O Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, voltou a ser uma
grande festa popular. A Praça Velha encheu para ouvir a mulher do taberneiro
condenar o galo à morte esperada.
Espectáculo de expiação, de cariz popular que terminava com
a o Galo a ler o seu testamento e que este ano teve Herman José a acabar o espectáculo.
Testamento público do Galo transcrito do jornal Terras da
Beira:
Todo o texto do espectáculo é da autoria de Daniel Rocha
"Gente graúda e
honrada, Filhos do meu coração, A minha herança é legada, Para vós, com emoção.
A todos deixo uma parte, Do meu enriquecer. Usem também de
muita arte, Para nada se perder.
A minha crista esbelta, E os seus ares de grande sabedoria,
Ficam para o Passos Coelho, Continuar a fazer porcaria.
O meu bico felino, Que desenha linhas tortas, Dou-o ao
Capitão de Submarino: O respeitável Paulo Portas!
Ao Sócrates Engenheiro, Preso numa embrulhada, Deixo a
barbela do dinheiro, Para não andar a pedir mesada.
Ao nosso regente Amaro, Que avança como um tractor, Fique
para seu amparo, O meu cantar sedutor.
O meu grande coração, Que sempre andou folgado, É para os
vereadores da oposição, Continuarem a olhar para o lado.
As minhas carnes tenrinhas, De que toda a gente gosta,
Entrego-as inteirinhas, Ao guloso António Costa.
Às juventudes partidárias, Que com todos se deitam, Dou as
asas de alimárias
e as penas que as enfeitam!
À concelhia socialista, Que quer marcar lugar, Deixo-lhes
uma pista: Ponham os badalos a abanar!
O senhor Mário Soares, Verdadeiro guru do país, Fique com as
esgaravatadeiras Para coçar o nariz!
O meu esporão velhaco, Que é uma arma bizarra, Fica para o
Cavaco Saber proteger a Cagarra!
O meu poleiro majestoso, A roubos e enganos habituado, Fique
para sala de jogo… onde o futuro será penhorado.
A minha capoeira exemplar, Onde vivi e dei à gola, Fica para
quem a apanhar e vender para Angola!
Fique aqui anunciado o meu testamento final! Venham de
lá essas brasas, E a sua lição ancestral!
Vamos, ateiem a fornalha, Façam estalar o fogo! Não se
livram da canalha, Mas conseguem algum desafogo."
Nota pessoal: O espectáculo do Herman José não acrescentou muito a esta “Morte”
Piadolas fáceis. Muito suave e sem graça.
ResponderEliminarVivemos no medo.
«O espectáculo do Herman José não acrescentou muito a esta “Morte”»? Fui espreitar a página do dito "humorista" e até dá a impressão que o pessoal foi lá para o ver... LOL...
ResponderEliminarTexto encomendado e censurado pelo poder instituido. Coordenação geral abaixo do nível da produção tecnológica. Praça cheia de equipamentos e de palcos. Herman José foi uma tentativa pobre de remediar uma sátira carnavalesca que não existiu. Ao Galo foi retirado o brilho da crítica social e política que o caracterizava. A tradição morreu nesse dia e para o ano temos um baile de máscaras para as vaidades se poderem mostrar em tapete vermelho ou ainda pior que é um desfile à Brasileira.
ResponderEliminarCaro 1336
ResponderEliminarPelas sua análise é certo que não esteve n a Praça Velha a assistir à Morte do Galo ou então não percebeu nada do que se passou naquela noite. É só má vontade
Claro que o texto foi encomendado ao Daniel Rocha e houve outras encomendas.
A Oliveira
Ganda Barraca sol da Guarda...
ResponderEliminarPara vocês comentadores, só as festas socialistas é que eram boas... até desvalorizarão atuação do Herman, por raiva a quem o contratou... Se retirassem as "talas" que têm nos olhos, conseguiriam ver que a Praça Luís de Camões esteve realmente cheia de gente como no último concerto do Tony e Mickael Carreira no mesmo local e também ouviriam a sátira política ao poder local como sempre, como por exemplo: "com papas e bolos se enganam os tolos", "perderam-se as chaves do Hotel Turismo, quem as encontrar devolva-as ao senhor presidente para ele voltar a entrar no assunto", piadas sobre as festas e etc… Em relação ao discurso do galo não se podem mesmo queixar, pois o mesmo foi simpático para com os que arruinaram este país e mais severo para com quem o está a salvar…
ResponderEliminarNão critiquem só por prazer de falar mal do Álvaro Amaro, que se demonstra asia, façam antes críticas construtivas.
Atenção, isto é uma resposta aos comentários anónimos anteriores e não a esta publicação.
Fui dos que critiquei e não vi o meu comentário publicado, mas posso dizer-lhe que não se trata de talas, posso dizer-lhe que as colectividades locais subsidiadas pela câmara podem e devem fazer um muito bom trabalho como alias esteve patente sábado à noite, mas para mim o dinheiro gasto com o palco e o Herman foi desnecessário e acho que não valorizou o espectáculo na razão directa do que foi gasto para os ter cá!
EliminarDevemos e podemos e temos a obrigação de valorizar os produtos endógenos e por isso o Carnaval deveria afirma-se por ser um Carnaval feito por gente local, é assim que vamos crescer e ser melhores, quanto a vir gente de fora haverá certamente outros momentos para o fazer, mas, se se quer fazer desta festa algo tradicional local então os recursos deveriam ser só os locais, e preferia ter o dinheiro gasto no palco e no Herman abatido à divida da câmara aos credores locais, porque ia fazer bem mais pela economia local do que fez esta festa, e isso garanto-lhe que era bem melhor do que uma actuação de uma só noite de uma qualquer vedeta.
Valorizemos o local e o tradicional, e só assim seremos diferentes e melhores daqueles que importam tudo e mais alguma coisa para se afirmarem, e já agora sim este executivo é muito festas e bolos, mas também não é nada que não tivéssemos já visto anteriormente e que tão bom resultado deu no aumento do endividamento da autarquia local.
sem sombra de duvida que foi o melhor galo do entrudo de sempre
ResponderEliminarEste foi de facto um bom galo e não fosse o galo que se teve com a presença do HM e de mais uma vez um palco tapar o que não devia, seria então um dos melhores galos de sempre.
ResponderEliminarCaro anónimo
ResponderEliminarO melhor deste Carnaval foi a festa ....
Gostava de publicar o seu comentário, mas não posso, e compreenderá porquê.
A Oliveira