O Senhor Ministro Macedo foi ao fundo do baú e encontrou as fábulas de Esopo.
De imediato veio cantar, como cigarra, dizendo que os Portugueses deveriam ser mais formigas e menos cigarras. Eu lembro-lhe que pode encontrar muitas cigarras, vindas das Jotas, e que cantam pelos gabinetes ministeriais, como assessores. As formigas pode agora encontra-las nas filas do Instituto de Emprego mendigando um trabalho.
E já que gosta tanto das fábulas de Esopo recomendo-lhe “As Pombas e o Falcão”
“Vendo-se as Pombas perseguidas do Milhano, que as maltratava de quando em quando, e buscando como poderiam livrar-se, quiseram valer-se do Falcão. Tomou este o cargo de as defender; mas começou a tratá-las muito pior, matando-as e comendo-as sem piedade. Vendo-se sem remédio, diziam: Com razão padecemos, pois não nos contentando do que tínhamos, soubemos tão mal escolher cousa que tanto nos importava”.
FÁBULAS DE ESOPO (Século VI a.c.)
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