Entrevista a Paulo Fernandes

O Jornal público, versão papel e versão on-line apresenta uma boa entrevista feita a Paulo Fernandes, Presidente da Câmara do Fundão. Se eu fosse candidato à câmara ia já a correr ler a entrevista de se seguida pedir uma entrevista a Paulo Fernandes.
Aprenderiam muito e talvez recolhessem boas propostas para o programa. Mas sabemos que pedir conselhos ao vizinho é vamos rebaixar-nos.
Resumo possível
https://www.publico.pt/2025/09/24/politica/entrevista/paulo-fernandes-pais-visto-nome-interesse-nacional-2148296
Paulo Fernandes:
“O país tem de ser visto como um todo em nome do interesse nacional”
A limitação de mandatos trouxe uma mobilidade, um rejuvenescimento ao sistema democrático local que, tendencialmente, foi-se tornando muito presidencialista e menos colegial.
Disse recentemente que recusou várias propostas para cargos públicos ou políticos para se manter no Fundão. E agora, o que é que projecta para o seu futuro próximo?
Mas eu decidi que o meu círculo autárquico estaria fechado. Decidi também que não tinha motivação suficiente para ir para funções ou missões de âmbito nacional, onde, muitas vezes, a carga burocrática, tecnocrática, se sobrepõe ao impacto directo sobre as populações.
Eu tive convites, não vou referenciar quais, porque seria até pouco cordato com quem possa estar neste momento nos lugares. Mas sim, tive até mais do que um convite.
Em 12 anos, a sua presidência transformou um município de base rural num pólo tecnológico com mais de mil engenheiros informáticos, numa população onde estão presentes 78 nacionalidades. O principal ingrediente dessa transformação foi a promessa de um estilo de vida?
Quando nós começámos, tínhamos três engenheiros informáticos a trabalhar no concelho do Fundão e os três trabalhavam na câmara municipal. Não tínhamos um histórico de empresas tecnológicas, não tínhamos uma universidade ou um politécnico. Ou seja, o resultado de uma atracção maciça nessas áreas do IT era muito improvável. E eis que nós pensámos: ‘Se eu conseguir demonstrar que hoje jovens que estão em Lisboa e Porto querem vir para aqui ser programadores, eu tenho a certeza absoluta que essa questão também vai levar a que as empresas que andam à caça desse talento venham’. E isso, de facto, aconteceu.
E foi isso que o levou a investir, quer nas escolas, quer nos funcionários?
O município é conhecido e reconhecido nacionalmente pela sua política de integração de imigrantes. Quantos imigrantes vivem aqui?
Nós temos três mil de forma permanente e temos mil de forma mais flutuante. Provavelmente cerca de 15% da população.
(Alguns apartes:
 – A JS colocou um grande outdoor junto ao hotel turismo a informar que o relógio do progresso parou há doze anos. E espantados e indignados estava três altos candidatos autárquicos em grande discussão. Será que vão apresentar queixa à CNE e/ao0 MP?
O Ventura chegou e quer “Salvar a Guarda”. É candidato a quê?
Quem vai pagar e quando vão reparar as centenas de buracos que andam a fazer nos passeios para a colocação de outdoor?)