Li num jornal cá da terra que com o encerramento do Centro
Educativo do Mondego poderiam estar em jogo setenta postos de trabalho. Abri a
boca de espanto. Setenta postos de trabalho para uma dúzia de jovens em
inserção social?
Assim se pode compreender toda a movimentação de vozes na
comunicação social.
A propósito ainda não ouvi nem li nenhuma voz a falar das
crianças que lá estão internadas.
Qual o sucesso na integração na vida activa?
Quantos não são integradas?
E já se lembraram, que quando vêm para a Guarda, são
retiradas das suas famílias que estão a dezenas de quilómetros e estão
completamente abandonadas dos laços familiares?
Ainda não foi há muito tempo que em viagem de comboio vinham
ao meu lado uma mulher e uma rapariga, que do litoral se deslocavam pela
primeira vez à Guarda para visitar o filho.
Pergunta final, quantos utentes do Centro são da Beira Alta
ou da Beira Baixa?
E a talhe de foice: Onde estavam estas vozes quando foi extinto
o Tribunal de Família da Guarda? Não lhes dizia respeito na altura?
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