segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Órgão da Sé e “Concerto” de travesseiro


Legenda:
PDRCC - Presidente da Direcção Regional de Cultura do Centro.
PCCDRC – Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
PCMG – Presidente da Câmara Municipal da Guarda
CDOS - Comissão Diocesana do órgão da Sé
CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras E Serra da Estrela
A Diocese da Guarda foi apanhada de surpresa com o anúncio do PCMG de que teria sido abandonado o projecto de um órgão novo para a Sé da Guarda e em seu lugar iria ser reconstruído o que foi desmantelado há dezenas de anos e do qual só restam pequenas peças de madeira.
Só vou lembrar alguns pequenos detalhes, porque a história está bem escrita pelo organista Padre Farinha e publicada na passada semana no Jornal a Guarda http://www.jornalaguarda.com/index.php/opiniao/11134-orgao-da-se
Há cerca de quatro anos o PCMG anunciou que estava incluído no orçamento da CIMBSE uma verba de 400 mil euros para um novo órgão da sé e o restante 100 mil a pagar pela Diocese.
A Diocese criou a CDOS e os projectos foram feitos e andaram este tempo todo entre a PDRCC e a PCCDRC sem qualquer decisão e pelos vistos empatando a questão. Diria o povo “andava de Herodes para Pilatos”.
Na semana passada a CDOS foi surpreendida com o anúncio do abandono deste projecto e o recomeço de outro. Parece que tudo foi combinado a dois.
Estando a PDRCC em fim de mandato, tendo já substituta, até novo concurso público, o que terá lavado a que a PDRCC tivesse incumbido o PCMG a fazer o anúncio numa reunião da Câmara e sem ter contactado os intervenientes?
Posso ter uma interpretação:
400 Mil Euros é muito dinheiro para estar ali empatado tanto tempo e que faz muita falta para adornar mais uma bela rotunda.
Fazer o projecto para reconstruir um órgão do qual só há fotografias e umas "pécitas" se o dinheiro é para gastar até 2020 e se não for gasto vai para algum sítio, que tempo vai demorar? Muito tempo digo. E depois reconstruir peça a peça em madeira? Teremos mão de obra capaz de o fazer em tempo útil?
Pois acredito que foi uma maneira airosa de dizer que não vão ser gastos estes Euros naquela peça e que nenhum dos dois quer nem sabem o que é.
Aguarda-se uma posição clara da CIMBSE sobre estes dinheiros.
A Diocese só terá que lamentar mais este incidente e recorrer a meios próprios para avançar com o órgão que tem projecto e construtor definidos.
Assim seja. Ámen

2 comentários:

  1. Bem visto e atento como sempre a estes casos da câmara, mas raramente mete os tribunais e PJ. Porque será?

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  2. O rei vai nu. Ou, então, de calcinhas caídas.Uma forma de fazer política há muito denunciada.Não há transparência política. Agora, ganha outras proporções porque há um despique entre a Diocese e a Câmara.Os responsáveis estão de candeias às avessas.Pequenas guerras com grande turbulência. Não quero ser moralizante nem conselheiro, mas afirmo isto:O responsável da Diocese não se coloque ao nível de um Presidente de Câmara e separe-se dos interesses políticos. Acerca do orgão, podem ser feitas muitas considerações entre as quais políticas e técnicas. Fica para outro momento, porque isto vai durar.

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