O Presidente da Câmara quer lançar junto dos restaurantes um
concurso para a criação de um prato típico.
E será que é preciso, ou o que é preciso é dinamizar e
publicitar o que já temos.
Vejamos
Em Almeirim ficamos deslumbrados com a “Sopa da Pedra”. A
Guarda tem uma vez por ano a “Sopa de Grão” e já nos chega.
Os vizinhos do Sabugal fazem uma grande festa em volta do “Bucho
Raiano”. Nós passamos ao lado do “Enchido
da Guarda”
Mirandela conseguiu impor a “Alheira, ovo, arroz e batata
frita” como prato Nacional. A Guarda tem a “Morcela e a Farinheira” servidas a
medo como aperitivo.
Fazem-se excursões ao Artur em Torre de Moncorvo para comer
a “Posta Mirandesa” e a Guarda tem a “Posta Jarmelista” e quem a pede?
Viseu tem o “Rancho á moda da terra” e no restaurante o Caçador
esperavam-se horas por uma dose, a Guarda pode pegar nas “Feijocas à moda de
Manteigas” e fazer um prato de grande qualidade
Bacalhau há por todo o lado mas só a Guarda podia ter o “Bacalhau
à Conde da Guarda”. Onde está e quem o sabe fazer?
Todo o mundo tem cabrito e borrego, a Guarda podia te a
caldeirada de cabrito à moda de Sortelha ou o cabrito grelado à moda da
estação. Tem, mas é só para alguns.
E as trutas? De escabeche? Fritas? Onde estão? E podiam
estar na Guarda.
E os peixes do rio? Em Valhelhas ou à moda do Besunda?
E o arroz doce? E o creme queimado?
Acho que já chega com tantas iguarias que a Guarda tem. O
problema é que os restaurantes não têm. Especializaram-se em arroz com batata
frita,
Agora só me lembro destes. Perguntem por aí e verão a
riqueza da Guarda. Mais para quê? Para morrer no esquecimento.
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