“Mais de 60 por cento dos jovens licenciados têm como expectativa de trabalho arranjar um lugar na função pública. É o professor e o engenheiro, é o médico e o enfermeiro… ninguém pensa em trabalhar ou produzir o que quer que seja, sem ter o chapéu do Estado sobre a cabeça. E depois ainda há os partidos, os dirigentes, os presidentes de câmara e companhia que têm de arranjar emprego aos apaniguados, aos militantes, aos amigos e familiares – tudo na função pública – e não é só em Loures, onde Carlos Teixeira, o socialista que já vai no terceiro mandato na Câmara, empregou a mulher, a filha, dois cunhados e a nora, e acaba de contratar a namorada do filho para «adjunta do gabinete da presidência». Por cá, acontece o mesmo. A Câmara do Sabugal contratou dois filhos do então presidente da autarquia António Morgado para técnicos superiores. Na Mêda, João Mourato empregou o filho na Câmara de que era presidente e o município da Guarda contratou o irmão da vereadora Elsa Fernandes. Outras câmaras contratam para os seus serviços ou para empresas municipais familiares de dirigentes amigos ou de autarcas vizinhos, outros metem “cunhas” ou exigem emprego para este ou aquele familiar…”
É o sistema que temos, que todos acham normal, porque «também têm direito» (mesmo que essa oportunidade não seja dada a outros que também têm direito…), sobre o qual ninguém se envergonha, que «pode parecer mal»
Editorial, Interior, 14 Julho, 2011
E alguém vai preso quando as Câmaras, Empresas Municipais, Municipalizadas, Comparticipadas e outras, contratam filhos, tios, mulheres, primos, primas, amigos, amigos dos amigos de Engenheiros, Médicos, Jornalistas, Doutores, Empregadas Domésticas, Jardineiros, Trolhas, Carpinteiros e outras profissões de relevo na cidade?
Pois como se vê pela amostra por cada filho, primo, irmão contratado e criticado há dezenas de contratados que entraram sem ser pela via familiar directa.
Nestas coisas nunca se questiona a competência.
Santo André
Há 11 horas
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