Das actas de reuniões da Câmara
Momento 1
Senhor Vereador, eu tentei falar com o senhor, mas o senhor
nem me recebeu no seu gabinete, foi à porta. E disse-me, textualmente: a isso
vai estar habituada, vai receber muitos. Ora bem, não gostei porque não é assim
que eu estou habituada a tratar das coisas. Se eu me desloquei ao seu gabinete
foi para não trazer este assunto a reunião, porque achava que não havia
necessidade. Não gostei da maneira como me tratou. E, depois, a obra continua a
fazer-se, porque ainda hoje passei lá e está a fazer. Não sei bem como é que me
está a dizer que foi embargada a obra porque a obra está a ser feita. Eu vou aguardar
então pelos esclarecimentos que pedi, porque eu quero ver onde é que está a
licença de obra e o que é que foi feito.”
Vice-Presidente: “Senhora Vereadora, cumpro o respeito por
todos os munícipes e, como reparou, tinha gente no meu gabinete e interrompi a
reunião para a receber. Mas, para a próxima, farei a marcação atempada da
reunião, de acordo com a minha agenda. Portanto, vai demorar mais tempo, com
certeza, mas eu fá-lo-ei de acordo como trato todos os munícipes. Assim será.
Momento 2
Na altura foi-nos dito que a obra tinha sido embargada,
coisa que não veio a acontecer, razão pela qual nós, Vereadores do Partido
Socialista, enviámos um email. Esse email já tem quinze dias e não obtivemos
qualquer resposta. Acho que já estava na hora de nos darem a informação que
pedimos sobre este assunto porque nós também fomos eleitos. Estamos cá, fomos
eleitos. Temos que dar resposta às pessoas que nos pedem ajuda. É para isso que
nós estamos cá, para servir a população, para sermos voz dos que não podem ter
voz cá dentro. Mas, pelos vistos, também não somos ouvidos porque passaram mais
de quinze dias e nada nos foi informado.
Presidente: “Senhora Vereadora, só conheço um Parque TIR na
Plataforma Logística. Tem que especificar melhor a que é que se está a referir.
Vereadora: “Está lá a firma…
Presidente: “Há um requerimento feito pela senhora Vereadora
a pedir explicações? E deu entrada?”
Vereadora: “Exatamente, deu entrada. Se quiser posso passar
o email-
Presidente: “Portanto, o seu email, enviado ao Presidente da
Câmara Municipal da Guarda, que eu recebi, foi enviado para o senhor
Vice-Presidente. O senhor Vice-Presidente encaminhou aos serviços a avaliação
desta situação. Verdadeiramente, se não há uma informação escrita, ficam os
seus Vereadores a conhecer até pela informação que transmitiu o senhor Chefe de
Divisão. Há um auto de contraordenação, há um auto de embargo. O auto de
embargo suspende todas as obras até que se aprecie a legalidade da operação que
está a decorrer no território e, como tal, não há nenhum objetivo de coartar. Vamos
ver se isto fica claro. Os serviços têm uma imensidão de pedidos, de projetos,
de trabalho. Nós temos aqui o pedido feito no dia 5 de fevereiro, hoje é dia
19. Catorze dias, já está preparado. Não vamos agora ser tão rigorosos que,
pelo facto de ainda não terem tido uma resposta, já é o Município que não quer comunicar
aos senhores Vereadores. Vamos ver se nos entendemos numa coisa. Qualquer munícipe
tanto pode falar com os senhores Vereadores da oposição, como pode falar com os
senhores Vereadores que têm os respetivos pelouros e, como tal, também por esse
motivo, não fica limitado o poder daqueles que não têm voz porque se relacionam
com determinados Vereadores do Executivo. Mas, ainda assim, têm também outros
caminhos para falar com os Vereadores que têm os respetivos pelouros
Momento 3
E depois deste diálogo houve tempo para esta nota:
“E depois, nós estamos de acordo e somos os primeiros”.
“Tive ontem, de manhã, a plantar cinquenta árvores
oferecidas pelo Município, cinquenta árvores oferecidas pelo Rotary Club e
cinquenta árvores oferecidas pela ULS, no Parque da ULS.”