sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A abertura da Sé a turistas e mais um número de propaganda

Sinos da Sé da Guarda, antes do restauro
Ao fim de 3 anos de exercício de mandato de directora da Cultura do Centro, Celeste Amaro, acha estranho que sendo a Diocese a guardiã das chaves do monumento, não tenha nenhum funcionário para manter as portas abertas da Sé para além das horas do serviço religioso. (Informação com base numa notícia da Rádio Altitude de 21 de Janeiro)
Nisto, eu acho estranho muitas coisas:
1 – Acho estranho que a Direcção de Cultura do Centro não resolva o problema com tanta gente que há disponível
2 – Acho estranho que só agora se fale nisto pois a situação já se arrasta há vários anos.
3 – Acho estranho que a comunicação social da Guarda que durante anos criticou a Câmara por não colocar funcionários na Sé, agora se cale
4 – Acho estranho que “O Património” seja gerido dos gabinetes centralizados, quando interessa e queiram descentralizar quando lhes convém.
5 – Acho estranho que a Cultura do Centro não tenha ouvido os possuidores das chaves da Sé quando instalaram aquela coisa do aquecimento nos bancos e que tem originado comentários bem interessantes e que fazem corar muita gente.
6 – Acho estranho que com tantos funcionários públicos a serem preparados para o despedimento, não se encontre nenhum que, com alguma formação, seja capaz de servir de guia na Sé.
7 – Notícia do Rádio Altitude de 22 de Janeiro:
“ A Câmara Municipal da Guarda chegou a entendimento com a Direcção Regional de Cultura do Centro para garantir a abertura contínua, entre as 10h00 e as 18h00 durante todos os dias da semana, da Sé Catedral. Funcionários do Museu da Guarda já asseguravam o serviço de terça-feira a domingo até às 17h00 com intervalo à hora de almoço e agora a autarquia cobre os restantes períodos”.
Mas o vereador da Cultura diz que este modelo de articulação só garantirá a abertura do monumento ao público até final de Março, sendo depois necessário definir alternativas”.
“E, tal como já tinha feito a directora regional de Cultura, Victor Amaral lembra que a catedral está sob a responsabilidade da diocese, entidade que nunca destacou qualquer elemento para este efeito. Caso único na região, como tinha assinalado Celeste Amaro”.

3 comentários:

  1. inteligente e arcetivo post "esqueceu" porém de "estranhar" porque é que durante décadas !! o estado teve lá um guarda, dos seus quadros, ao serviço do monumento!! Aníbal Castelo, conhecido de toda a gente era o guarda da Sé. agora o estado não gere o monumento? a responsabilidade é da Igreja? ninguém questiona?

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  2. Segundo o Direito Concordatário, A Igreja, mais concretamente a Diocese, tem direito ao uso do Templo para aí celebrar actos litúrgicos. A propriedade é do Estado. A Sé é de todos nós. É património do Estado. A conclusão a tirar é evidente. Só é de estranhar que certos políticos autárquicos sejam mandaretes em tudo, até na ignorância.
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  3. Basta fazer mais um ajuste direto e logo se arranja alguem para tratar da sé, dizem que lá para os lados de coimbra há algumas selectas empresas especialistas nestas actividades...

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