quarta-feira, 21 de abril de 2021

Carta de D. Sanchérgio I aos súbditos, Guarda com futuro, renasce

Caros súbditos
Com a abdicação ao trono, o nosso pai, D. Álvaro II, criou-se um grave conflito de sucessão e também de suspeição, entre os herdeiros da coroa.
A Infanta D. Cidália que, durante muito tempo, era a favorita do pai para tomar conta do poder, bem cedo abdicou dos seus direitos e decidiu retirar-se e cedeu os seus direitos a quem os quiser agarrar, não tomando parte na guerra, tendo este caso, ficado resolvido, com ou sem a interferência do pai.
Como os meus súbditos sabem, o filho primogénito, que nunca foi o braço direito do pai, foi sempre o escrivão real e em função disso, sempre esteve na sombra dos gabinetes, pouco tempo dedicando aos súbditos e sabeis que também não era o favorito do pai, tendo até cortado relações quando o pai abdicou.
Também sabeis que esse viver nos gabinetes foi a causa da rebelião de muitos dos nossos regedores, tendo estes recorrido ao papa, para resolver o conflito e deserdar o primogénito, mas não resultou.
Ora, com o abdicar do pai, tendo sido o seu grande braço direito, revindico os meus direitos de sucessão ao trono e apresento os meus argumentos:
Fui eu, em nome do pai, que lancei os alicerces da imponente Sé
Fui eu, em nome do pai, que transformei as valas inquinadas com os esgotos em ruas com salubridade.
Fui eu, em nome do pai, que forneci a água a todos os súbditos.
Fui eu, em nome do pai, que fechei a decrépita torre de menagem e transformei a lindíssima Torre dos Ferreiros no chamariz da cidade.
Fui eu, em nome do pai, que fiz o projecto da “Tijaquina e a sua alameda e que agora chegou à estaca menos 8.
Fui eu, em nome do pai, que desenvolvi e apoiei os regedores no seu trabalho de apoio aos súbditos.
Fui eu, em nome do pai, que coloquei as flores nos jardins
Fui eu, em nome do pai, que fiz o solar do vinho e o solar dos sabores
Fui eu, em nome do pai, que alindei o centro histórico
Fui eu, em nome do pai, que transformei uma cidade esquecida numa cidade com futuro
Fui eu, em nome do pai, que fiz o porto seco e que vai ser alindado com um barco numa qualquer das rotunda a construir
Fui eu, em nome do pai, que mandei vir o comboio para rotunda e embelezei todas as outras
Fui eu, em nome do pai, que mandou fazer os passadiços
Fui eu, em nome do pai, que fiz os projectos de regeneração urbana, ruas, ruelas, largos, adros jardins e parques.
Fui eu, em nome do pai, que mandou decapitar e abater muito do parque arbóreo da cidade, sem plano e apenas para agradar.
Fui eu, em nome do pai, que acabei com a cultura
Fui eu, em nome do pai, que matei do galo, que fiz a cidade natal, que fiz o fun-run, que fiz a feira farta e todas as outras festas.
Sou eu, eu em nome do pai, que quer relançar o projecto do pai, agora abandonado.
E fui eu que fiz tudo o que avistais, quando subirdes ás torres do castelo
Fiz tudo em nome do pai, porque foi ele que idealizou todos os projectos, mas o pai, agora tão longe e abstémio, já não quer saber de nós.
Como sabem, com o pai ausente, tudo girava à minha volta
Eu quero o trono, ainda não decidi como o conseguir, mas vou alcançar.
Os meus aliados e fiéis incentivam-me à luta.
A minha hora vai chegar
A bem do reino
Assina
D. Sanchergio I
PS:
Foi ele, em nome dele, que assinou todos os actos administrativos e as adjudicações directas. As contas não estão boas e foi ele que as fez. Até as águas andam turvas e o multiusos desmoronou-se pois a maquete era de papel.
Foi ele, em nome dele, que não fez obra, que não comprou o campo do mileu, que não fez nada pelo hotel turismo e é ele que me persegue e me quer aniquilar

2 comentários:

  1. Interessante artigo do Dr. Arderius no Terras da Beira desta semana, com pertinentes perguntas.
    Parece que a ULS da Guarda se debate com um problema já na esfera judicial relacionado com o uso sem título de um edifício do ex-Sanatório, não pela entidade à qual foi excecionalmente cedido, mas agora também por uma terceira parte que passou a ocupar as mesmas instalações sem autorização. Dois órgãos de comunicação social do mesmo dono, na mesma casa, mas a abusar do erário público.
    Às perguntas feitas no referido artigo devem acrescentar-se as seguintes:
    - É certo que o responsável da auditoria da ULS da Guarda vai na hora de expediente comentar política em direto na rádio que está agora sob processo judicial movido pela mesma ULS?
    - É certo que o adjunto de um gabinete do governo participa também no mesmo programa, na mesma entidade sob suspeita de apropriação indevida de bens públicos?
    - É certo que dirigentes e deputados de partidos políticos, do PS ao PSD e passando pelos que querem "regenerar o sistema" e "acabar com a corrupção", sancionam com a sua presença esta situação altamente irregular?
    - É certo que, face ao aperto financeiro em que se encontram os dois meios de comunicação social, vai ser uma Câmara Municipal a salvá-los quer através da injeção de publicidade, quer por meio de aquisições imobiliárias no centro histórico a vendedor com quota maioritária em ambos?
    - É certo que o detentor dessa quota poderá ceder uma loja para sede de uma candidatura?
    Sr. engenheiro Oliveira, se souber a resposta a estas perguntas fará um enorme serviço público, como sempre.

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  2. Sanchergio, prestes a repetir a história da "Guarda Primeiro" e a levar com ele os melhores regedores.
    Lá para 13 de Maio, os "pastorinhos" que lhe fugiram da concelhia a troco de promessas de lugares estarão de novo a rezar-lhe aos pés.
    Lá para meados de Junho que remédio terão senão ir todos na mesma coligação.

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