“É um pacote de 2,7 mil milhões de euros (dos quais 95% são
fundos comunitários) que vai ser aplicado em 1200 quilómetros de vias férreas
nos próximos seis anos”.
“O Governo aceitou o que já estava decidido pelo executivo
anterior, no âmbito do PETI (Plano Estratégico de Transportes e
Infra-estruturas)”.
”O objectivo é cuidar da rede ferroviária que ainda existe e
apenas se contempla a construção de uma nova linha de 92 quilómetros entre
Évora e Caia”.
“Não se falou uma
única vez em alta velocidade”.
“O Governo quer uma rede ferroviária vocacionada para as
mercadorias, a fim de servir a economia nacional, de acordo, aliás, como o
estabelecido no âmbito do grupo de trabalho que definiu o PETI no qual foram
ouvidos os agentes do sector”.
E cá para os nossos lados o que nos calha?
“O projecto mais caro será o da modernização da linha da
Beira Alta, que António Ramalho, presidente da Infraestruturas de Portugal
(IP), usando uma terminologia rodoviária, designou por “corredor internacional
norte”.
“São 691 milhões de euros para adaptar esta linha à passagem
de comboios de mercadorias com 750 metros (reduzindo os custos de exploração em
35% face aos actuais 500 metros permitidos) e construir concordâncias
(bifurcações que encurtam caminho) na Pampilhosa e na Guarda”.
“Neste bolo inclui-se ainda o fecho da linha da Beira Baixa
entre Guarda e Covilhã, que permitirá ser alternativa ao tráfego da Beira Alta
enquanto esta estiver em obras”.
“Nos próximos seis anos quase metade das linhas férreas do
país vão entrar em obras, mas a lógica é privilegiar as mercadorias. Linha de
Cascais e parte das do Oeste e Douro ficam de fora”.
“O Governo mantém ainda a intenção de construir uma nova
linha de Aveiro a Mangualde, mas cujo financiamento comunitário não está
garantido”.
(Jornal Público, 15 de Fevereiro 2015)
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