segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Publicidade à caridade

Tenho ficado um pouco espantado com o modo como se fazem algumas críticas aos “anúncios” públicos da “distribuição de caridade” pelos necessitados.
Habitualmente há três tipos de críticos:
Há aqueles que fazem críticas consequentes discordando dos anúncios, embora me pareça que não conheçam a realidade dos necessitados.
Há aqueles “fariseus” que a crítica é o seu trabalho e a única maneira de serem ouvidos é criticar
Há ainda aqueles oportunistas, que conforme a cor do anúncio, assim actuam.
Eu apoio os anúncios públicos, não concordando muitas vezes com o conteúdo e o método utilizado.
Explico. Para mim há três tipos de carenciados:
(Nota: Não integro, nem considero, os idosos que precisam permanentemente de cuidados e não têm)
Há os carenciados profissionais, referenciados em todas as instituições, públicas e privadas, que fazem a vida transitando de ajuda em ajuda. Sabem tudo, muito antes de a ajuda ser anunciada.
Há os carenciados ocasionais, aqueles que precisam de ajuda por algum tempo e realmente precisam de ser ajudados e que normalmente saem dos programas quando deixam de precisar.
E finalmente há os carenciados anónimos, que não se expõem, não perguntam pelas ajudas, é necessário haver alguém que lhes vá bater à porta, têm vergonha que se saiba das suas necessidades. São os carenciados mais difíceis.
Para estes dois últimos grupos é necessário que se publicite que tipo de ajudas existem e como podem ser obtidas.
E neste tempo de crise é cada vez mais importante que sejam publicitadas todas as ajudas que podem estar disponíveis para os que precisam.

1 comentário:

  1. Tm toda a razão. Ainda há poucos anos se compravam votos com a caridade e é importante tornar as coisas transparentes. Todos devem ter acesso igual aos apoios que existem.
    Quem critica a publicidades destes apoios é porque não conhece a necessidade da nossa terra ou porque sempre viveu as custas dos outros e não quer partilhar o que sabe.

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