27 de maio, mas que dia negro na Guarda

O dia de ontem, pode dizer-se que foi um dia negro. Trapalhadas na Comunicação social e trapalhadas na câmara com a história da APAL - Águas Públicas em Altitude, Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Celorico da Beira, Guarda, Manteigas e Sabugal
1 – O dia começou com a chegada do Jornal Público com a investigação realizada por José António Cerejo à empresa do diretor do jornal O Interior e Rádio altitude, por recebimento indevido de apoios em projectos financiados e nas dívidas da Rádio Altitude há Unidade local de Saúde.
2 – Soube-se que o nomeado para presidente da APAL, chumbado na última reunião de câmara, não aceitará a nomeação.
3 – A meio da manhã tivemos uma conferência de imprensa dos quatro Presidentes de Câmara da APAL, para anunciar, o que já estava anunciado, que seriam os presidentes de Câmara a assumir o cargo em regime de rotação e em “part-time”
Anunciaram que a sede da empresa ficará na Guarda (mais uma sede morta) e que as operações começarão a 1 de junho, de forma faseada
Que levarão à reunião de câmara desse dia nova proposta, que será submetida à discussão e aprovação
No documento, é agora proposto o nome de Sérgio Costa, que ficará em regime de rotatividade, sendo que apenas os presidentes dos municípios integrantes da APAL podem ser nomeados para aquele cargo, mantendo-se os vogais, que, já constavam da proposta anterior. Os dois elementos ficam a tempo inteiro e em regime de exclusividade.
O presidente do Município de Manteigas, disse, a propósito de a presidência da empresa vir a ser exercida pelos presidentes de Câmara, que não queria mais trabalho do que aquele que tinha como autarca.
4 – Começa a reunião de camara e a acta da última reunião do executivo municipal da Guarda não chegou hoje a ser submetida à votação porque não continha as intervenções dos vereadores sobre a proposta do conselho de administração (CA) da empresa APAL
A oposição exigiu que estivessem vertidas no documento essas intervenções e não apenas a referência que tinha sido retirada a proposta.
5 - A nova proposta para o conselho de administração é chumbada pela oposição. A oposição refere que não entende as alterações que surgiram e defende que o cargo de presidente do CA deve ser exercido em exclusividade, por isso, não deveriam ser os presidentes de câmara a ter essa responsabilidade.
6 - A vereadora do PS, diz que aquilo que nasce torto tarda ou nunca se endireita e salientando que ficou profundamente incomodada com as decisões dadas a conhecer na conferência de imprensa desta manhã. Por seu lado, o vereador do PSD afirmou que não entendia o contexto daquela conferência de imprensa, chegando mesmo a questionar se visava transmitir algum recado dos autarcas para os vereadores da Guarda.
O vereador social-democrata propõe que a presidência do conselho de administração da empresa APAL venha a ser exercida por Renato Alexandre da Silva Craveiro (responsável de área na Direcção de Operação de Abastecimento Águas de Vale do Tejo/EPAL) que na proposta surge como vogal. A socialista Adelaide Campos mostrou-se disponível para apoiar esta alteração à proposta.
6 - O presidente da Câmara adiou a votação da proposta, remetendo-a para o final da reunião, mas só depois de fazer uns telefonemas, não esclarecendo para quem, embora seja plausível ser para os restantes três autarcas, uma vez a decisão da escolha do CA é solidária.
7 - O autarca da Guarda acaba de informar que a posição dos presidentes de Câmara é de manter a proposta como está, adiantando que o conselho de administração será provisório.
A oposição acaba de rejeitar a proposta.
Sendo assim, deverá manter-se em funções o primeiro Conselho de Administração, constituído por três dos quatro presidentes dos municípios participantes, nomeado para avançar com a empresa, ou seja, os autarcas da Guarda, Celorico da Beira e Sabugal.
Nota final: Parabéns ao Gustavo e ao seu “Diário de toas as Beiras” pelo bom trabalho de informação realizado. Foi com base nesse trabalho que foi feito o presente resumo