O Cristo das Trincheiras encontra-se habitualmente na Sala
do Capítulo do Mosteiro da Batalha, velando o túmulo do Soldado Desconhecido e
é pertença da Liga dos Combatentes.
Agora encontra-se numa exposição em Fátima. No painel
castanho sobre a qual se encontra o Cristo, foram escritos os nomes dos
Portugueses mortos na I Guerra Mundial.
“A imagem do Cristo crucificado estava numa intersecção de
estradas, no sector português da Flandres, entre as localidades de Lacouture e
Neuve-Chapelle. A figura era uma companhia diária dos soldados portugueses e,
tal como eles, sofreu duramente com a ofensiva alemã de 9 de Abril de 1918, que
ficou conhecida como a Batalha de la Lys. No final dos bombardeamentos, a
imagem perdera uma das mãos, parte das pernas, ambos os pés e tivera o peito
atravessado por uma bela. Neuve-Chapelle tinha sido quase varrida do mapa, os
mortos portugueses ascendiam a mais de 7500, mas o Cristo, ainda que mutilado,
continuava no seu lugar”.
A imagem estava tão entranhada nas memórias dos soldados que
viveram esse dia que, em 1958, o Governo Português pediu ao Governo Francês que
deixasse o Cristo vir para Portugal. A imagem, que permanecera no mesmo local,
nos 40 anos que se tinham passado desde o final da guerra, foi então
transportada de avião para Lisboa a 4 de Abril de 1958 e, quatro dias depois,
de carro para a Batalha”.
(http://www.publico.pt/portugal/noticia/o-soldado-que-conheceu-de-perto-o-cristo-das-trincheiras-1664812)
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