“Circular é viver” assim dizia a publicidade da Prevenção Rodoviária Portuguesa. O inventor do slogan decerto que se inspirou nos cemitérios. Estes são quadrados ou rectangulares, nunca redondos. Têm cantos e esquinas.
Assim também o boato deve ser redondo e poder circular e por isso ter vida. Um boato não pode ter cantos nem esquinas. Deve ser redondinho. Não pode ser um cemitério mas manda muita gente ara lá. Mata lentamente.
Assim o criador do boato deve fazê-lo muito redondo sem esquinas, ser exequível, ter pessoas e se forem da alta política, melhor. Deve depois escolher um receptor credível a quem vai contar o boato.
Limam as arestas que possam existir e está o boato pronto para fazer o papel para que foi criado.
Chega a parte mais difícil. Quem o vai propagar?
Escolhido um bom emissor aí vai ele. Enche cafés e tertúlias. É falado e difundido. Sai para a rua e chega ao povo. Dá a volta ao mundo em pouco tempo.
O “boatado” está tramado. Nada pode parar o boato, por mais desmentidos que apareçam. Está pronto para morrer.
Os “blogosferistas” ainda são amadores. Os boatos aí fabricados ainda têm muitas arestas. Morre porque não conseguem pô-lo a circular convenientemente. Não passa ainda para fora das redes sociais e um verdadeiro boato precisa de ter vida na rua, no povo, que acusa, julga e condena.
Por exemplo, este meu boato parece muito redondo, mas não é, faltam-lhe as personagens e por isso não vai passar daqui.
Mas aqui fica o meu boato, acrescentem-lhe o que falta.
E o que falta pode ser uma charada. As personagens estão lá. Para poder encontrar a solução, mais rapidamente, releia isto em diagonal e encontrará a solução e ganhará um cromo
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