E hoje continuamos com vinho

Pedro Garcias, jornalista e produtos de vinho do Douro, escreve semanalmente na “Revista Fugas” do jornal “Público”
Crónica de 23 de março de 2024. Especialistas em subsídios, a propósito da operação “influencer”.
A PJ investiga um gestor de fundos europeus, com as adjudicações milionárias feitas à “Essência do Vinhos” por parte do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.
E depois mete a “AGAVI – Associação para a promoção da Gastronomia, vinhos, produtos regionais e biodiversidade” e mete a “ANJE” e mais não sei quem.
Estão especializados em atrair fundos comunitários, aparentemente por meios menos próprios.
E dá um exemplo de atuação da feira de vinhos de S. Paulo, A AGAVI esteve presente com o maior stand. Apareceram os promotores, tiraram umas fotografias e foram embora. E ficou vazio. Nem um bolinho de bacalhau.
E isto é a propósito de quê?
Quem organiza o “Wine Fest da Guarda”? Será a “Essência do Vinho”? Ou estarei equivocado.
Crónica de 30 de março. Vinho, excedentes e importações
Em 2023 Portugal quis destilar 50 milhões de litros de vinho com denominação de origem. Só se conseguiu destilar metade.
Em 2023 a colheita foi boa e o consumo retraiu e os excedentes de vinho aumentaram.
A 5 meses das vindimas as adegas transbordam e não há espaço para mais.
No Douro o vinho a granel vende-se a 70 cêntimos o litro e vinho engarrafado a a cerca de 1 Euro por 0,75 Litros.
E agora começa o mistério e a marosca
Em 2022 Portugal importou de Espanha 130 milhões de litros de vinho a cerca de 40 cêntimos.
E depois vem a marosca
Muito do vinho importado é transformado em “vinho português de origem controlada.
E como? Só lendo a crónica. Papeis para aqui, papeis para ali, Entrada em adegas ao lado do português. Declarações de produção, etc.
Isto só se resolve com uma grande bebedeira coletiva.