“Estamos a requalificar o conjunto Histórico da Póvoa do
Mileu” é o que diz o cartaz que foi colocado há uma ou duas semanas. E será
desta?
Esperamos que sim. Vai ser desta.
Em 02 de Janeiro de 2020 eu escrevi”
Passadiços para o Mileu
Envolvente à Capela do Mileu e a sua zona envolvente volta a
ser requalificada.
Entidade adjudicatária – Nome António Saraiva e Filhos, Lda
Objeto do Contrato - REQUALIFICAÇÃO DO CONJUNTO HISTORICO DA
PÓVOA DO MILEU
Edifícios de especial interesse histórico ou arquitectónico
Data de celebração do contrato - 13-03-2019
Preço contratual - 379.800,00 € mais IVA
Prazo de execução - 220 dias
Mas alguma coisa deve estar a correr mal. Pelo prazo de
execução a obra deveria estar pronta durante este mês de Janeiro, só que no
terreno ainda se vê pouca coisa.
Mais contratempos não esperados?
Será desta? Ou daqui a um ano volto a escrever sobre a
requalificação do conjunto Histórico da Póvoa do Mileu’
Espero que seja para ver cortar a fita.
147.640 euros (120.000 + IVA) é quanto vai ganhar, dos nossos bolsos, o "Excelentíssimo Senhor Pedro César do Carmo Gadanho", por 605 dias de trabalho. Ou seja: 7.319 euros por mês.
ResponderEliminarAtente bem, Engenheiro Oliveira, neste valor: 7.319 euros por mês. Daria para pagar 10 salários médios a 10 pessoas que perderem o emprego nos últimos dois meses. Numa altura em que muitos guardenses não sabem se vão continuar a ter trabalho e muitas famílias lutam para pôr o pão na mesa.
A isto acrescem "as despesas de representação e de deslocação". Em números redondos, e se vier e regressar todas as semanas, facilmente embolsará (dos nossos bolsos) mais uma 700 euros por mês: Atente outra vez neste valor: 700 euros por mês. Dá para pagar o mínimo de subsistência a mais de 2 trabalhadores independentes sem mecanismo de proteção social.
Já vamos, assim, em mais de 8.000 euros/mês para uma só pessoa.
O triplo do que ganha o Presidente da Câmara.
Mais do que ganham, juntos, todos os vereadores.
Tanto quanto ganham 15 operários ou 15 empregados de loja.
OITO MIL EUROS POR MÊS para NADA.
E sabem o que é mais VERGONHOSO?
É que se este fosse um contrato em vigor desde o ano passado, a Câmara, mesmo podendo invocar boas razões para o cancelar, teria sempre a obrigação moral de o cumprir até ao fim.
Mas o ESCANDALOSO é que este contrato foi assinado aos quatro dias do mês de maio do ano dois mil e vinte.
Tínhamos saído do estado de EMERGÊNCIA e entrado no estado de CALAMIDADE, que ainda vigora.
Ia o Senhor Presidente da Câmara impedir a cedência de espaços públicos para a realização de uma Assembleia Municipal onde se iria debater o FUTURO da Guarda nesta CRISE.
Tinha anunciado 26 medidas A PRAZO, por não mais de dois meses, para o apoio à DEPAUPERADA economia da Guarda.
E entretanto assinava este CONTRATO MILIONÁRIO, IMORAL (E ILEGAL?).
VEJAM COM OS VOSSOS PRÓPRIOS OLHOS:
http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6555998
É isto que os GUARDENSES atingidos pela CRISE vão ser OBRIGADOS A PAGAR.
Ainda sobre o comentário anterior sobre o contrato
ResponderEliminarhttp://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6555998
"Na eventualidade de o Município da Guarda decidir não dar sequência ao processo de candidatura antes do prazo de apresentação da mesma, considera-se o Município obrigado ao cumprimento integral deste contrato"
Quer isto dizer que, se o Município da Guarda entender, no estado atual de crise, que é melhor desistir da candidatura a Capital Europeia da Cultura, os 8.000 euros/mês durante vinte meses vão ser pagos na mesma.
Ainda que este contrato tenha sido aceite e assinado já EM PLENA CRISE.
Há nome para isto, Engenheiro Oliveira?
Lembra-se quando o outro gritava "não me façam falar"????
A primeira reacção é pensar se se trata de fake news, mas a consulta ao contrato faz cair essa esperança por terra.
ResponderEliminarAssembleia Municipal extraordinária já, para que este contrato estranho seja explicado.
Oposição, comunicação social, Ministério Público, façam o que têm a fazer e com urgência.
Isto é um escândalo e não foi perpetrado há meses ou há anos. Foi decidido e assinado em plena crise, com o Estado de Emergência a vigorar.
O Presidente da Câmara nem podia assiná-lo e o Sr. Pedro Gadanho não pode recebê-lo. O Estado de Emergência limita muitas decisões.