Sessão da Assembleia Municipal de 27 de Abril

Não assisti à sessão ordinária da Assembleia Municipal do dia 27 de Abril. Esperava que a comunicação social fizesse um balanço do que aconteceu.
Destacaram:
1 – O Presidente José Relva pediu desculpas sobre o que se passou na AM de 28 de fevereiro
2 – Foi aprovada uma moção com 36 votos a favor, 35 votos contra e 4 abstenções para apoio à natalidade, com 600 euros por ano.
3 – O PSD propôs a realização de uma sessão extraordinária da AM evocativa do 25 novembro, aprovada com 1 voto contra, 45 abstenções e 30 votos a favor.
4 – Aprovadas as contas referentes ao ano 2022, com 51 votos a favor e 26 abstenções.
Comentários:
Ponto 1 - Esperava-se o pedido de desculpas. A demissão não era esperada e como a oposição não pediu a demissão, nem censurou, tudo ficou como dantes.
Ponto 2 - É o que se chama moção de encher pneus e mostrar certificado de vida. Muitas outras foram apresentadas e delas nada resulta.
Ponto 3 – Não se entende a posição do PSD em relação ao 25 de novembro a não ser para retirar ao “Chega” esta bandeira. Os argumentos apresentados são fracos e chamar Jaime Neves para “ensinar” foi muito infeliz. Eanes não merecia esta companhia e Salgueiro Maia muito menos.
E já agora, pegando em parte das palavras do proponente, para entender o 25 de novembro é preciso entender o 11 de março de 1975, a intentona de Spínola e entender o 25 de Abril e para isso é preciso entender o 16 de Março, a revolta das Caldas.
E é preciso entender a Guerra colonial, e os Capitães do Quadro e os Alferes e Capitães Milicianos. E os jovens que desertaram e os refratários que também se foram, e a PIDE e seus bufos.
A história não se resume ao 25 de Novembro e ao 25 de Abril, sendo este apenas o dia mais importante de todo o processo.
E dos protagonistas, a história continua a por acabar.
E a talho de foice para a história; “O XI Governo Constitucional, chefiado por Cavaco Silva, recusou conceder uma pensão “por serviços excepcionais e relevantes a Salgueiro Maia”. E a mesma tipologia de pensão recusada a Salgueiro Maia seria atribuída três anos depois (em 1992) a dois antigos inspetores da polícia política do Estado Novo (PIDE/DGS), António Augusto Bernardo e Óscar Cardoso”.
Ponto 4 – Como sempre, as contas são aprovadas e sempre serão, enquanto os presidentes de Junta votarem o orçamento. Com voto secreto talvez fosse diferente.
Nota: Os documentos em discussão continuam inacessíveis aos Munícipes. Porquê?