Esta “Cantiga de Escárnio e
Maldizer: As Tramas da Nova Lei na Guarda” foi copiada do comentário colocado
por um quase anónimo e que se apelida de “Rotweiller Alfacinha”
Já ontem o “Rotweiller Alfacinha” tinha
colocado uma “Cantiga de Escárnio e Maldizer” no poste "Eleições
autárquicas: Ainda longe e já mexem muito"
Já tinha pensado colocar a cantiga
na página principal do blogue, mas esta é muito mais interessante
Obrigado ao Rotweiller Alfacinha
pelo trabalho realizado.
Ó terra da Guarda, tão alta e
altiva,
Chegou nova lei, e quão explosiva!
Marcelo assinou, mas logo avisou,
Que o ordenamento por um fio ficou.
Agora em solos que eram rústicos e
firmes,
Podem nascer casas, avenidas,
albergues.
Mas a ZERO brada com forte clamor:
“Estão a rasgar o que resta de
valor!
E os aquíferos, as terras que nos
sustentam?
Erosão e vertentes que as chuvas
rebentam?
Deixaram de lado o que era sagrado,
Em nome da pressa e do lucro
estimado.”
Na Guarda, o burburinho não se fez
esperar,
“Acaba o PDM? Vamos urbanizar?”
O Vale do Convento será
transformado?
Ou nas margens dos rios ficará tudo
parado?
Ah, as quintas que hoje de campo
são feitas,
Podem virar betão sob ordens
perfeitas.
E o Cabroeiro, de história repleta,
Será outra vítima da máquina
concreta.
Entre paredes altas da velha
cidade,
As vozes sussurram com pouca
piedade:
“A terra já é feudo, a lei vai
piorar,
Os ricos constroem, o povo a
pagar.”
Eis que surge Francisco, o rebelde
prudente,
Com palavras certeiras, mas sem ser
contundente.
Na Assembleia falou, despertou os
sentidos,
Mas os críticos logo surgiram, com
tons feridos.
“Francisco é bom, mas precisa
provar,
Que não é só palavras que sabe
lançar.
As redes sociais não são solução,
Queremos ação, não só opinião.”
Na Câmara, cochichos, o blog vai à
frente,
É lá que se luta, é lá que se
mente.
Os "pop stars" políticos,
sem brilho ou coragem,
Vendem discursos, mas falham na
viagem.
E o PSD? Dizem que perdeu o
caminho,
Já não há unidade, só cada um no
seu ninho.
O PS não é melhor, entre farpas e
esquemas,
Ambos repetem os velhos problemas.
Ó Guarda tão bela, de intriga tão
cheia,
Em cada esquina há uma ideia que
anseia:
Será esta lei um bem ou um mal?
Será ela a mudança ou só mais um
sinal?
Enquanto cantamos, deixamos a
questão:
A quem serve a lei? Ao povo ou ao
patrão?
Mas uma coisa é certa, meu povo a
cantar:
Na terra da Guarda, há sempre o que
escarnear!