O TMG apresentou na última semana (15 e 21 de Maio) dois espectáculos de características completamente diferentes a que assisti e faço alguns comentários.
1 – Deolinda, Concerto ao lado
Conhecia os Deolinda da Rádio e do CD e criei algumas expectativas em relação a eles.
A sala estava esgotada com muitos fãs, alguns quase em delírio.
Para mim foi ma grande decepção, duas violas estridentes, uma cantora aos berros a comer quase todas as palavras e uma encenação engraçadinha da Ana Bacalhau, fizeram os espectáculo. Não sai antes do fim porque não houve intervalo mas aproveitei o “encore” para sair, porque não mereciam e porque já me doíam os ouvidos.
2 – Rigoleto de Verdi pela Companhia Estúdio Lírico de Madrid
Foi um muito bom espectáculo, boas vozes e bons músicos a que assistiram cerca de trezentas pessoas, não gostei muito da encenação, cenários e guarda-roupa, so século XIX, gostava de ter visto mais século XX e esperava isso pela fotografia do cartaz anunciante e pelo nome da companhia, mas valeu a pena com o público informal e roupa informal.
Em relação à pouca participação do público gostaria de colocar algumas questões:
Porque razão as récitas de ópera no TMG tinham lotação esgotada?
O público da região fartou-se de Verdi em particular e da ópera em geral?
Será a crise e não há dinheiro? Sempre ouvi dizer que a ópera em Portugal era para melómanos e para gente da “Alta” que não está em crise.
É da estação do ano que não permite o uso das peles e dos fatos de gala?
Já toda a gente se viu e foi visto na ópera e já não é preciso mais?
Ainda será “chic” ir à ópera?
Responsa se alguém souber, porque a verdade é que a ópera já não esgota o TMG.
Nota 1: Para quando Richard Wagner, será possível?
Nota 2: O espectáculo dos Cossacos de Don era muito caro e esgotou