terça-feira, 19 de março de 2013

A Estratégia do Candidato

E de repente surgiu uma dúvida no meu espírito.
E se todo este folhetim de candidatura do PSD à Guarda tivesse sido perfeitamente planeado pelos apoiantes de Manuel Rodrigues?
1 – Sabia-se que Álvaro Amaro não avançaria se não tivesse o apoio da Concelhia, o apoio da JSD da Guarda, o apoio de alguns notáveis e do grupo da piscina.
2 – Sem o grande apoio da Concelhia e da JSD seria uma candidatura derrotada.
3 – Manuel Rodrigues desliga-se do processo, continuando ligado, nunca recusou claramente a indicação do seu nome para Lisboa
4 – Sem candidato o PSD Distrital cria a grande onda e vai pedir a revogação da decisão.
5 – Manuel Rodrigues aceita e fica com as mãos livres para fazer o que bem entender
Despede o Júlio Sarmento que queria ser o tutor, põe em sentido o grupo de João Prata, de Álvaro Amaro nem vale a pena falar, perde em toda a linha, assim como Júlio Sarmento.
6 – Com o apoio da Concelhia e da JSD fará a lista que bem entender, convidará alguns notáveis para a Assembleia e João Prata para a Junta, numa operação de cosmética ficará tudo pacificado. Mesmo a madrinha ficará contente.
7 – Se esta minha lenga-lenga falhar é porque o PSD está pior do que eu pensava.

4 comentários:

  1. Outra visão da estratégia:

    Álvaro Amaro e o grupo das piscinas sabiam que perdiam na Guarda, no entanto tentaram o possível e o impossível.

    Fizeram manobras de diversão, tentaram iludir a opinião publica e a comunicação social por forma a que Manuel Rodrigues e os seus vacilassem.

    Tentaram "assediar" elementos próximos da estrutura de Manuel Rodrigues por forma a que fossem estabelecidas "pontes" e "convergências.

    Fizeram bluff tentando apresentar uma frente de "músculo" por forma a condicionar a escolha lugares.

    Diz quem sabe que até surgiu a proposta de ir Álvaro à câmara, Prata à junta e que Manuel poderia negociar os restantes lugares como entendesse.

    No entanto Manuel Rodrigues e os seus sabiam que esse grupo tinha uma representatividade de apenas 0,01% nas fileiras do Partido e uma notoriedade negativa na sociedade. Só tiveram que se manter firmes, com sangue frio e esperar o desfecho.

    Agora para quê levar João Prata ou alguém desse grupo uma vez que já demonstraram a sua (in)competência sempre que se envolveram em actos eleitorais autárquicos (em 1998 e 2009)? Para quê levar aqueles lhe deitaram areias na engrenagem?

    Mais, o candidato à junta urbana deverá ser alguém da inteira confiança do candidato correndo o risco de que uma escolha menos bem feita lhe entorpece todo o mandato como presidente da autarquia - obviamente que João Prata não será digno dessa confiança depois de todas as "tropelias" que fez a Manuel Rodrigues e aos seus.

    A correcta estratégia passará levar um grupo de INTEIRA CONFIANÇA e de LEALDADE, gente da Guarda, pessoas capazes de inverter o declínio social e económico em que se encontra o concelho.

    Mais importante que um Partido e os sues militantes é a sociedade da nossa terra.

    Interessa escolher gente boa e capaz, e deixar de tentar agradar a gregos e troianos.

    A parábola do filho pródigo é boa para a Bíblia, mas gente competente é necessária para a Guarda.

    Os desígnios da Guarda não podem passar por interesseiros nem tão pouco por políticos carreiristas sob pena de a população se sentir enganada e não se rever naqueles que à frente dos superiores interesses da Guarda sempre colocaram os seus interesses pessoais.

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  2. Tem todo o sentido a dúvida do seu espirito! O guião da novela mexicana não era este inicialmente! Agora ate pode ser mas alguns vao ter que engolir uns elefantes!
    Com isto a vaga independente Bento acabou.

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  3. Este processo reduz sermento ao pior presidente de distrital até ao momento. Lamento, mas os pequenos cérebros daquelas mentes não vai para além da brilhantina e da careca que começa a aparecer da boa vida que têm nos taxos da função pública. Vamos correr com os representantes da troika na Guarda! Não podemos ser enganados outra vez! Meu rico voto.

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  4. Meus caros...

    Em politica nem tudo o que parece é, e pela manhã as coisas podem já não estar exactamente como as deixámos à noite!!!

    O único facto credível é que o presidente da concelhia fez frente ao presidente da distrital e estas coisas geralmente não se perdoam.

    Depois o ex-presidente da distrital, mesmo já não o sendo, controla o órgão e o actual presidente está literalmente "de mãos atadas", já não decide nada.

    Agora, sem a candidatura independente proveniente da área do PS as coisas "piam mais fino" para o PSD, mas como o candidato do PS não tem grande staff, não controla o aparelho, ganhou com uma margem irrisória de 6 votos e parece que teima em não se aproximar do presidente da sua (dele) federação que lhe deu a vitória (dizem)!!!, está a braços com desentendimentos na escolha dos elementos para as freguesias e não consegue impor a sua vontade para a lista da vereação, as coisas ainda se podem encaminhar.

    Se o "engenheiro" vier a ser candidato à Câmara, se servir para serenar os ânimos e congregar apoios independentemente das facções, o PSD poderá ganhar a câmara e se o candidato à Junta da Guarda contar com o trabalho que fez na estação, será o chamado dois-em-um.

    Por isto e com isto, não é de descurar a existência de muitos descontentes no PS que, uns não podendo alinhar numa candidatura independente e outros porque não vão ter lugar na candidatura do PS, das duas uma: ou não vão votar ou (com sorte) ainda votam no PSD.

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