O projecto para as casas da Praça Velha

Foi apresentada a memória descritiva do que se pretende das casas abandonadas na Praça Velha.
Apoiei-me no que escreveu Gustavo Brás na sua página” Diário de Toas as Beiras”
É um longo texto, bom para fim de semana com mais uma hora, mas vale a pena tentar perceber o que vai acontecer, ou não acontecer, àquele local.
1 - Piso térreo
Mais de um milhão e 800 mil euros (acrescido de IVA) é o valor estimado pelo Município da Guarda para a reabilitação e reconstrução de três edifícios contíguos aos ex-Paços do Concelho “para o desenvolvimento de um Centro de Interpretação Regional, denominado por "Museu dos Sabores da Beira Interior", dedicado à promoção e degustação dos produtos endógenos como um novo Centro de cultura e gastronomia da região.”
Não será possível “qualquer reabilitação integrada dos edificios, respeitando a sua autenticidade, mas apenas a integração da fachada confinante com a Praça, numa construção nova”
“Desenvolvendo ambientes virtuosos inspirados na autenticidade e antiguidade dos edifícios que o albergam, a identidade dos espaços, a escolha dos materiais, acabamentos e decoração, integrados com a pedra e a madeira, pretendem elevar o ambiente às características de uma ‘Taverna medieval’ que possa transformar este espaço, há décadas votado ao abandono, num local de encontro, cultura e degustação, tanto para visitantes como para a população local”.
“Relativamente ao Museu dos Sabores da Beira Interior - Centro de cultura e gastronomia da região, a distribuição das áreas, organização e circulações interiores, por se tratar de todo o piso térreo com acesso directo da Praça Luís de Camões, foram desenvolvidas de forma a manterem toda a versatilidade e autonomia, podendo ser utilizados em conjunto para o mesmo fim ou com programas independentes”, acrescentam os autores do projecto.
“Desta forma, embora se desenvolvam copas ao longo dos vários espaços do Museu dos Sabores da Beira Interior, o conceito é, ao contrário de um estabelecimento de restauração e bebidas, projectar-se como grande espaço expositivo, bem tematizado à época dos edifícios onde se insere, para a apresentação informada dos vários produtos por temas e regiões, com respectiva degustação, dotado da compartimentação e equipamento fundamental para a elaboração deste tipo de mercado”.
“Para além das bancas de produtos locais, propomos como fundamental, no espaço de maior exposição uma área de confecção à imagem de uma cozinha tradicional Beirã, para workshops de gastronomia regional”, informam os autores do projecto.
E agora o meu à parte:
Taverna = Taberna. baiuca, bodega, locanda, tasca, tenda.
E ainda: Loja onde se vende vinho a retalho. Loja modesta de comes e bebes. Casa imunda desordenada. E sendo medieval, como vemos nos filmes, não é recomendada a sua frequência
2 - Pisos superiores (Será que se percebe o que vão fazer?)
“O objectivo imediato da intervenção é a organização das novas áreas de trabalho rentabilizando, com rigor, toda a área disponível introduzindo fluidez nas ligações e percursos de forma a torná-la operacional e eficiente”.
“A dinâmica que se poderá desenvolver num museu de gastronomia dedicado à região, através de eventos permanentes, dependerá da organização, criatividade e capacidade de gestão deste equipamento, integrando a degustação dos melhores produtos, experiências, encontros pedagógicos com o privilégio de confrontar a Praça com a Sé além de todo o comércio local”,