Sistema eleitoral em Portugal

No discurso das comemorações do 25 de Abril, o chefe da bancada do PG - Movimento Pela Guarda, “Criticou o actual sistema eleitoral para a Assembleia da República, “defendendo que deve ser alterado de forma a permitir «a criação dos círculos uninominais e círculos de compensação que permitam corrigir esta desigualdade”.
Não sei se acrescentou mais alguma coisa às críticas ao sistema, mas mesmo assim merece que seja dito mais alguma coisa:
1 – Segundo a constituição da República Portuguesa “Os Deputados representam todo o país e não apenas os cidadãos do círculo eleitoral pelo qual foram eleitos.”
Não há deputados regionais
2 – Sistema com círculos uninominais
Se a eleição for direta, ainda vai criar mais desigualdades.
Exemplo: Há mais probabilidade de distorcer a proporcionalidade entre os votos obtidos no total do país e o número de deputados eleitos por um dado partido a nível nacional. Num círculo com 100 votos disputado por três partidos onde o partido A tenha 34 votos, o B 33 votos e o C 33 votos, o deputado é eleito com 34% dos votos, perdendo-se 66% dos votos.
Havendo segunda volta a distorção seria maior.
3 – Círculos de compensação
Tudo depende do número de deputados atribuídos a estre círculo
Se se atribuírem até 10 deputados, pouco se ganha.
Se atribuírem até 20 deputados poderá há ganhos de equilibrar a representatividade.
~Se atribuírem acima de 30 deputados, pode distorcer os resultados nacionais e contribuir para dificultar as maiorias para governar.
4 - Considero ainda possível
Sendo os deputados representantes do país e não da região, um único círculo eleitoral único.