sábado, 18 de maio de 2013

Critérios

Se num acto público de inauguração de uma sede de campanha, quem teve mais voz, não foram os dois protagonistas, cabeças de lista, mas sim uma terceira pessoa, como se poderá chamar a este tipo de jornalismo?
Resposta: São os nossos Critérios.

7 comentários:

  1. Bem, trata-se sem duvida de um comentário delicado.

    Por um lado, muitos cabeças de lista só o são porque há terceiras pessoas que para lá os empurram e lá os mantêm, daí que se calhar quem deve ter mais voz são exactamente os terceiros. Neste caso a sensibilidade jornalística estaria mais do que correcta.

    Por outro lado quando num grupo político não se entendem internamente e todos querem brilhar é natural que isso aconteça - todos vão de "cauda a abanar" para a frente das objectivas, câmaras e microfones. Neste caso perde protagonismo o mais fraco, o mais baixo, o mais modesto, etc...

    Há também a possibilidade de um grupo político ser tão bem organizado e que escolha os seus interlocutores para cada momento e poupe propositadamente o líder para evitar o seu desgaste público.

    Por outro lado há também o gosto dos jornalistas (que antes de mais são humanos e têm sentimentos e empatias), por mais imparciais que tentem ser.

    Os critérios? São relevados para segundo plano...

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  2. Caro 1423
    O tema é delicado como diz. E critérios são critérios, no entanto que a "cerimónia" é a abertura da sede e se anuncia o candidato à Assembleia Municipal. o protagonista não pode ser um elemnto que estava nesta "cerimónia" e também esteve na "cerimónia" de outra candidatura.
    A Oliveira

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    1. Caro A. Oliveira:
      Penso que os jornalistas nesse caso agiram correctamente.
      Há que separar os que querem servir a cidade dos que se querem servir dela.
      Há os que jogam em vários tabuleiros e os que são honestos e jogam desinteressadamente só num. Os interesseiros devem ser desmascarados e aí a comunicação social também tem um papel importante.

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  3. Levará o candidato para a assembleia os mesmos que levou para o executivo? Eis a dúvida?

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    1. Penso que com a saída de muitos apoiantes e militantes de cada um dos principais partidos na nossa cidade só restará a quem liderar trabalhar com aqueles que por lá ficarem.

      Ora, quer no PS, quer no PSD os que estão a teimar em ficar são os mesmos de sempre limitando significativamente a escolha de quem supostamente lidera.

      Neste sentido creio que da parte dos partidos políticos surgirão os protagonistas aparelhistas a que nos temos habituado a ver ao longo dos anos devido ao esvaziamento que temos vindo a observar. Mais, infelizmente para ambos os partidos, aqueles que se estão a afastar são maioritariamente quadros técnicos altamente qualificados. Por sua vez os que ficam no seio dos partidos são na sua grande maioria os apelidados "carreiristas políticos".

      Os únicos que nos poderão surpreender pela positiva serão os movimentos independentes de Baltazar e Virgílio se tiverem a inteligência de ir buscar gente nova, capaz e com provas dadas fora da realidade política - caso não o façam correm o risco de que as máquinas partidárias o o aparelhismo consiga vencer.

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  4. nao sei bem de quem se fala, mas uma coisa sei pode-se estar presente e nao se apoiar nenhum dos presentes, ( a guarda e exemplo desta maneira de ser e de estar) mas as vezes só se está presente para ver se sai alguma coisita para o lado pessoal de quem está presente.

    triste sina a da nossa cidade.

    gus.

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    1. Eis um comentário perspicaz.

      Na realidade neste género de cerimónias aparecem vários tipos de pessoas:

      1.- Aqueles que estão para apoiar e que aparecem para dizer "presente" e disposto a trabalhar e a lutar por esta causa (ou por esta pessoa);

      2.- Aqueles que aparecem para ver se cai alguma migalha em forma de tacho para o lado deles;

      3.- Aqueles que vão só para ver quem está e para ir correr contar à concorrência;

      4.- Aqueles que andam distraídos de todo e por verem um ajuntamento popular vão também para ver o que se passa;

      De entre os quatro tipos de pessoas as dos números 2 e 4 é que tendencialmente podem ir a mais do que uma apresentação.

      Para integrar correctamente a pessoa que visita duas candidaturas num dos números (2 ou 4) bastará conhecê-la minimamente e estar atento para ver se ela é distraída ou não.

      As pessoas do "tipo 2", recorrem a certos subterfúgios para terem esse "dom": vão apenas ouvir os candidatos para poderem formar opinião; ou vão apenas fazer companhia a alguém que queria mesmo ir, ou desculpas esfarrapadas do género.

      Há ainda os casos (raros) dos presentes-ausentes (que se poderão incluir num 2.1): aqueles que aparecem de flash, cumprimentam o candidato e quem lhes interessa que os veja e dão de frosques; e dos ausentes-presentes (que se poderão incluir no 2.2): que são aqueles que se fazem representar pelos cônjuges ou familiares próximos(uma coisa do género: eu não estou, mas é como se estivesse - para uns, mas eu não estive - para outros)

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