quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Um prato típico para a Guarda


O Presidente da Câmara quer lançar junto dos restaurantes um concurso para a criação de um prato típico.
E será que é preciso, ou o que é preciso é dinamizar e publicitar o que já temos.
Vejamos
Em Almeirim ficamos deslumbrados com a “Sopa da Pedra”. A Guarda tem uma vez por ano a “Sopa de Grão” e já nos chega.
Os vizinhos do Sabugal fazem uma grande festa em volta do “Bucho Raiano”. Nós passamos ao lado do  “Enchido da Guarda”
Mirandela conseguiu impor a “Alheira, ovo, arroz e batata frita” como prato Nacional. A Guarda tem a “Morcela e a Farinheira” servidas a medo como aperitivo.
Fazem-se excursões ao Artur em Torre de Moncorvo para comer a “Posta Mirandesa” e a Guarda tem a “Posta Jarmelista” e quem a pede?
Viseu tem o “Rancho á moda da terra” e no restaurante o Caçador esperavam-se horas por uma dose, a Guarda pode pegar nas “Feijocas à moda de Manteigas” e fazer um prato de grande qualidade
Bacalhau há por todo o lado mas só a Guarda podia ter o “Bacalhau à Conde da Guarda”. Onde está e quem o sabe fazer?
Todo o mundo tem cabrito e borrego, a Guarda podia te a caldeirada de cabrito à moda de Sortelha ou o cabrito grelado à moda da estação. Tem, mas é só para alguns.
E as trutas? De escabeche? Fritas? Onde estão? E podiam estar na Guarda.
E os peixes do rio? Em Valhelhas ou à moda do Besunda?
E o arroz doce? E o creme queimado?
Acho que já chega com tantas iguarias que a Guarda tem. O problema é que os restaurantes não têm. Especializaram-se em arroz com batata frita,
Agora só me lembro destes. Perguntem por aí e verão a riqueza da Guarda. Mais para quê? Para morrer no esquecimento.

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