheres que, como tantas outras, por vezes são as heroínas "invisíveis" da sociedade e da cultura.
!O projeto vai chegar, numa primeira fase, 40 queijeiras dos nove concelhos da Serra da Estrela, mas o intuito é escalar para um universo mais abrangente. Aderiram já ao projeto 22 queijeiras dos concelhos de Seia, Oliveira do Hospital, Gouveia, Guarda, Celorico da Beira e Fornos de Algodres.”

Turismo no Interior: Uma viagem pelos slogans

Em 2011 a viagem no interior da CIMBSE foi assim:
Saí da Guarda “Capital da Cultura”, fui a Manteigas “Coração da Serra da Estrela” que queria ser “Capital do BTT”, era para ir à Covilhã “Cidade das 5 Estrelas”, mas preferi passar por Gouveia “Capital da Aventura”, de caminho passei em Freixo da Serra “Aldeia Museu”, percorri as ruas de Celorico “Capital do Queijo”, não tive tempo para ir a Foz Côa “Capital do Paleolítico”. Regressei à “Capital” do Distrito
Estava a programar ir a Belmonte “Capital da Memória Sefardita”, ao Fundão “Capital da Cereja”, a Almeida “Capital das Invasões Francesas”, a Trancoso “Capital dos Museus” ao Sabugal “Capital da Raia”, a Figueira “Capital da Amendoeira”, a Seia “Capital dos LED”, a Aguiar “Capital do Outro”.
E agora como será?
Em 2021 se pudesse viajar era assim:
Estou na “Guarda - a Mais Alta”, irei a “Gouveia – a Nossa Terra”, passando por “Manteigas – Vale por Natureza”~, darei uma saltada à “Covilhã – A tecer o futuro” e a “Seia – Serra da Estrela”
No regresso passaria por “Celorico – Comgosto, o melhor de nós para si”, iria ainda a “Trancoso – Município” e daria um salto a “Aguiar à Vossa Beira” e terminaria em “Pinhel – Cidade Falcão”
Regressaria a casa para preparar a viagem seguinte
Para norte iria a “Meda – Município”, “Foz Côa – Um concelho, dois patrimónios mundiais” e a “Figueira – Mergulhe nestes Patrimónios”
E para sul visitarei “Belmonte – m”, seguirei para o “Fundão – 365 dias à descoberta” e subirei ao “Sabugal - Município”, seguindo depois para “Almeida – Fronteira da Paz” regressando a casa.
Boa tarde senhores passageiros, fim da viagem e dos nossos serviços de viagem

Eleições Presidenciais: Evolução em dois concelhos a que estou ligado

A fuga do Interior continua. Dois exemplos da “desEvolução” de recenseados e votantes.
Concelho da Guarda
Inscritos para votar em 2016 foram 39589
Inscritos para votar em 2021 foram 37729
Perderam-se 1860 inscritos em 5 anos
Votantes em 2016 foram 19838
Votantes em 2021 foram 16573
Perderam-se 3265 votantes
Concelho de Gouveia
Inscritos para votar em 2016 foram 14360
Inscritos para votar em 2021 foram 12588
Perderam-se 1772 inscritos em 5 anos
Votantes em 2016 foram 6305
Votantes em 2021 foram 4681
Perderam-se 1624 votantes

CIMSE: ULS da Guarda não é prioridade?

Fonte: Diário das Beiras

Para os Presidentes de Câmara da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela os investimentos na ULS – Unidade Local de Saúde da Guarda não são prioritários. Decidiram que o ramo tecnológico e a “Criação de uma rede de alta conectividade em baixa densidade” é ais importante
Não sei em que estudos se basearam para a tomada de decisão ou se foi para contentar a tripla/Covilhã/Fundão/Belmonte, mas os Guardenses e os restantes habitantes do Distrito mereciam uma explicação.
Investimentos considerados prioritários:
1 - Ampliação e qualificação do Hospital de Aveiro
2 - Criação do Centro Oncológico no Centro Hospitalar Viseu/Tondela e criação e reforço da rede de psiquiatria e de cuidados continuados
3 - Construção da nova maternidade de Coimbra
4 - Novo hospital do Oeste
5 - Beneficiação e ampliação do Centro Hospitalar de Leiria.
6 - Construção do IC31 (Beira Baixa)
7 - Ponte de Constância/Abrantes, com ligação ao IC9
8 - Criação de uma rede de alta conectividade em baixa densidade (Beiras e Serra da Estrela).
“As comunidades intermunicipais do Centro reunidas no dia 5 de novembro em Conselho Regional, em Coimbra, anunciaram a aprovação de um documento com oito investimentos prioritários, um por cada uma, no montante de mil milhões de euros”.
“É um momento importante, mas mais do que isso é um momento político da maior relevância para que o Centro conte mais num país onde a centralidade em termos de disputa financeira está muito à volta de Lisboa e Porto”,
O Conselho Regional do Centro “nunca tinha concertado uma posição com definição de projetos em concreto”.
“Estamos numa fase muito importante de ajudar o Governo a definir com exatidão os projetos que vão ser financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”
“Fizemos um exercício de concertação das oito comunidades e decidimos qual é a prioridade por cada uma das comunidades”
“Para o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, os oito projetos apresentados “têm de estar nas opções do PRR” para a região Centro, que representa 20% da população nacional e 30% da área territorial”.

Linha do Douro - Barca de Alva

Por Jcornelius - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=34088997

Anda por aí a correr uma petição para ser aberta a linha do Douro entre o Pocinho e Barca de Alva e depois seguir para Espanha.

O Primeiro subscritor é Miguel Cadilhe.

Ora lendo o que se segue, a “bíblia” wikipedia, lembra-nos que a memória do homem é curta e a memória da wikipedia é grande

“Miguel José Ribeiro Cadilhe é um político e economista português”.

“Foi secretário de Estado do Planeamento em 1980 e ministro das Finanças por quatro anos, entre fins de 1985 e inícios de 1990

“ …já nessa altura se defendia a manutenção do tramo em território nacional, devido às potencialidades da Linha do Douro como destino turístico, em conjunto com a promoção do Vinho do Porto”

“Em 1979, a empresa Red Nacional de los Ferrocarriles Españoles operava uma automotora Ferrobus entre Barca de Alva e La Fuente de San Esteban”

“Em 1984, o estado espanhol decidiu encerrar o troço entre La Fuente de San Esteban e La Fregeneda, deixando sem quaisquer serviços, igualmente, o troço internacional entre esta última localidade e Barca d’Alva e como tinha sido previsto, foi concretizado no dia 1 de Janeiro de 1985”

“Em 1988, foi encerrado o troço entre o Pocinho e Barca d’Alva”

“80 por cento das provas do Campeonato de Perícias serão no Interior”

A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting veio à Guarda apresentar o Campeonato de Portugal de Perícias para 2019.

O Presidente da Federação referiu que isto era muito interessante porque «Este Campeonato de Perícias está distribuído do ponto de vista geográfico de uma forma que me parece interessante, pois cerca de 80 por cento das provas têm lugar no Interior, uma lacuna que se vai colmatar nesta região.”

Mais interessante seria analisar porque é que as provas de perícia e outras se realizam no Interior e não no Litoral

Das muitas explicações que pode haver eu apresento uma:

Os Presidentes de Câmara do Interior continuam convencidos que estas realizações servem para dinamizar a economia local e coo tal aprontam-se para a sua realização entrando com as verbas necessárias para que haja espectáculo.

E lá vêm os corredores do litoral, a grande maioria, divertir-se à custa dios da terra e com gastos reduzidos.

E quando se pergunta qual o retorno e a mais-valia destas realizações são incapazes de avançar com números e apenas respondem, estamos a dinamizar a economia local. E entenda-se economia local alguma hotelaria, alguns restaurantes e muitos bares.

Medidas emblemáticas do Folclore Autárquico

Notícia: “Vinho de Figueira de Castelo Rodrigo vai ser colocado no espaço”

“A Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo, em parceria com a Câmara Municipal, vão colocar no espaço uma garrafa de vinho”.

“A ideia foi apadrinhada pelo cientista Carvalho Rodrigues”

“Esta iniciativa poderá ficar associada às comemorações do V Centenário da Circum-navegação comandada pelo português Fernão de Magalhães, que começam este ano e se prolongam até 2022”

“As Amendoeiras em Flor são o maior e o mais apelativo cartaz turístico da região.

“Destacando-se o Festival de Pimba, que irá decorrer entre os dias 15 a 17 de Março, onde estarão presentes artistas como Quim Barreiros, Sons do Minho e Augusto Canário”

“O certame visa estimular, promover e divulgar o artesanato local e regional e os produtos tradicionais e endógenos enquanto marcas da identidade desta região e dinamizadores da economia local”.

Para um Concelho que perde população a olhos vistos serão estas iniciativas que vão acabar com a desertificação?

Ano/População

1991 - 8105

2001 – 7134 (- 971)

2011 – 6253 ( - 881)

2017 – 5789 ( - 464)

Idosos por cada 100 jovens - 281,0

O Interior é de todos?

“O interior é de todos” diz o BE

Se é de todos quando é que chegam cá para trabalhar no vosso quinhão que abandonaram?

Se não tiverem quinhão em alugo a 10 Euros por ano.

E o litoral é só vosso? Deem-me o meu quinhão que já vou para aí, nem que seja para passar férias.

Solar dos Sabores e Sede da CIMBSE, o que foi inaugurado?

Para quem duvidava do que foi inaugurado nos antigos Paços do Concelho situados na Praça Velha, aqui mostro a fotografia da inauguração.

Apenas foi inaugurado o Solar dos Sabores, que ainda não abriu, pois precisa de muito mais dinheiro para fazer obras.

A sede da CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela não foi inaugurada, não existe.

Está sediada no Solar dos Sabores. Pagará renda?

Será que estes pequenos, ou grandes, equívocos têm a ver com o dinheiro que chega da Europa?

Não, não tem. Isto é apenas um desabafo humorístico a preto e branco, não racista.

Orçamento da CIMBSE

A Assembleia da CIMBSE - Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, aprovou por unanimidade o orçamento para 2019, no valor de 6,1 milhões de euros.

A reunião foi na Guarda, não na sede, mas na Câmara Municipal.

O orçamento dá continuidade a investimentos no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial, que tem vigência até 2020, e a projectos que estão em fase de implementação e candidatados.

Aprovou também por unanimidade o alargamento do mapa de pessoal para o próximo ano.

O quadro de pessoal tem actualmente sete elementos e, em 2019, passará a ter 24, com a entrada de 14 sapadores florestais e de três técnicos superiores.

O quadro de pessoal será, portanto:

14 Sapadores Florestais

2 Secretários Executivos

3 Técnicos Superiores novos

5 Técnicos Superiores existentes

Se considerarmos que entre vencimentos, senhas de presença para Deputados e para Presidentes de Câmara se podem gastar mais de 500 mil euros, parece-me que algo não vai bem, para um orçamento daquele valor e que no terreno não se vê grande trabalho.

Valha-nos os Sapadores Florestais que são absolutamente necessários, mas devem ser os que vão ganham menos.

E já agora, os novos técnicos já estão escolhidos ou vão abrir concurso?

Currículos brilhantes, remorsos e lágrimas de crocodilo

A introdução é nos Estados Unidos com Al Gore com currículo brilhante.

Foi Senador, foi Vice-Presidente dos Estados Unidos e candilado derrotado pela batota dos republicanos. Enquanto político o “Ambiente” era uma coisa que não existia.

Saiu da política e abraçou a causa do “Ambiente”. Mandou fazer um filme de sucesso e dá conferências a peso de ouro pela cauda do “Ambiente”. Só negócio.

Em Portugal também temos disto e cada vez mais, sempre que se fala do “Interior”, em movimentos ou em Partidos

Um antigo Ministro das Finanças, director de Bancos e Empresas. Um Currículo brilhante. O que fez pelo “Interior” enquanto governante?

Um antigo Ministro das Obras Públicas, Deputado. Um Currículo brilhante. O que fez pelo “Interior” enquanto governante e Deputado?

Um antigo Secretário de Estado do Ensino Superior, político. Um Currículo brilhante. O que fez pelo “Interior” enquanto governante?

Um antigo Secretário de Estado da Agricultura, Deputado, Presidente de Câmara. Um Currículo brilhante. O que fez pelo “Interior” enquanto governante, Deputado e Presidente de Câmara?

Um antigo Deputado, Presidente de Câmara. Um Currículo brilhante. O que fez pelo “Interior” enquanto Deputado e Presidente de Câmara?

Uma antiga Ministra da Agricultura, Deputada, Presidente de um Partido. Um Currículo brilhante. O que fez pelo “Interior” enquanto governante, Deputada e Presidente do Partido?

E é assim. Quando podemos não queremos. Quando queremos, dizemos que são os que podem que não querem. E choramos porque não nos ouvem.

Novas medidas para dinamitar ou dinamizar o Interior

Na sequência das várias intervenções feitas no programa “Prós e Contras, Interior Guarda”, pela sua pertinência oportunidade, vão ser adicionadas novas medidas às 24 já conhecidas:

Medida 26

Manter congelados os 9 anos, 4 meses e 2 dias que os Professores reclamam apenas para os professores do litoral. O congelamento evita os incêndios no litoral e permite que com o descongelamento das carreiras no interior, as albufeiras encham permitindo a regadio no interior.

Medida 27

Inseminar e disseminar a vaca jarmelista para a obtenção de bons nacos para grelhar e alegrar a mesa dos portugueses.

Medida 28

Continuar o projecto de entrada de refugiados em Portugal, recuperando as aldeias abandonadas e ensinando-os a agricultar os terrenos que ninguém utiliza

Medida 29

Fomentar a produção “filhícola” dando aos recém-nascidos em maternidades do Interio,r um salário mínimo nacional por mês, com a condição de viverem no Interior até aos 50 anos.

Medida 30

Era uma das medidas mais importantes, tendo sido retirada no último momento. Propunha-se a união dos autarcas em torno de projectos comuns de desenvolvimento. Foi retirada, por ser anticonstitucional pois acabava com a liberdade e a autonomia dos quinteiros.

Prós e Contras: Futebol ou Interior?

Nasceu primeiro o ovo ou a galinha?

Nasceu primeiro o Futebol ou o Interior?

A RTP 1 diz que foi o ovo e que foi o futebol, e por isso o futebol tem prioridade, assim como o ovo.

É também por isso que os “Prós e Contras” que vai ser transmitido em directo da Guarda na próxima segunda-feira, passou das 21h00 para as 22h00, podendo terminar depois da meia-noite.

E tendo o Futebol tem prioridade é natural que a transmissão de um jogo particular da Seleção Portuguesa tenha ainda mais.

É pena que a RTP1 não tenha agendado o programa para outro dia ou mesmo antecipado o jogo para as 19h00.

Assim é provável que os espectadores, depois de ver um jogo de futebol, não estejam com pachorra para ouvir um debate e desliguem o aparelho ou mudem de canal.

É a própria comunicação social que diz que quando algum político quiser fazer uma declaração importante e queira que ela passe despercebida a melhor altura de o fazer é no intervalo de um jogo de futebol.

Veremos depois nos indicadores de audiência.

Repor a “injustiça”

O Grupo de Trabalho para o Interior propôs 24 medidas para acabar com a desertificação do Interior.

Uma das medidas contempla a bonificação de vencimentos e redução do tempo de serviço para chegar à reforma, que é manifestamente inconstitucional, pois coloca Portugueses iguais em desigualdade, só porque querem mudar de residência, fartos das cidades grandes.

Para contentar os actuais residentes, o grupo resolveu acrescentar a medida número 25.

Todos os residentes vão receber medalhas:

Medalha de diamante para residentes com mais de 75 anos de residência.

Medalha de ouro para residentes com mais de 50 anos de residência

Medalha de prata para residentes com mais de 25 anos de residência

Medalha de bronze para residentes com mais de 15 anos de residência

Medalha de lata para residentes com mais de 10 anos de residência

E assim se faz justiça

MPI - Movimento Pelo Interior

Introito

O MPI- Movimento pelo Interior “não pede para que as portagens sejam abolidas, como muitos defendem, porque isso não credibiliza a reivindicação". "O que nós defendemos é que as portagens devem ser altamente diminuídas para amanhã passarem a ser gratuitas”.

 “O problema do interior resolve-se com mais gente e haverá mais gente se houver mais economia privada e mais economia pública e políticas fiscais que potenciem a economia privada.

 “Está na hora de acabar com o centralismo do Estado de Lisboa!”

O MPI - Movimento pelo Interior

 Desenhou um projrecto de modo a vigorar por três legislaturas e assenta em três pilares: política fiscal (coordenada pelo antigo ministro das Finanças, Miguel Cadilhe); política educativa, organizada por Pedro Lourtie, antigo secretário de Estado do Ensino Superior); e política de ocupação do território que está com o antigo ministro das Obras Públicas, Jorge Coelho.

Política Fiscal

Eliminação do limite de 15 mil euros de matéria colectável para que a chamada taxa de IRC do interior (12,5%) seja aplicável a todas as empresas destas regiões do país;

Tornar o Regime Contratual de Investimento (RCI) – destinado a grandes investimento iguais ou superiores a 25 milhões de euros – exclusivo do interior;

Tornar exclusivos do interior os seguintes regimes já existentes: Benefício Fiscal Contratual ao Investimento Produtivo e o Regime Fiscal de Apoio ao Investimento. E alongar a vigência de ambos até 2030;

Eliminar, apenas para empresas do interior, os limites de dedução à colecta do IRC e os limites de dimensão da empresa e investimento relacionados com o actual regime de Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos;

Melhorar apenas para as empresas do interior o Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial, eliminando tanto os limites à dedução à colecta de IRC como os limites ao volume de despesa;

Atrair cérebros tornando exclusivo do interior o actual regime especial de IRS por 10 anos, de forma a captar e manter quadros científicos, técnicos ou artísticos que garantam valor acrescentado, abrangendo não apenas pessoas vindas doe estrangeiro mas também oriundas do Litoral do país,

Permitir que os apoios estatais dados no âmbito de fundos europeus ao interior passem do máximo actual de 25% para o máximo de 45% que é aplicável à Região Autónoma dos Açores.

Ocupação do Território

Majorar em 10% a contagem de tempo de serviço para efeitos de aposentação dos funcionários deslocalizados durante o período de prestação do serviço no interior;

Majoração em 25% da contagem do tempo de trabalho para efeitos de progressão na carreira dos funcionários que sejam deslocalizados para o interior;

Majoração para o dobro dos subsídios de parentalidade e abono de família;

Atribuir aos funcionários deslocalizados um subsídio no valor equivalente a um salário anual, a ser pago em cinco prestações anuais consecutivas;

Deslocalizar para cidades do interior 25 serviços públicos a funcionar em Lisboa que tenham pelo menos 100 funcionários por cada serviço. Deslocalização feita a um ritmo de dois serviços por ano, num processo a iniciar em 2020; 

Sediar no interior do país todos nos novos serviços públicos. Qualquer serviço público criado que não seja localizado no interior deve ter como justificação uma razão de interesse público;

Deslocalizar para as regiões do interior os serviços de "back-office" dos serviços públicos que se mantiverem em Lisboa;

Tornar obrigatória a realização de uma avaliação de impacto territorial de todos os projectos de investimento público considerados estruturantes. Objectivo da medida é evitar ou mitigar eventuais impactos negativos relacionados com a coesão territorial ou sustentabilidade do território.

Educação

Elevar dos actuais 11% para 25% o número de estudantes nas instituições de ensino superior do interior, processo a decorrer em três legislaturas (12 anos). Objectivo deve ser alcançado através de alterações aos sistemas de acesso e distribuição de vagas, que devem sofrer reduções significativas nas instituições das grandes cidades;

Criação de Escolas de Pós-graduação no interior mediante o envolvimento de várias instituições de ensino superior tendo em conta diferentes especializações;

Criar uma marca internacional em cada um dos agregados regionais de ensino superior, para atrair estudantes, docentes e investigadores internacionais;

Incentivos à atracção de estudantes e jovens investigadores para o segundo e terceiro ciclos;

Reforçar o número de bolsas bem como a sua tipologia. O exemplo referido passa por alargar a bolsa Mais interior também a estudantes do segundo ciclo;

Capacitação de unidades de investigação no interior através de linhas de financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI). Criação de entidades multilaterais entre instituições de ensino, empresas e administração pública com objectivo de criar e estimular a criação de emprego qualificado no interior;

Linhas de apoio a projecto de inovação social com a colaboração de parceiros privados e públicos a fim de tornar mais eficiente o ensino no interior e melhorar o rendimento escolar;

Apoio a programa integrados de desenvolvimento através de parcerias entre as autarquias, associações empresariais e agências de captação de investimento;

Promoção de relações transfronteiriças entre Portugal e Espanha com o desenvolvimento de programas de mobilidade e criação de linhas de financiamento de projectos de investigação e desenvolvimento (I&D), ou do alargamento de programas de ensino e de investigação conjunta relacionados com a transferência e partilha de tecnologia.

Conclusão

O esforço é do Orçamento de Estado, solidariedade de todos os Portugueses.

Criação de três “Portugais”: O Portugal Litoral, o Portugal do Interior e o Portugal deslocado

Distorção da concorrência empresarial e individual. Os que estão continuam pobres, os que vêm fazem uma comissão, ganham uns cobres e vão embora

CIMBSE - Mais uns lugares para amigos?

A CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela vai criar grupo de trabalho para projectos transfronteiriços

Na mesma reunião do conselho intermunicipal onde foram escolhidos os dirigentes, a CIMBSE definiu a fronteira como linha de ligação e de cooperação, agora que já existe do lado de cá um pouco de escala. Uma comunidade de 15 municípios e 230 mil habitantes justifica a criação de uma estrutura só para a articulação com Espanha, revela o ainda presidente da CIMBSE, Paulo Fernandes.

O trabalho em conjunto pode começar na captação de fundos comunitários.

Quantos anos tem a CIMBSE? Só agora visitaram a Espanha? Só agora que continuamos a perder gente é que temos escala? Ou é porque cheira a descentralização?

As decisões já decididas e que vão decidir-se no conclave da CIMBSE

Hoje, dia 20 de Fevereiro, a Assembleia da CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela vai reunir-se para decidir o que já está decidido nos bastidores: A nomeação do Presidente e a localização da Sede.

Vale a oena retomar aqui duas notícias do mesmo dia:

Altitude - Dia 10 de Fevereiro, 17H21: Quarto Poder: «é lamentável o silêncio» perante «o ataque» do PS da Cova da Beira contra a sede da CIM na Guarda. Os dois comentadores criticaram o silêncio das estruturas partidárias da Guarda, perante o ataque cerrado que o Partido Socialista está a fazer, na Cova da Beira, contra a continuidade da sede da CIM na Guarda.

Altitude – Dia 10 de Fevereiro 19H07

Já há decisão. Terminou o impasse. O socialista Carlos Filipe Camelo, de Seia, liderará em 2018 e 2019; e o social-democrata Luís Tadeu, de Gouveia, irá suceder-lhe em 2020 e 2021.

Quanto à sede, terá sido unânime a opção pela continuidade na Guarda. Será neste mandato que os serviços da CIM passarão a ocupar o edifício dos antigos Paços do Concelho, na Praça Luís de Camões.

Um aparte ridículo:

Quarto Poder: Bloco de Esquerda está a assumir «uma estratégia de liderança da oposição» na Guarda

E porquê? Porque elogiam o Executivo. E explicam:

Porque a posição do Bloco de Esquerda sobre a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura foi hoje elogiada pelos dois comentadores do debate político da Rádio. As declarações do novo responsável distrital do partido marcam a agenda e demonstram inteligência e eficácia politica, consideram os intervenientes no programa. Tal como já tinha feito a propósitos da extinção dos Serviços Municipalizados, o Bloco está a assumir «uma estratégia de liderança da oposição» na Guarda.

A tragédia de termos uma CIMBSE

A CIMBSE é a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e está a ser uma tragédia.

Já foi tragédia a sua criação. Agora acentuam-se as desavenças entre autarcas. Ninguém abdica da sua quinta, quintal ou pátio. Todos querem apenas o poder.

É uma tragédia porque nem sequer chegam a acordo para localizar a sede.

É uma tragédia porque não chegam a acordo para escolher um presidente

É uma tragédia porque estão a contar a os anos, meses, dias e horas para nomear o presidente, que em caso de falta de consenso, é nomeado o mais velho em idade.

É uma tragédia porque não conseguem criar projectos comuns para o desenvolvimento do interior

É uma tragédia porque em vez de ser o motor do desenvolvimento é o atrelado que se quer juntar a qualquer movimento que se diga de desenvolvimento do interior

É uma tragédia porque se limita a aprovar “moçõezinhas” tipo portagens, saúde, fogosm sem qualquer impacto junto do poder político.

É uma tragédia porque contínua com secretários executivos nomeados e dos quais não se conhece verdadeiramente, enquanto CIMBSE, o seu papel no desenvolvimento da região.

É uma tragédia porque continua o despovoamento e os autarcas continuam a responsabilizar o governo central por isso não reconhecendo a sua responsabilidade.

É uma tragédia porque já chegamos a outra tragédia, haver trabalho e não haver mão-de-obra.