sábado, 11 de janeiro de 2014

O “Tardoz” salva o património

Segundo o Dicionário de Língua Portuguesa, Tardoz é:
Arquitectura – Superfície exterior e convexa de uma abóbada ou arcada. Extradorso.
Arquitectura – Lado ou fachada de um edifício que se opõe ao lado ou àfachada do lado da rua ou fachada principal
Construção – Face tosca de pedra de cantaria que fica para o lado de dentro da parede
A Diocese da Guarda tem levado a cabo uma campanha de salvaguarda, restauração e inventariação do património que lhe pertence,
Tem havido surpresas surpreendentes, como por exemplo em Vila Soeiro e Aldeia Viçosa onde naquela foram descobertos frescos encobertos pelas diversas pinturas e nesta foi identificada uma pintura de Grão Vasco.
Outras vão aparecendo, sendo as mais recentes nas igrejas de Valhelhas, Guarda e de Valbom, Pinhel.
Na Igreja de Valhelhas, durante o restauro do retábulo do altar-mor barroco, foi descoberta uma imagem de S. Pedro, em madeira, dos séculos XV/XVI, enterrada no tardoz, foi ainda descoberto a primitivo altar românico, com o sacrário cavado na rocha.
Na Igreja de Valbom, foram descobertas duas pinturas a óleo sobre madeira de carvalho, datáveis da segunda metade do século XVI. Também estavam no tardoz do retábulo de talha barroca.
A minha dúvida é se os nossos antepassados lá deixaram as obras conscientemente ou foi por acaso que lá ficaram.
Cada vez mais o património é um bem de todos e que há cada vez mais gente e entidades despertas para a sua conservação.

1 comentário:

  1. Os frescos, tapados por várias demãos de cal, existem em Vila Soeiro, Mizarela e na humilde capelita aqui da quinta.
    Já tentei, várias vezes, interessar as entidades pelo restauro, sem qualquer sucesso, até porque os frescos aqui existentes, estão sobre adobe, sujeitos a degradação rápida e semi-destruídos pelas obras que a câmara fez na estrada.
    Quanto aos quadros existentes na igreja de Aldeia Viçosa será mais correcto dizer que serão da "escola" de Grão Vasco.

    mário

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