sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Vasco e o Acordo Ortográfico

Vasco Graça Moura, Juiz do Tribunal Constitucional, declarou inconstitucional o Acordo Ortográfico, ponto final.
Enganei-me, o Vasco não é Juiz.
O Vasco é Director, é Cavaquista, é Programador, é Comentador, é Ensaísta, é Escritor, é Parcialista é tudo isto e muito mais. Só não é Juiz.
Ao declarar inconstitucional uma Lei do Governo de Portugal está a dizer para o Povo Português que as leis não são para ser cumpridas.
É a solução para as SCUT. Um qualquer Director, nomeado, que declare a Lei SCUT inconstitucional e ficamos livres de pagamento.
Quem se atreve a fazer esta declaração? Vasco, dás uma ajuda?
Nota final: Em declarações posteriores O Vasco veio dizer que o Acordo Ortográfico era um crime contra a Língua Portuguesa e tinha que extirpado. Assim digo eu, isto é um crime contra as Leis Portuguesas e tem que ser extirpado, o Vasco, não as Leis.
Eu escrevo de acordo com o Acordo que me apetecer.

1 comentário:

  1. Um "Acôrdo Ortográfico" é uma reforma ortográfica da Língua. Quando a grafia dum idiôma deixa de fazer sentido devido à evolução do mesmo deve-se proceder a uma reforma ortográfica. Que eu saiba o AO1990 não tem esta função: O que faz é que escrevamos uma espécie de "português inventado", parecido ao brasileiro mas que não o é.
    Os motivos pâra ir avante com este AO foram:
    1 - O português é a única Língua com duas grafias diferentes (Que estranho, ia jurar que o inglês e o francês, p.ex., têm mais de 2 grafias diferentes) e portanto deve-se proceder a uma unificação da escripta do "Português Europeu/de Portugal" (e d'Angola, Cabo Vêrde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorïal, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timôr e antigas colónias Portuguêsas da Índia onde o Português é falado), também conhecido como Português Standard e do português do Brasil (isso não vai acontecer).
    2 - Pretende-se que a grafia do Português não esteja tão ligada ao étimo e mais à fonética (claro, mas nesse caso deixam d'existir regras de leitura e portanto algumas palavras devem ler-se de maneira diferente quando este AO entrar em vigôr. Já vemos jornalistas pronuncïar accionistas como "acionistas"). Já devido à fonética algumas palavras também se deveriam escrever de maneira diferente - "casa" lê-se "caza", portanto, se o Acôrdo é para se guïar pêla fonética, dever-se-ia escrever da segunda maneira (isto foi um pequêno exemplo apênas);
    3 - Com uma escripta unificada (que como já disse não acontecerá na verdade) os brasileiros e todos os outros falantes do português poder-se-ão entender melhor (há gente no Brasil que lê livros d'autôres portuguêses escriptos segundo a maneira portuguêsa e não é por não estar na variante dêles que deixam d'entender).
    4 - O português ganhará mais importância a nível internacional (não - o "brasileiro" será igualmente importante - ou mais - e o "português esfarrapado de Portugal" deixará d'existir em poucos annos).
    5 - As consoantes mudas (pâra câda vez mais pessoas mas aínda assim, não pâra tôdas) não são lidas por ninguém (errado) e não servem pâra nada (quem apoia esta última acerção é burro e analfabeto, pois faz parte das regras de escrita básicas do português que são aprendidas na primária - vogal+consoante+consoante=vogal aberta, a não ser que as consoantes formem um son único, como nos casos "ss" e "rr"). "Espetador" é alguém que espeta algo, "espectador" é alguém que vê algo, como televisão, teatro, acontecimento na rua, etcétera.


    Para além d'estropear a Língua Portuguêsa de Portugal (já tão estragadinha, coitadinha), foram "estragar" o pouco de bom do brasileiro e que deveriamos de usar também - trema e acentos gráficos. o trema, que se usam sôbre o U quando se encontra nos casos gue/gui/que/qui, onde por regra não se podem lêr (agüentar não se diz â-g-en-tAr, o U é para ser lido, e o mesmo acontece com palavras como agüinha, freqüente, aqüífero, entre outras). Nos casos éia cômo "idéia" se se adoptassem na escripta do português standard faria todo o sentido, pois ninguém diz "idêia", pois o tritongo é eia e lê-se "êya".
    Quanto ao predomínio do Português brasileiro sobre o Português de todos os outros países lusófonos, os comentários acerca dêste assumpto não poderia ser mais polémico; Porquê? Porque não se vê, por exemplo, os E.U.A. a dizer à Grã-Bretanha, Irlanda, Índia, África do Sul, Austrália, etcétera, cômo devem escrever em inglês.
    O AO não é uma reforma ortográfica "normal", é um acôrdo político no qual bàsicamente a Língua Portuguêsa é "vendida" ao Brasil pâra sêr monopolizada a seu bel-prazer.

    Comentário escripto ao abrigo de antigas regras do Português

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