quinta-feira, 21 de março de 2019

“Auto-estima” e “Equilíbrio Financeiro”


O Presidente da Câmara da Guarda veio dizer-nos em conferência de imprensa que as duas maiores obras realizadas por ele na Guarda foram “devolução da auto-estima e orgulho aos Guardenses” e o “equilíbrio financeiro da Autarquia”
Sobre “auto-estima e orgulho” em relação à própria deve estar nos píncaros. Em relação aos Guardenses as dúvidas avolumam-se.
Não tendo sido ainda inventado um “autoestimómetro” para medir estas coisas, há alguns parâmetros que nos indicam que há muita ilusão.
Há menos gente desempregada? Há. Há mais empregos? Não. A Guarda tem perdido gente empregada.
Há mais habitantes e eleitores? Não. A Guarda todos os dias perde gente.
Há mais comércio e serviços? Não. O que vemos é lojas a fechar.
Há mais gente nas ruas da Guarda? Não. Tirando os dias de festa, pouca gente se vê.
As festas contribuem para elevar a “auto-estima” Sim E são suficientes? Não.
Sobre o “equilíbrio financeiro” iremos ver quando apresentarem as contas do ano de 2018
Os milhões que estavam das provisões e que foram desbloqueados
Os milhões recebidos do PAEL e utilizados.
Os milhões em dívida às “Águas de Portugal” já se saberão quantos são? 30? Talvez.
As contas fazem-se no fim e o tal “equilíbrio financeiro” pode ter sido uma ilusão..

2 comentários:

  1. A rádio do regime já está a fazer o spin da normalidade da passagem de testemunho, como se a saída de Álvaro Amaro e a tomada de posse de Chaves Monteiro fossem parte do mesmo processo e tudo acontecesse de maneira simples.
    Tal como foi a rádio dos "independentes" e criou os mitos de que uns ressabiados davam bons presidente e vice-presidente, tal como foi a rádio de Amaro e ajudou a difundir a imagem do "homem providencial", agora está subtilmente a martelar na opinião pública a ideia de que Chaves Monteiro vai ser um presidente "preparado" que irá trazer "estabilidade e concretização" ao mesmo tempo que faz lobby igualmente descarado mas pelos vistos eficaz por Sérgio Costa para vice e etc etc. Como meio de comunicação social tem o poder da influência de colocar as pessoas a concordar com as tais "imagens" que cria e com a "normalidade" em que pretende que a Guarda acredite.
    É um atropelo às mais elementares regras que parece passar ao lado de todos os organismos "reguladores", mas o certo é que o profissionalismo e a eficácia destas campanhas merece que se tire o chapéu. É um escândalo mas é bem planeado e melhor executado, na total falta de escrutínio.
    As habituais vítimas destas estratégias de comunicação são-no quase sempre porque reagem mas não agem. Primeiro desvalorizam e depois atacam.
    Era assim com o PSD quando o "dono daquilo tudo" levava o PS ao colo. Foi assim com o PS quando levou os "independentes" ao colo. Foi assim com o PS quando os "independentes" deram com os burros na água e ele se virou para o Amaro. Foi assim em 2017 quando o Amaro só precisou de microfone para "fazer história".
    Tudo parece encaminhado no mesmo sentido. A oposição desdenha e ataca, o poder cavalga as ondas hertzianas e inventa acções só para ser notícia e "passar a mensagem". Do outro lado, são silenciados.
    A primeira entrevista de Chaves Monteiro, dada à saída de um desses falsos acasos, vê-se que foi preparada e muito editada. Basta ouvi-lo a discursar sem rede ou ouvi-lo a falar na rádio e não parecem a mesma pessoa.
    O que move agora o "dono daquilo tudo"? Que afinidades tem, visíveis ou secretas, com o substituto de Amaro? Que interesses o movem? O que lhe pediu Amaro? O que lhe ofereceu Chaves? Vai fazer parte do staff do primeiro em Bruxelas, retornando aos tempos do Oriente? Vai integrar o gabinete de Chaves, cumprindo o que estava para acontecer se os "independentes" tivessem chegado ao poder?
    Se nada disto acontecer e continuar "dono daquilo tudo" numa rádio que é património da Guarda, condicionando e manipulando a seu bel prazer, então é altura de lançar daqui alguns apelos:
    À alternativa que se organize e que deixe de ser reactiva e odiosa. Há ali influência, agarrem-na. Vão ter com ele e perguntem-lhe cara a cara o que é preciso para que desta vez seja diferente.
    Ao "dono daquilo tudo" para que, tendo visto fugir o candidato que apoiou, tenha maior dignidade do que levar simplesmente ao colo um substituto que nem a votos foi. Encare outras opções e ponha os seus talentos ao serviço de um jogo limpo. Se há um preço, diga qual é. Lembre-se que a sua impressão digital também está bem carregada nas decisões que o eleitorado tomou nos últimos anos na Guarda, porque você ajudou a tomá-las. Dê agora uma oportunidade diferente, se lhe aparecer quem a mereça. Torne-se admirado e não apenas temido.
    Agradeço ao gestor deste blog a possibilidade de partilhar aqui este apelo, mesmo anónimo.
    Esta é a altura que isto não pode ficar por dizer.

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  2. Haja alguém que diga finalmente que o R(u)ei vai nu

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