Depois de 10 anos de Presidência Cavaquista, à custa dos
erros da esquerda, eis que está outra vez a caminho a repetição dos mesmos
erros.
A esquerda está convencida de que ao criar meia dúzia de
candidatos eles são capazes de fracionar a direita e derrotar a sua
candidatura.
Aconteceu na primeira candidatura de Cavaco, aconteceu na
segunda candidatura de Cavaco e agora vai acontecer com a primeira de Marcelo.
Candidatos fracos quase sempre têm resultados fracos a não
ser que os dois grandes partidos se fracionem, como é o caso do PS e não do
PSD.
Um candidata-se para “quebrar ciclo bafiento”, outro
candidata-se para “derrotar a direita”, outro candidata-se porque tem uma “visão
equilibrada”, outro “quer ser presidente de causas”, outro “é porque quer uma
nova república”…
E assim vamos andando, cada um com os seus projectos e vão
de vitória em vitória até à derrota na primeira volta, sempre a pensar que
haverá uma segunda volta que talvez chegue daqui a dez anos se entretanto
aprenderem alguma coisa.
Chega-se ao ponto, de um candidato dizer, que é bom que um
outro candidato concorra, porque tira votos a outro que concorre e assim pode
ele passar à segunda volta. Pensamentos tacanhos de quem só vê o seu próprio projecto,
sem pensar no bem comum.
Se não voto em Belém, se não voto em Edgar, se não voto em
Marisa, se não voto em Marcelo, só restará Nóvoa e Neto? O leque é grande,
valerá a pena votar? Vale porque não quero um rei, que alguns continuam a
pedir.
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