quarta-feira, 16 de março de 2016

A lenda do Cobertor de papa

1 - A Lenda
Corria o Ano de 2015 DC quando alguém se apercebeu que em cima de uma cama muito velha, onde estava deitada uma velha, ainda mais velha que tudo o que a rodeava, estava um lindo cobertor peludo, de lã, de cor pérola listado em vermelho e amarelo. Quando foi retirado da cama, a velha esfumou-se, como última guardiã do dito cobertor. Designou-se de imediato “Cobertor de papa”, e não “Cobertor do Papa”
Recolhido com todo no desvelo, foi de imediato reproduzido em fábricas ainda mais velhas.
Daí a exposições, publicidade e a contração de estilista para fazer roupa foi um passo.
Tínhamos um verdadeiro produto endógeno capaz de dinamizar a economia local.
A passagem dos modelos vestidos com cobertores de papa da estilista Alexandra Moura e realizada na capital do País foi um grande sucesso. Arrasadora para alguns e de tal maneira a moda ficou arrasada que está e risco o próximo “Moda”.
2 – A minha história
Entretanto uma equipa multidisciplinar de Arqueólogos e Historiadores andaram pela freguesia de Maçainhas em trabalhos de campo e publicaram agora o seu relatório de trabalhos
Descobriram que o “Cobertor de papa” é um produto antiquíssimo utilizado pelo povo nas suas casas e pelos pastores que na sua arte de pastorear o gado precisam dele para se cobrir nos dias frios de inverno.
Descobriram ainda que a Câmara da Guarda já tinha patrocinado um desfile de moda em lisboa com modelos do celebérrimo estilista Filipe Faísca, lá nos antiquíssimos anos de 2007.
Também em Janeiro de 2012 descobriram que a estilista Fátima Lopes foi à loja do Chiado buscar dois Cobertores de Papa para embelezar o seu estúdio, para um programa de televisão.
Também em Fevereiro 2004 a Câmara Municipal da Guarda - Núcleo de Animação Cultural e Junta de Freguesia de Maçainhas, editaram um pequeno livro sobre o “Cobertor de papa” com uma impressão soberba e documentalmente imprescindível em qualquer biblioteca.
E por ser já longa a minha história, digo ainda que a cor azul dos “cobertores de papa” pode perder-se no tempo e não é uma invenção de 2015.
Resumindo com Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, apesar de muitos pensarem que sim. E a Internet tem boa memória.

6 comentários:

  1. Impressionante.Afinal esta propaganda e respetivos custos será mais uma vez uma aldrabice ou, dito pelo guru da cultura egitaniense, uma proto destruturação da verdade. Afinal já antes houve cobertores de papa na Moda Lisboa e sem pagar nada que se saiba.

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  2. Afinal não conhecem a História recente da Guarda e julgam ter descoberto a pólvora.Protagonistas políticos desta gema são perigosos. O que fazem é propaganda, publicidade saloia.Falte-lhes o sentido de pertença para, simbolicamente, usarem estes símbolos como marca.Informem-se devidamente. Cultivem o trabalho, já feito pelos outros. Valorizem-no para serem honestos e justos. Tenham memória!

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  3. Papa...papão...papança. É disso que se trata.

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  4. Esta atitudo do "nós é que sabemos, e só nós é que fazemos bem, e nunca antes tantas ideias tão boas surgiram na camara, vai ser o canto de cisne deste executivo, tiveram a faca e o queijo na mao, para inovar, e alavancar a guarda para um futuro promissor, mas no final apenas vai ficar para a memoria as festas e festinhas, e as oportunidades perdidas e desperdiçadas para o futuro da guarda.

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  5. Não fosse no passado alguém ter feito alguma coisa e agora nada estaria preparado para Amaro andar na Passarela. O que no passado outros não sabiam é que estavam a trabalhar para este e a oposição dele herdarem. Porque pela passarela Amaro anda de braços dados com o PS da Guarda.

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  6. Obrigado por ter denunciado a patranha.

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