terça-feira, 20 de julho de 2010

DELPHI e as conferências de imprensa

1 - A Distrital da Guarda do PSD classificou, o encerramento da Delphi de «tsunami laboral e social»
Infelizmente o PSD da Guarda anda sempre atrasado nestas coisas.
Verdadeiro “Tsunami” foi quando a Delphi passou de 1800 operários para 800, porque foi quando se “iniciou o fim”.
Passar de 800 para 300 foi um tornado.
Fechar a fábrica é um vendaval porque já pouco resta.
2 – O Sr. Vereador do PSD e o Presidente da Concelhia não teriam perdido nada se se tivessem documentado melhor, sobretudo o primeiro, porque não deve saber o que está a dizer, sobre a Delphi, sobre a Guarda e sobre Castelo Branco, pelos vistos só agora se aperceberam que a Delphi existia.
3 – A política económica do PSD resume-se a que nos dias ímpares devem pedir a intervenção do Estado nas empresas e que nos dias pares pedir a retirada dos Estado das empresas
4 -Já agora lembro que quando a Delphi tinha 1800 operários alguém da actual Direcção Distrital andava sempre muito preocupado com os operários, porque lhe roubavam os lugares para estacionamento, eram incómodos para os vizinhos e com a fábrica a trabalhar em três turnos diários não se podia viver naquela freguesia, agora já está à vontade e sem os TIR ainda fica melhor, só que não tarda muito que fique também sem gente.
5 – Lembro ainda que naquela fase áurea os empresários da Guarda, Industriais e Comerciantes, clamavam que a Delphi só prejudicava a cidade porque lhes roubava a mão-de-obra e pagava mais.
6 – Depois dos muitos maus tratos que levou finalmente se reconhece a importância da Delphi na Guarda

7 comentários:

  1. Ricardo Neves de Sousa20 de julho de 2010 às 14:35

    Estimado A.Oliveira,
    Costumo ler o seu blog, uma vezes concordando, outras sorrindo, e outras, como é o caso do actual post, repudiando veemente, mas democraticamente, as suas opiniões.
    Mais do que julgar os comentários das estruturas do PSD, relativamente ao encerramento da Delphi, dever-se-ia comentar a actuação (ou a gritante falta dela) da Câmara da Guarda e do Governo nesta matéria.
    Pelos vistos, quem não se apercebeu que a Delphi existia, foi efectivamente o executivo socialista, uma vez que nunca evidenciou esforços, no sentido de encontrar soluções para a inevitabilidade da situação que se avizinhava, e que já era por demais sabida.
    O PSD, desde sempre alertou, e bem, para esta situação, mas infelizmente, as preocupações evidenciadas , caíram sempre em "saco roto" , aos pés de quem governa (e tem governado), e o resultado está à vista! Sugiro pois, que em vez de apontar baterias para uma estrutura que é parte da solução, dirija o seu descontentamento, para quem, por inoperância, alimentou o problema!

    Atentamente

    Ricardo Neves de Sousa

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  2. Caro Neves de Sousa
    1 – Fui durante muitos anos parte interessada na situação da Delphi e mesmo agora que já não sou parte interessada mantenho-me atento ao que se passa.
    2 – Durante os últimos anos sei qual foi o esforço da Câmara da Guarda e do Ministério da Economia para manter em actividade a Delphi e foram muitos esforços garanto-lhe
    3 – O papel do PSD tem sido apenas de alerta e de certa forma de tentar colher dividendos políticos.
    4 – Com tanta gente influente que tem o PSD na zona do poder, apesar de agora não ser poder, não conheço qualquer iniciativa para ajudar a resolver o problema do emprego no Concelho da Guarda
    5 – Os Dirigentes do PSD continuam a afirmar que há empresas que se querem instalar na Guarda, e que a Câmara vai espantando, mas nos últimos anos não apresentaram nenhum nome para os Munícipes conhecerem
    6 – Lembro-lhe que o Presidente da Distrital do PSD também é Presidente de Câmara e ainda não resolveu os problemas de emprego no Concelho de Gouveia.
    7 – Sendo o Neves de Sousa um Técnico e um Político defensor do mercado aberto e da livre concorrência sem interferência do Estado sabe que cabe sobretudo aos agentes empresariais resolverem estes problemas, mas não é o que eu penso.
    8 – Para terminar continuo a pensar que os empresários da Guarda continuam a estar indiferentes ao que se passa na cidade não arriscando o seu dinheiro nesta sua terra. Porquê é para mim um grande mistério.
    A. Oliveira

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  3. Há comentários que só com ingenuidade ou absoluta demagogia se explicam. O Neves Sousa que toma como seu o papel de defensor da posição oficial do partido de que faz parte deveria consultar quem melhor do que ele possa saber o que se passa ou então deixar as conversas partidárias para outra altura mais conveniente. Reforço a posição aqui tomada e lembro as posições do PSD (e não só) em vários momentos da economia regional... Não à Delphi, à PLIE, ao TMG, ao Parque POLIS, ao Centro Comercial, ao Retail e por aí em diante. Quanto à conversa do "Nós bem avisámos" há mais 25.000 concidadãos a dizer exactamente o mesmo. Agora é fácil afirmar que bem avisámos e eu pergunto e o que fizeram? Houve Governos PSD neste processo, o que fizeram? O PSD é o partido mais votado no distrito, o que fizeram? O PSD tem um deputado na Junta de Freguesia onde se localiza esta fábrica, o que fizeram? E mesmo hoje o que é que já fez o PSD para além de conferências e comunicados?
    Poderemos discordar em vários aspectos com a posição do Governo e da Câmara, mas ainda não vi aproveitamento político desta situação e o assunto tem sido tratado com a serenidade e o respeito que todos merecem: a população, o sindicato, os funcionários e a administração da empresa.
    Sr. Neves Sousa vá por favor informar-se e aproveite para informar ou relembrar os seus companheiros. Lamentável esta psotura.

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  4. Ricardo Neves de Sousa21 de julho de 2010 às 17:25

    Antes de mais, quero agradecer ao A.Oliveira, pela amabilidade que teve em rebater a minha opinião e ao Sr. Anónimo, pelo seu contributo incógnito para esta discussão. Vou tentar esclarecer os dois, quanto ao meu ponto de vista, única e exclusivamente enquanto cidadão e filho da Guarda, e não, como membro de uma estrutura partidária, da qual, não fui mandatado para me pronunciar em seu nome.
    Relativamente ao primeiro, seguirei a metodologia utilizada, e responderei ponto a ponto, naqueles em que tal se justifique, caso a limitação de caracteres assim o obrigue, continuarei num post seguinte.
    2. Quando fala no esforço feito pela autarquia e pelo Ministério da Economia, acredito que assim o tenha sido, no entanto, essa atitude não só não teve qualquer visibilidade, como os resultados obtidos foram nulos. Concorde-se ou não, na actual dinâmica global em que vivemos, o que contam são os resultados e não a proclamada "boa vontade". O fazer-se algo, apenas para ter a consciência tranquila, é o mesmo que não fazer nada. Como tal, os esforços realizado pela CMG e pelo ME foram ineficientes, e prova está à vista.
    3. De facto, o PSD tem em boa parte sido "a voz da consciência", alertando antecipadamente para os erros que são cometidos, mas dado o seu papel de oposição, infelizmente, não pôde fazer muito mais. Além disso, tanto quanto me é dado saber, nunca esse partido foi chamado para fazer parte de um grupo de acção nesta matéria, o que aliás está provado, quando afirma que os supostos esforços foram apenas tidos pela CMG e ME.
    4. Efectivamente, o PSD possui pessoas com bastante influência. No entanto, essa influência assume especial preponderância quando o partido é poder, coisa que não aconteceu em 7 dos últimos 10 anos (em termos de poder legislativo) e em 36 anos de poder autárquico. Mas deixe-me dizer-lhe que, a magistratura de influência deveria ter sido exercida pelo partido do poder, ou não temos nós um Presidente de Câmara que foi "colega de carteira" do actual Primeiro Ministro? Não temos nós um deputado de Amarante eleito pela Guarda, que ocupa o privilegiado lugar de líder da bancada parlamentar do partido do Governo? Não prestou a CMG homenagem ao Dr. Almeida Santos, segundo alguns, um "príncipe da democracia" (num regime de feudalismo democrático), que tanto e tão bem fez por esta terra? E não cito mais exemplos, sob a pena de me tornar maçador. Quem tem o poder de decisão na mão, deve também utiliza-lo, para a ajudar as regiões que para isso contribuíram.
    5. Neste ponto, a pergunta deveria ser feita ao contrário, ou já não se recorda de ouvir o Presidente da Câmara dizer que já tinha 50 (cinquenta) empresas em carteira para ocupar os lotes da PLIE? Dessas gostaríamos nós de saber os nomes... se é que existem. Agora quanto ao resto, de facto tenho conhecimento de duas empresas que foram "espantadas" da Guarda por inoperância da Câmara. Como compreenderá, o sigilo profissional obriga-me a omitir os nomes, mas pessoalmente, poderei indicar-lhe os sítios onde poderá procurar por esses factos.
    6. Eu vivo na Guarda e não em Gouveia.
    7. Com efeito, defendo o mercado aberto e de livre concorrência, sem interferência do Estado. No entanto, defendo também, que cabe ao Estado, nomeadamente às autarquias, criarem as condições necessárias para que as empresas se fixem. Como é sabido, até há bem pouco tempo, não existia na Guarda, um espaço condigno para a instalação empresarial. E mesmo agora, o existente, pratica preços "anti-fixação". E isto não tem a ver com a "cor política", mas sim com a visão e capacidade de trabalho dos autarcas. Castelo Branco e Viseu, dois concelhos do interior, com diferentes partidos à frente das respectivas autarquias, têm-se mostrado incansáveis, na sua missão de cativação de potenciais investidores para esses concelhos. Porque é que a Guarda também não o é?????

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  5. Ricardo Neves de Sousa21 de julho de 2010 às 17:26

    Continuação do post anterior...
    8. Peço-lhe desculpa, mas a realidade é bem diferente. Há empresários, e muitos, que querem investir na Guarda, mas são completamente ignorados. Ainda recentemente, a questão do Hotel Turismo é um fiel exemplo do que acabo de dizer. Ou o empresário sul-africano, com raízes na Guarda, que por 3 ou 4 vezes foi deixado à espera nos corredores da Câmara, sem qualquer justificação ou recepção por parte dos responsáveis (que estavam indisponíveis), indo depois para Castelo Branco, onde aliás, já está a construir o pavilhão da sua empresa! Mas como estes, existem mais casos... Adiante. Isto para mim é que se torna um verdadeiro mistério. Um x-file beirão!

    Respondendo agora ao Sr. Anónimo, já vi que pelas suas palavras, demonstra uma grande animosidade em relação ao PSD, e um encapotado carinho, pelo partido que nos tem (des)governado. Nada tenho contra, aliás, até acho saudável a pluralidade de opiniões. No entanto, pedia-lhe apenas, que fizesse novamente as perguntas, mas agora, mudando de protagonista... Por favor, substitua o PSD pelo PS, e guarde as respostas para si. De certeza que não vai encontra muitas, pois o trabalho feito foi NULO, o que é triste, para quem governa a Guarda há mais de três décadas, e nos últimos 10 anos, ocupou 70% do poder legislativo do país.
    E já agora, a situação ainda se torna mais ridícula, porque houve imensos avisos nesse sentido. Segundo o Sr. Anónimo, seriam mais de 25.000. Eu até me atrevo a dizer que seriam bastantes mais. Isto só prova que a passividade e a apatia de quem nos governa e governou, são apenas fruto da falta de capacidade e de visão, e não da falta de avisos!
    Já agora, na próxima, convido-o a assumir a sua identidade. Quando acreditamos em causas e por elas nos debatemos, não devemos ocultar o nosso verdadeiro eu... Afinal, ainda estamos num país livre...ou não?

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  6. Caro Neves de Sousa:
    1 - Esta discussão está interessante mas não devia ser feita na blogosfera mas sim pelas forças vivas da cidade, num local público,mas há falta de melhor, este blogue cntinua disponível
    2 - Quanto a Deputados, não esqueçamos que excluindo as últimas eleições em que o PSD optou por nomes locais, teve sempre figuras de proa como Vitor Valdez e Miguel Frasquilho e como se sabe não deixaram pegada.
    3 - Quanto a governação também se pode dizer que o PSD governou o POrtugal 14 anops nos últmos 25.
    Sempre à disposição
    A Olveira

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  7. Os comentários não são mais ou menos importantes porque são mais ou menos anónimos. Uns têm necessidade de dar a cara porque ainda não conseguiram chegar ao "destino". Outros só têm necessidade de repor os termos. Um país sem memória é um país sem futuro.
    Não se tratam de preferências partidárias e sim de factos incontornáveis e a Delphi é um problema do distrito, muito mais do que um problema de um só concelho.
    E se o problema está (de acordo com a sua opinião) numa oposição conformada e num poder legitimado pela democracia, não será que o problema está em si?
    Para finalizar, o verdadeiro eu não se resume a um nome e nem sempre é o que parece. Por detrás de um comentário anónimo há muito mais verdade do que aquela que aparenta um vaidoso identificado.

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