Está em marcha o maior ataque ao Serviço Nacional de Saúde
de que há memória. Nunca houve nada igual.
Os Lóbis estão no seu melhor.
Começaram por tomar conta das pequenas clínicas
Tornaram-se grandes. Investem em hospitais particulares.
Estão nas ordens profissionais e só olham para o seu umbigo.
Estão a infiltrar-se nas administrações hospitalares.
Estão a proliferar como cogumelos, as companhias de seguros
de saúde que estão a facturar com nunca.
As administrações, por vezes sem experiência, preocupam-se
mais com o supérfluo do que com a organização. Mais com a acessório do que o
essencial e ainda menos com o desperdício. As admissões supérfluas sobrepõem-se
às admissões essenciais.
As guerras internas entre e nos diversos grupos
profissionais são evidentes e há sempre nova lenha a chegar.
Os Sindicatos assoberbados com as lutas salariais, com as
lutas pela carreira, com as lutas por menos horas de trabalho e mais
acumulações em segundo emprego, não têm tempo para contribuir para a salvação
do SNS.
A Comunicação social, como lhe compete, mostra-nos até ao
limite o descontentamento de todas as classes sempre dispostos a colocar lenha
na fogueira.
Podem editar muitos livros, podem manifestar interesse diário
na salvação do SNS na comunicação social, podem dizer em público o que que
quiserem, porque em privado as coisas não marcham assim.
Podem colocar, recursos humanos, dinheiros, meios materiais
que quiserem, os lóbis ligados à saúde não deixam que a organização avance. O
dinheiro e o lucro envolvidos são de muitos milhões.
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