sábado, 6 de junho de 2020

Leitura de fim-de-semana: Dos 37 invernosos penúltimos anos, às trevas dos últimos 7 anos


O título desta mensagem combina parte de uma frase publicada no jornal Terras da Beira com o que eu julgo ter sido a gestão da Câmara nos últimos 7 anos e que agora é evidente com os desentendimentos entre os eleitos para governar
E sobre os 37 longos e invernosos anos do governo PS na Câmara continua a debater-se e a recordar-se sobretudo pelo anterior Presidente e agora pelo actual Presidente. E isso é verificável nas actas das reuniões da Câmara, que como diz o cronista, há muitos esqueletos no armário, mas nunca os Presidentes os mostraram, nem sequer abriram o armário. Não me façam falar, ameaçava. Não passava disso.
Não querendo falar dos esqueletos entretanto criados, e da falta de transparência governativa, é mais interessante falar nas trevas democráticas.
A Guarda está a viver um tempo de duplo poder. É público que a Guarda tem nesta altura a gerir a câmara dois presidentes e meio.
Tem um Presidente na Guarda, outro em Bruxelas e meio Presidente na Vereação. As ordens chegam e baralham.
Decorrentes desta luta de poder tivemos os conflitos na Praça Pública entre a Presidente da Assembleia Municipal e o Presidente da Câmara e sobre esta disputa nada mais se acrescenta pois já foi suficientemente debatida.
Há a história mal contada da carta dos Presidentes de Junta a a apoiar o destituído Vice-presidente contra o actual Presidente.
A disputa continua e situa-se entre o actual Presidente e o anterior Vice-presidente e essa discussão pouco tem transparecido na comunicação social mas mostrou-se em todo o seu esplendor na reunião de Câmara do dia 14 de Abril.
E temos ainda as declarações do Presidente da Câmara a dizer que não se fala com o anterior Presidente e que cada um já seguiu o seu caminho.
Ora leiam o que está escrito na ata dessa reunião e sem mais comentários.
“Apesar das nossas divergências, o Dr. Álvaro Amaro sempre apelou ao diálogo democrático que sempre se alcançou. Todos alcançámos isso.
Mesmo com pontos de vista diferentes, sempre soubemos fazer das nossas diferenças as forças, em nome de um projeto político que a Guarda sufragou.
Sempre fui solidário com todos a desempenhar o meu humilde trabalho diário. Foi essa solidariedade que não senti da vossa parte. Não posso deixar de manifestar a minha tristeza e a vossa falta de solidariedade, após uma reunião convocada pelo senhor Presidente do Município com os senhores Presidentes de Junta e com os senhores Deputados Municipais eleitos nas listas do PSD, sem que eu tivesse sido convidado para a mesma, sem direito a poder apresentar a minha defesa, onde mais ninguém podia falar, coisa que nunca vi em Democracia. Não se afasta ninguém sem dar os seus pontos de vista. Irá para os anais da história democrática autárquica, o facto de não ter sido convidado para uma reunião onde viria a ser alvo de um saneamento político, próprio do ano de 1975 que, tal como relata a história, nessa altura as pessoas eram solidárias, justa ou injustamente, mas sempre solidárias. Saneado politicamente, tendo recebido depois um e-mail comunicando para abandonar o gabinete até ao final daquela semana. Esta solidariedade que sempre tiveram de mim, lamentavelmente não a tive naquele dia. Conseguiu fazer-me o saneamento político, mas nunca me saneará deste projeto político que abracei. Vereador como eu até há um ano atrás, nos termos dos poderes que lhe estão atualmente conferidos após a saída do anterior Presidente, aplicar dessa forma a Lei, mas quanto à moral e à solidariedade, jamais o poderia fazer e, mais uma vez, V. Exa. erra na forma. V. Exa. não agiu à luz de qualquer princípio democrático, usando métodos que julgava eu já não existirem em democracia, mas não me desincentiva de lutar pela Guarda. Não sou Vereador da oposição, sou Vereador eleito nas Listas do PSD, com muito orgulho. Estive, estou e estarei aqui, com a Guarda na minha mente, pois é a Guarda que me move. Sei bem como fui eleito, pelo projeto político pelo qual fui eleito e pelo qual lutarei até ao fim, exigindo o respeito pelo mesmo. Em nome destes valores e do projeto autárquico, cá continuarei a trabalhar, com a mesma dedicação, competência e lealdade com a Guarda no desempenho das minhas funções e sempre a pugnar pelo projeto político iniciado em 2013 e reforçado em 2017. A minha convicção mantém-se inabalável em relação ao desenvolvimento duma Cidade, dum Concelho e das suas Freguesias e Aldeias. Em suma, nunca deixarei de estar onde sempre estive. Solidário e empenhado numa Cidade mais atrativa e com as suas Freguesias e Aldeias mais bonitas e com mais qualidade de vida. E quero deixar muito claro que, tal como ouvi há quase sete anos e me marcou, nunca hesitarei em colocar a Guarda acima de quaisquer interesses pessoais ou político-partidários.”

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