sábado, 26 de maio de 2018

Uma entrevista - Guarda: A principal porta de entrada em Espanha


20.05.2018, Expresso economia. Vítor Andrade, texto
Crescimento. Desde 2014 a Guarda captou investimentos de €50 milhões, criou 600 empregos e viu o turismo disparar 83 por cento
 “Para ali convergem as autoestradas A23 e A25, mas também as linhas ferroviárias da Beira Alta e da Beira Baixa”
“A fronteira de Vilar Formoso é mesmo ao lado mas, das centenas de camiões que diariamente transitam de um país para o outro, poucos são os que mexem com a economia da Guarda”.
“Já começa a notar-se algum benefício deste movimento com reflexo direto na criação de emprego pelas empresas que escolheram a Guarda como base logística, “o que, só por si, já é excelente”, nota Álvaro Amaro, presidente da autarquia. A Plataforma Logística e Empresarial, instalada na Quinta dos Coviais (aldeia da Gata), a meia dúzia de quilómetros do centro da cidade, é já a base de várias empresas e os lotes continuam a ser vendidos a bom ritmo, segundo aquele responsável. Basta uma breve passagem pelo local para se perceber que ali se está a investir, com novas naves industriais a ganharem forma”
“A Olano, uma empresa multinacional francesa da área do frio, já investiu €35 milhões naquele parque logístico e continua a aumentar a sua operação. Ocupa já sete hectares e dá trabalho a mais de 200 pessoas.
“Nuno Almeida, responsável da Olano na Guarda, garante que não se arrepende de ter vindo do Porto”.
“Na estratégia de expansão que temos em curso, um dos principais problemas ainda continua a ser o recrutamento de mão de obra, mas como muitos dos nossos colaboradores são condutores de camiões, podemos recrutá-los em qualquer zona do país”.
” A empresa está a crescer a 20% ano, desde 2009.
“São empresas como esta que acabam por fazer a diferença, sublinha Álvaro Amaro”.
Da enorme janela do seu gabinete, do outro lado da rua, uma imagem icónica da cidade que agora se prepara para ganhar uma segunda vida: o antigo Hotel Turismo”.
“Vai finalmente ser reabilitado e transformado num boutique-hotel de quatro estrelas, mediante um investimento de €7 milhões, promovido pelo grupo empresarial local MRG. Terá 50 quartos e viverá em torno do conceito central da neve”
“O turismo tem sido, de resto, um dos grandes motivos de orgulho do presidente da Câmara da Guarda”.
“Em apenas quatro anos (desde 2014) o número de turistas aumentou 83 por cento. Passámos de pouco mais de 12 mil visitas por ano para quase 22 mil em 2017, registados no «Posto de Turismo» ”
“Este crescimento coincide precisamente com a chegada de Álvaro Amaro aos comandos da cidade da neve”.
 “Não é vaidade, é orgulho. São os resultados de uma estratégia que está a dar certo.”
“Depois dos portugueses, espanhóis e franceses seguem-se os turistas israelitas. “Vêm visitar propositadamente algumas gravuras que existem na judiaria”, explica o autarca, dizendo que a aposta neste sector é para continuar”.
São apenas 46 quilómetros de caminho de ferro, mas são uma espécie de linha que separa a esperança do abandono absoluto de mais um pedaço do território nacional.
“O Teatro Municipal da Guarda é o centro da movida cultural. Apresenta teatro, exposições, cinema, tertúlias e debates com uma frequência quase diária”
“Mas é também a pensar nessas pessoas que a cidade aposta na oferta cultural, com uma agenda cada vez mais preenchida e diversificada. Não apenas no moderno auditório do Teatro Municipal mas também no Museu da Cidade e até nas próprias ruas, com manifestações temporárias de artistas em pleno ato de criação”.
“O professor e ensaísta Eduardo Lourenço imaginou e ajudou a criar o Centro de Estudos Ibéricos onde, em suma, se transmite conhecimento. Local de exposições regulares, workshops, investigação e tertúlias, aquele espaço é já uma referência central da cidade”.
Três perguntas pelo menos:
1 – Qual a razão de apontar sempre a Olano como a empresa que investe na PLIE e nunca indica as empresas que se instalaram no mandato deste Presidente?
3 – Quais foram as empresas que mais empregaram os 600 postos de trabalho criados?
3 – E será que sabe o que é isso de “algumas gravuras que existem na judiaria” e que os israelitas vêm visitar?

2 comentários:

  1. Uma entrevista muito realista deste presidente:
    1. Localização estratégica da Guarda, uma aposta dos mandatos anteriores a Álvaro Amaro e sem qualquer participação dele, a não ser a ausência permanente em todas as discussões de rede e parceria entre municípios do distrito.

    2. As empresas que escolheram a Guarda com base na logística são todas anteriores aos seus mandatos

    3. A reabilitação do Hotel de Turismo é um investimento do Governo PS sem qualquer participação de Amaro, a não ser a sua má vontade do passado e umas declarações bacocas no presente.

    4. A Olano é uma das empresas negociada anterior a Amaro chegar a Guarda em 2013 e antes dele já crescia todos os anos como aliás é referido no texto "” A empresa está a crescer a 20% ano, desde 2009."

    5. O turismo tem um crescimento nas palavras de Amaro baseado exclusivamente em registos no Posto de Turismo. O posto de turismo que foi criado neste formato no mandato antes dele.
    Os registos com base em visitantes apenas diz que vieram e foram.
    Mas no mandato anterior a ele o registo era medido com base nas visitas e nas permanências e antes dele foram criados na Guarda 3 hotéis novos (Vanguarda, Lusitana e Ferrinho) e foram recuperados 3 (Aliança, Filipe e Santos). Isso sim é estratégia em turismo.

    6. As declarações relativas ao turismo judaico são reflexo da ignorância de Amaro... os "israelitas" vêm a Guarda como já vinham há mais 10 anos. Agora vêm mais por trabalho em rede que conseguiu garantir para Portugal a acessibilidade que não existia - voos com ligação de Israel a Portugal. Esse trabalho nunca contou com ele para nada, nem quando estava como presidente de Gouveia.
    As "gravuras" que vêm visitar devem referir-se a mais antiga judiaria portuguesa que continua a ser motivo de interesse de israelitas e de milhares de pessoas de origem judaica, israelitas ou não. E portanto "a menina dos olhos" dele é a menina de muitas pessoas que antes dele fizeram trabalho.

    6. O TMG não foi nem pensado e nem construído por ele. E a única coisa que fez foi adulterar a sua estratégia de impacto nacional e ibérico para uma estratégia com base municipal e local. O mesmo fez com o Museu que até conseguiu desprover, deixando de ser um Museu Regional para ser um museu municipal. Estratégia na cultura muito duvidosa para não dizer que a longo prazo será ruinosa.

    7. O professor Eduardo Lourenço e o CEI também são muito anteriores a ele e a única intervenção dele foi retirar-lhe mérito e reconhecimento. No passado o CEI era um espaço académico, de investigação e cultura com reconhecimento nos devidos círculos próprios e hoje passou a ser uma coisa que já ninguém sabe o que é, nem Amaro.

    8. Lamentável não ter falado nos projetos dele: a Feira Ibérica de Turismo com investimento de mais de meio milhão de euros por ano há 5 anos (ca. 3 milhões) e retorno económico nenhum - Não há mais camas, nem restauração, nem serviços.
    As rotundas com investimento de ca. 5 milhões sem qualquer retorno económico ou estratégia identificável;
    A jardinagem e as flores em rotundas e separadores da VICEG com manutenção constante;
    O abatimento de árvores e as podas constantes;
    A maquilhagem com acessórios discutíveis no Jardim José de Lemos e no Parque Municipal.
    As inaugurações de projetos e ideias que estavam definidas antes dele chegar.
    E de resto não se conhece nada, a não ser as "notícias" que ele vai pagando a alguns "jornalistas" para parecer que faz muito.

    Esta entrevista dá-nos uma ideia clara de Amaro como presidente de Câmara da Guarda:
    - Amaro reconhece o que acabei de relatar e tem vergonha de falar nos projetos e obras dos seus mandatos, preferindo centrar-se naquilo que realmente pensa que há de bom na Guarda mesmo que não tenha sequer um dedo dele.
    - Amaro deita a toalha ao chão e assume que nos mandatos dele a Guarda tenha deixado de ser a porta de entrada para a Europa e tenha ficado reduzida à porta de entrada para Espanha.

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  2. josé manuel romana26 de maio de 2018 às 12:14

    Uma habilidade política mas demagógica.Pretende, com ajuda de certos jornalistas "avençados", fazer propaganda do seu mandato que, sob o ponto de vista económico, pouco ou nada fez.Perguntem aos verdadeiros e competentes economistas se a Economia real melhorou, na Guarda. Depois, a honestidade política deveria conduzi-lo a um reconhecimento insofismável:As grandes obras estruturais foram realizadas pelo Governo Central e pelos Executivos anteriores.Encontrou tudo. Tem-lhe faltado o golpe de asa para transformar e rentabilizar tudo.Mas a folia e a propaganda não faltam. Bazófias políticas.

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