Com a derrota de Sócrates e achegada de Passos Coelho ao
poder e a queda do Socratismo, aparece António José Seguro a liderar o PS, o
mais ”aparelhista” dos Secretários-gerais.
Sendo Seguro militante com muitos anos de Partido, seria
natural que este novo PS assumisse o que de bom e mau foi feiro com a
governação do PS em geral e de José Sócrates em particular. Em vez disso
renunciou completamente ao passado do PS e quis mostrar uma nova cara.
Tem sido um desastre. Sem carisma, sem ideias, sem projectos
não consegue mostrar que é capaz de fazer diferente de Passos Coelho. As
sondagens espelham o que se está a passar, completa estagnação nas intenções de
voto.
E como cai a Europa, alguém sabe quem vai ser escolhido ou
será segredo de estado?
E no Distrito e Concelho da Guarda o que se passa?
No Distrito há muito tempo que o PS não conta, não existe,
não se faz ouvir. Uma informação à imprensa de vez em quando não é suficiente
para fazer prova de vida. Li num facebook que vão fazer uma conferência com
José Albano, Santinho Pacheco e João Proença, não informando se é só para
consumo interno.
No concelho e com a eleição da nova comissão Concelhia era
esperada uma nova actuação.
Infelizmente estão a seguir os passos do Líder Seguro e do
Líder Albano, não assumem o passado, o bom e o mau, o que se fez e o que se
ficou por fazer, mal se ouvem, sem uma oposição credível.
Até parece que estão mais próximos da nova governação
concelhia do que da governação passada.
É cada vez mais evidente, nos diferentes grupos de opinião e
de interesses, a crítica ao passado e o quase aplauso ao presente.
Em três meses de oposição o PS desmembrou-se completamente,
não se faz ouvir, não faz oposição, não põe a nu a grande mistificação e
manipulação que está a ocorrer.
Os Vereadores eleitos ainda não traçaram um rumo e por isso
ficam na sombra do poder. A Comissão Concelhia ainda não arrancou. Os Deputados
na Assembleia vão ter uma segunda oportunidade no fim deste mês, mas serem
ouvidos cinco vezes por ano não será suficiente.
Já passaram os 100 dias do estado de graça, que é para todos.
A situação aposta na comunicação e na manipulação. A oposição abana a cabeça e
diz que sim. Os 100 dias passaram depressa.