sábado, 3 de outubro de 2009

Campanha barata

DO JORNAL "SOL" On-line
O cabeça-de-lista à Câmara da Guarda pelo PCTP-MRPP, Eduardo Espírito Santo, professor do 1.º ciclo aposentado, explicou à agência Lusa que o partido, na Guarda, mantém a tradição da pintura de murais, pelo facto de não dispor de verbas que permitam fazer «grandes gastos» como as outras candidaturas.
«Queremos fazer passar a mensagem desta maneira, não só devido à escassez de recursos, mas também por uma questão de poupança» , explicou o candidato enquanto pintava um mural na rotunda do Rio Diz, na Guarda-Gare.
Acrescentou que em vez de «sujar as paredes com cartazes, como fazem os outros partidos», o PCTP-MRPP aproveita as paredes para fazer pinturas a apelar ao voto na candidatura «porque a mensagem passa muito bem para as pessoas».
Disse que em termos económicos, a manutenção desta tradição que teve o seu apogeu no período revolucionário de 1974/75, significa que são poupados «muitos meios financeiros».
«Com 25 a 30 euros podemos fazer meia dúzia de murais» , adiantou Eduardo Espírito Santo, referindo que o mural, que foi pintado de amarelo, preto e vermelho e com a mensagem «criar economia, fixar os jovens; por uma Guarda de progresso e bem-estar», levou cerca de três horas a executar.
Admitiu que a ideia do PCTP-MRPP «até pode causar inveja às outras candidaturas porque a mensagem passa com poucos meios».
Por outro lado, sustentou que muitas das pinturas são feitas em muros e na fachada de edifícios que estão degradados, chamando assim a atenção «para a necessidade de se preservar o património edificado da cidade».
Leopoldo Mesquita, professor de economia, mandatário da candidatura de Eduardo Espírito Santo, disse que a pintura já lhe é familiar porque nos tempos de juventude fez muitas pinturas murais «e o jeito nunca se perdeu».
Referiu que o partido, em vez de apostar em grandes cartazes optou por fazer uma campanha mais económica e comedida, embora assinale que dispõe «de todo o tipo de propaganda».
«Colamos cartazes e também distribuímos os nossos comunicados e manifestos e recorremos a todo o tipo de tecnologias modernas e avançadas (blogs, faceboock e twitter)» , como aconteceu na última campanha para as eleições legislativas, contou.
No entanto, frisou que o PCTP-MRPP não tem «o dinheiro que têm os outros partidos» para investir em propaganda eleitoral.
«O dinheiro que nós gastamos nesta pintura é quase o dinheiro que eles [as outras candidaturas] gastam nos pregos para porem os cartazes» , assegurou.
Para além da candidatura do PCTP-MRPP, concorrem à Câmara da Guarda candidatos do PS (Joaquim Valente), PSD (Crespo de Carvalho), CDS-PP (Cláudia Teixeira), CDU (Honorato Robalo) e BE (Jorge Noutel

1 comentário:

  1. No Correio da Manhã de hoje, revista Domingo, pág 30, sobre slogans de candidatos em todo o país:
    "É um dos piores slogans, afirma Mafalda Mendes de Almeida, directora-geral da produtora Mandara: «'A Guarda quer Crespo de Carvalho' é prepotente e pouco democrático. Para além disso o nome é áspero». Segundo o criador de marcas e presidente da Ivity Brand Corp, Carlos Coelho, este lema é dos piores entre os candidatos autárquicos «pela interpretação negativa ou piada que, mesmo na Guarda, pode ter».

    O candidato do PSD comprometeu-se a projectar o nome da Guarda e já a está a conseguir, logo no jornal de maior tiragem.
    Pobres de nós, como se não tivessemos já vergonhas suficientes.

    ResponderEliminar