sexta-feira, 13 de maio de 2022

Vamos perguntando 28: E será que os Passadiços do Mondego vão abrir no Verão?

Foi anunciado com muita pompa e publicidade, que os Passadiços do Mondego irão abrir durante o Verão. Principio, meio ou fim, não foi dito. E o Verão de 2022 termina sexta-feira 23 de Setembro.
Também sabemos que a abertura vai ser feita com algumas infraestruturas em falta, parques de estacionamento, casas de banho, entre outras.
Entretanto há uma adjudicação directa com prazo de execução de 183 dias, (13/04 e que irá até 13/10) que, segundo se lê no objecto do contrato poderá ter implicações na abertura.
Vamos esperar que não.
O contrato é o seguinte:
Data da publicação - 26-04-2022
Entidades adjudicatárias - Afaplan - Planeamento e Gestão de Projectos, S.A.
Objeto do contrato
FISCALIZAÇÃO, COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE EM OBRA E COORDENAÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL NA EMPREITADA DOS PASSADIÇOS DO VALE DO MONDEGO LOTE 1 E LOTE 2
Data do contrato - 13-04-2022
Preço contratual - 74.899,98 € mais IVA
Prazo de execução - 183 dias

6 comentários:

  1. Como é que pessoas com mobilidade reduzida (cadeira de rodas, etc) podem usufruir dos passadiços? Ou será que estas pessoas não têm o direito a aceder aesta obra? Sérgio Costa que tanto se gaba de ter sido ele a determinar os percursos não se lembrou que há uma norma europeia que obriga as novas construções a terem acessos a pessoas com problemas de mobilidade. Será que Sérgio Costa não sabe, nem ele nem ninguém da sua entourage, que pode haver um processo em tribunal por causa disso? Ou estará Sérgio Costa já com a resposta, que tanto gosta, na ponta da lingua: a culpa é do Chaves!

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    1. O passadiço não foi projectado para pessoas de cadeiras de rodas, quem tiver esse problema que impugne a obra, a lei estará ao seu lado.

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  2. O ecoparolismo a chegar á mais alta, o que vale é que vai tudo arder no primeiro incêndio pode ser que assim não repitam a parolada.

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  3. Os passadiços tornaram-se uma praga invasora em Portugal, que, infelizmente, também chegou à Guarda. Nada têm a ver com a preservação da natureza, pelo contrário vão invadir e poluir espaços antes inacessíveis ao homem. Depressa chegará o tempo em que vamos olhar para estas estruturas como autênticas aberrações. Como é possível o Parque Natural Serra da Estrela permitir tal invasão!

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    1. Isso é tudo verdade. Dá vergonha ver como os responsáveis políticos de todos os partidos dizem que é uma estrutura que vai alavancar o que quer que seja. Há até dirigentes partidários que não criticam os passadiços, embora estejam completamente contra, só porque pensam que poderão sofrer em sondagens e votações. São mais de 5 milhões que ali vão ser enterrados (fora manutenções). Com todo esse dinheiro não haveria nenhum sitio sem àgua e saneamento, luz, internet, centro histórico recuperado e todos os trilhos de natureza, muitos deles perdidos devido à falta de manutenção, totalmente recuperados. Quem é que vai fazer estes trilhos no verão onde nem uma sombra há, vá lá, existem duas zonas com um par de árvores ao longo de 11km. Quem fez este projecto não percebe nada de caminhadas na natureza.

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    2. Verdade. Caminhar por tábuas envernizadas! Se querem andar pelo mato assentem os pés na terra. Só não põem alcatrão porque esteticamente ficaria mal e ao colocarem madeira dá a impressão que é algo ecológico, tão ecológico quanto as milhares de árvores que foram necessárias para a sua construção. Se querem preservar a natureza e alavancar o turismo invitam em guardas-florestais ou em cabras. Invistam nas aldeias. Invistam nas pessoas, na educação das pessoas. Não tenham medo de o dizer: os passadiços são uma vergonha, mas não são só os nossos, são todos os milhares de quilómetros que existem em todo o país.

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