Na Guarda em 2024 não aconteceu
nada. Ano novo vida nova?
O Jornal Interior fez o balanço do
ano de 2024. Na Guarda não aconteceu nada de relevante e por isso escreve: “Ano
Novo, vida nova”. Será?
E assim está escrito, sem aspas
porque é quase textual:
Como sempre, chegados aqui, é tempo
de fazer uma retrospetiva do que de mais importante ocorreu no ano que finda e
perspetivar o que de mais relevante poderá ocorrer no novo ano.
“A gratuitidade das portagens nas
antigas SCUT foi, precisamente, a mais importante decisão do ano 2024, mas
também a redução do IVA na eletricidade”
O ano de 2024 foi um ano muito
intenso e relevante, mas finalmente chega o novo ano, o ano de 2025. E a
chegada de um novo ano vem sempre carregada de otimismo.
Na região
Ficámos a saber que o presidente da
Câmara de Foz Côa, João Paulo Sousa, não se irá recandidatar em 2025, cumprindo
apenas um mandato e dando passo ao seu vice Pedro Duarte – uma decisão
surpreendente e mal explicada, mas que não deverá pôr em causa o domínio do PSD
naquele concelho
Ficámos a saber que António Ruas
regressa à política em Pinhel, candidatando-se com o apoio do PS às eleições
autárquicas em 2025
Ficámos a saber que José Monteiro
poderá voltar a ser candidato do PS à Câmara de Celorico da Beira.
Ainda não ficámos a saber se João
Mourato será candidato na Mêda.
Ficámos a saber que para além da
mudança de rostos prevista pelo limite legal de três mandatos – em Trancoso,
Pinhel, Fornos de Algodres, Gouveia, Belmonte, Covilhã ou Fundão –, poderá
haver outras mudanças na presidência de Câmaras da região.
Ficámos a saber que ainda não se
conhecem alguns dos nomes dos candidatos a algumas das autarquias da região,
mas nas próximas semanas as listas começarão a ser divulgadas.
De forma meteórica, Rita Figueiredo
se impôs como figura de 2024 como presidente do CA da ULS da Guarda.
Foi o ano em que o IPG confirmou a
sua relevância regional, com novas licenciaturas, mais formação superior em
parceria com vários municípios, mais investigação e ciência, maior atratividade
de novos alunos e de empresas, nomeadamente tecnológicas – o presidente do
Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, é a personalidade do ano de 2024 no
distrito da Guarda.
Em Portugal
E jeito de balanço, o ano ficou
marcado politicamente pela queda do Governo maioritário do PS e a vitória
minoritária da AD
Mas as legislativas não só deram
uma vitória à AD, ainda que tangencial, trouxeram também a confirmação do Chega
como terceira força na Assembleia da República, com a eleição de 50 deputados.
E o fim do bipartidarismo no distrito da Guarda, onde a eleição de deputados
era coisa de PS e PSD desde os anos 80 – o Chega elegeu Nuno Simões de Melo.
Dulcineia Catarina Moura foi a
figura política do ano 2024, com a sua ascensão no PSD, primeiro afirmando-se
como cabeça de lista no círculo eleitoral da Guarda, sendo eleita deputada,
depois conquistando espaço no seio da bancada parlamentar do partido e junto da
direção nacional – ainda que tenha de carregar com a sombra do voto contra a
abolição das portagens.