Tratado das Relíquias - Crónica de Álvaro Domingues.
Jornal Público. 24 de Março de 2019
Um motivo adicional da crónica é a bela fotografia que a
acompanha. A “Rotunda dos Têxteis”, no nó de Maçainhas, foi a elegida
A fotografia que apresento não é a que acompanha a crónica,
é apenas parecida.
Aqui fica um excerto:
“Coloquem-se então as
relíquias profanas em arcas cristalinas expostas nos lugares públicos para que
o povo organize procissões motorizadas em infinitos giratórios, à volta, à
volta, incessantemente, 2π r num perímetro perfeito de roda da fortuna em
sentido único. Se Calvino aparecer, que circule e que deixe a cada um as suas
crenças e rodopios. Se lhe der para a mística, alguém que lhe explique o
tratado do interaccionismo simbólico, o papel da partilha de significantes e
significados na organização da sociedade e nas suas representações colectivas”.
“Como as cidades se dissolveram em territorialidades
difusas, é necessário colocar os relicários nos lugares certos; naqueles, como
nas antigas praças, por onde circula mais gente. Os fiéis atormentados e os
iconoclastas devem dar tantas voltas quanto a duração das ladainhas que
constantemente vociferam em surdina”.
Ler a crónica completa em:
Sem comentários:
Enviar um comentário