sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dia de reflexão é amanhã

Dá-me a impressão que nunca houve tantos debates e monólogos na Guarda para as eleições autárquicas como este ano. Creio que durante duas semanas as duas rádios locais concorreram entre si para ver quem conseguia mais debates e monólogos.
No entanto fiquei com a impressão de que muito pouca gente prestou atenção ao que se discutia.
Havia mesmo locais públicos que estavam sintonizados nas rádios locais e que quando começavam os debates procuravam outras emissoras. Esta afirmação não é científica é apenas uma constatação.
Para quem não seguiu houve programas para todos os gostos: Primeiros contra primeiros, segundos contra quartos, terceiros contra primeiros e segundos, quintos contra primeiros, segundos e terceiros, mulheres contra mulheres, presidentes da Assembleia uns contra os outros, Presidentes das Distritais uns contra os outros e por fim, que foi no princípio os monólogos dos cabeças de lista.
Perguntem a quem quiserem e vejam o que ficou desta duas semanas. Quem prometeu o quê, como vão fazer e com que dinheiro.
Quem terá ficado esclarecido?

2 comentários:

  1. Eu fiquei esclarecido.

    Como?

    Não ouvindo esses debates.

    Da imprensa ( chamemos-lhe assim por razões de caridade cristã) escrita do burgo não falo, até por razões de alguma sanidade mental.

    De forma que, em estando já esclarecido, amanhã, Dia Nacional da Reflexão, em vez de reflectir sobre candidatos e candidaturas mais ou menos indigentes, irei ocupar o tempo em reflexões mais prosaicas.

    Reflexões prosaicas, p. ex: jogging ( eu vivo em Cascais) de manhã, siesta ( eu sou da raia) à tarde, e copos ( eu passei parte da minha vida na Guarda) à noite com os meus queridos amigos de sempre, passe o pleonasmo.

    Domingo logo se vê. E teremos:

    a) um presidente que se deslocará ( de chauffer) de Coimbra à Guarda às terças e quartas, quicá às quintas para reunião de câmara e que teve a extrema gentileza de nos esclarecer que temos um grande hospital a 30 kms e outro grande hospital a 80 kms,

    ou,

    b) um presidente que nos vai continuar, 36 anos após, a fazer acreditar que vivemos felizes e prósperos numa ilha rodeada de Covilhã, C.Branco e Viseu por todos os lados e que teve a extrema gentileza de nos garantir património da humanidade para o nosso, triste, esquecido, abandonado, mas apesar de tudo querido, centro histórico.

    Oxalá a minha ressaca da noite de sábado com os meus amigos seja tão gloriosa que só consiga acordar, domingo, após as urnas encerrarem...

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