Num grande comício realizado no Teatro Municipal da Guarda e
com a presença de todos os funcionários, sindicatos, oposição e comunicação
social, o Presidente da Câmara comunicou o novo organigrama.
Tomou duas decisões muito inteligentes e importantes.
Primeira - Mandou transferir parte do arquivo municipal para
os anexos da biblioteca. Decisão inteligente pois como ele bem sabe, uma
biblioteca é um arquivo de livros.
Segunda – Transferir as águas e saneamento do centro
histórico para a câmara e para o centro histórico foi a conservação de águas,
esgotos, jardins, espaços verdes, edifícios municipais, vias e cemitérios.
Mais uma decisão muito inteligente, pois o centro histórico
já está bem servido de infraestruturas e agora é preciso conservar tudo aquilo.
Nota cultural
Tudo como dantes, «quartel-general em Abrantes»
É como regista Orlando Neves, no seu Dicionário de
Expressões Correntes [Editorial Notícias, Lisboa], que assim se lhe refere:
«Diz-se do que permanece sempre na mesma, sem alteração.»
«Respondia com esta frase o povo quando [em Portugal]
perguntado sobre como iam as coisas, no tempo da primeira invasão francesa
[1807]. De facto, Junot instalara, calmamente, o seu quartel-general em
Abrantes. Em Lisboa, nada se fazia com intenção de se opor ao avanço do general
francês. Ninguém lhe ousava resistir. D. João VI, então regente, não tomava
qualquer medida no sentido de evitar a progressão de Junot para Lisboa. Daí
que, quando alguém perguntava o que se passava, a resposta fosse a frase em título.»
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