A morte de José Hermano Saraiva é recordada pelas principais figuras do país com grandes elogios: “Grande Português”, “Grande Comunicador”, “Grande Historiador”, “Grande Divulgador”, “Grande capacidade de diálogo”, “Grande Inquiridor e Tolerante”, “Grande amor a Portugal”.
Infelizmente eu também o recordo, mas como “Grande Ministro da Ditadura com um Trabalho Competente na Repressão aos Estudantes”
Seria bom estar atento à história negra de repressão levada a cabo por este senhor.Alguns pretendem limpá-lo desta responsabilidade histórica. Mas que falem tantos e tantos estudantes da Universidade de Coimbra que foram presos, espancados, mobilizados de imediato para o cumprimento do serviço militar e para a guerra colonial, sem concluir os seus cursos.Nas outras facetas de Historiador ou até de pretenso crítico e historiador literário, sou crítico e tenho algumas reservas.As reacções do mundo académico serão muito diferentes das do mundo da comunicação ou até das do mundo da política da direita portuguesa e conservadora. Vão surgir em parangonas!
ResponderEliminarRecordo bem a polícia a cavalo guardando as escadas monumentais que dão acesso à Alta de Coimbra. Tinha 9 anos. Meu pai era assistente da faculdade e recordo também a raiva (mal) contida ao chegar a casa por tudo quanto se passava.
ResponderEliminarÉ preciso recordar que o ministro de então, este José Hermano, pois claro, foi quem decidiu que aquilo era para arrasar. Ainda vinha longe o 25 de Abril e as conversões forçadas à democracia.
Mais tarde tornar-se-ia "entertainer" televisivo e certamente nunca, depois do 25 de Abril, a democracia o tratou como ele a tratou a ela nos finais de 60.
Convém não nos esquecermos, pelo sim, pelo não.
PS: um recado para os saudosistas dos salazares: façam sempre figas para que esse salazar que tanto desejam, seja um salazar da vossa cor. Porque se é da outra...