sábado, 11 de janeiro de 2025

Cantiga de Escárnio e Maldizer: As Tramas da Nova Lei na Guarda

Esta “Cantiga de Escárnio e Maldizer: As Tramas da Nova Lei na Guarda” foi copiada do comentário colocado por um quase anónimo e que se apelida de “Rotweiller Alfacinha”
Já ontem o “Rotweiller Alfacinha” tinha colocado uma “Cantiga de Escárnio e Maldizer” no poste "Eleições autárquicas: Ainda longe e já mexem muito"
Já tinha pensado colocar a cantiga na página principal do blogue, mas esta é muito mais interessante
Obrigado ao Rotweiller Alfacinha pelo trabalho realizado.
 
Ó terra da Guarda, tão alta e altiva,
Chegou nova lei, e quão explosiva!
Marcelo assinou, mas logo avisou,
Que o ordenamento por um fio ficou.
 
Agora em solos que eram rústicos e firmes,
Podem nascer casas, avenidas, albergues.
Mas a ZERO brada com forte clamor:
“Estão a rasgar o que resta de valor!
 
E os aquíferos, as terras que nos sustentam?
Erosão e vertentes que as chuvas rebentam?
Deixaram de lado o que era sagrado,
Em nome da pressa e do lucro estimado.”
 
Na Guarda, o burburinho não se fez esperar,
“Acaba o PDM? Vamos urbanizar?”
O Vale do Convento será transformado?
Ou nas margens dos rios ficará tudo parado?
 
Ah, as quintas que hoje de campo são feitas,
Podem virar betão sob ordens perfeitas.
E o Cabroeiro, de história repleta,
Será outra vítima da máquina concreta.
 
Entre paredes altas da velha cidade,
As vozes sussurram com pouca piedade:
“A terra já é feudo, a lei vai piorar,
Os ricos constroem, o povo a pagar.”
 
Eis que surge Francisco, o rebelde prudente,
Com palavras certeiras, mas sem ser contundente.
Na Assembleia falou, despertou os sentidos,
Mas os críticos logo surgiram, com tons feridos.
 
“Francisco é bom, mas precisa provar,
Que não é só palavras que sabe lançar.
As redes sociais não são solução,
Queremos ação, não só opinião.”
 
Na Câmara, cochichos, o blog vai à frente,
É lá que se luta, é lá que se mente.
Os "pop stars" políticos, sem brilho ou coragem,
Vendem discursos, mas falham na viagem.
 
E o PSD? Dizem que perdeu o caminho,
Já não há unidade, só cada um no seu ninho.
O PS não é melhor, entre farpas e esquemas,
Ambos repetem os velhos problemas.
 
Ó Guarda tão bela, de intriga tão cheia,
Em cada esquina há uma ideia que anseia:
Será esta lei um bem ou um mal?
Será ela a mudança ou só mais um sinal?
 
Enquanto cantamos, deixamos a questão:
A quem serve a lei? Ao povo ou ao patrão?
Mas uma coisa é certa, meu povo a cantar:
Na terra da Guarda, há sempre o que escarnear!

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