Orçamento e GOP visto por “Guarda com Ambição”

Pontos que considero mais
importantes da análise do Orçamento e GOP visto por “Guarda com Ambição”
O Orçamento apresentado para 2026
ascende a 99 milhões de euros, o valor mais elevado dos últimos anos.
Manifestámos preocupação com o
forte aumento das receitas de capital, dependentes de candidaturas ao PRR e ao
Portugal 2030, algumas ainda apenas submetidas. Alertámos para a necessidade de
execução atempada, tendo em conta que o PRR termina em 2026.
Questionámos a baixa taxa de
execução dos investimentos em 2025. O relatório financeiro a 30 de junho
indicava que, dos 28 milhões previstos em despesas de capital, apenas 9 milhões
tinham sido executados (33%), o que levanta dúvidas face aos 52 milhões previstos
para 2026.
Questionámos o aumento previsto de
144% na rubrica “Taxas, multas e outras penalidades”, estimada em 2 milhões de
euros para 2026. Alertámos que o novo Regulamento de Taxas em elaboração poderá
agravar a pressão sobre munícipes e investidores.
Sublinhámos que as propostas
apresentadas pela oposição não foram sequer mencionadas nas GOP, o que traduz
uma clara menorização do papel da Oposição e dos contributos que apresentou.
Destacámos, entre outras, propostas
como:
Circular Logística da Guarda
(CILOG), Redução sustentada do IMI ao longo do mandato, Medidas de apoio ao
comércio tradicional no Centro Histórico, Certificação da Cestaria de Gonçalo e
do Cobertor de Papa, com inscrição no Inventário Nacional do Património
Cultural, Digitalização integral dos serviços municipais, através de um portal
único de atendimento
Manifestámos preocupação com o
valor elevado das despesas com pessoal previstas no Mapa de Pessoal para 2026,
no montante de 21.169.800 euros, o que representa um aumento de 8,8% face a
2025. Estas despesas passam a representar 46,74% da despesa corrente do
Município.
Sublinhámos ainda que, comparando
2021 com 2026, o acréscimo acumulado é de 66% (2021: 12.874.732 euros).
O Mapa de Pessoal para 2026 prevê
mais 129 lugares, dos quais 50 vagos e 79 novos, perfazendo um total de 1.042
trabalhadores.
Recordámos dados do INE (2023) que
indicam que a Guarda tem 19 trabalhadores municipais por mil habitantes, um
valor superior a municípios comparáveis como Castelo Branco (10), Covilhã (15),
Viseu (13), Aveiro (11) ou Leiria (9).
Questionámos em que áreas persiste
a necessidade de reforço de recursos humanos, alertando em particular para a
falta de Assistentes Operacionais nas Escolas, uma preocupação reiterada pelos
Diretores dos Agrupamentos.
Questionámos ainda o número de
trabalhadores em regime Contrato Emprego Inserção e de prestação de serviços, e
se as novas entradas na CMG representaram efetivamente um rejuvenescimento do
quadro, cuja média de idades se fixa nos 52 anos.
Votámos contra a manutenção da taxa
de 3,75%, por entendermos que deveria ter sido dado um sinal de redução, ainda
que ligeiro, como fator de atratividade e competitividade. Recordámos que
concelhos semelhantes aplicam taxas de 3% (Castelo Branco, Covilhã, Viseu).
APAL
Nos Pontos relativos ao Mapa de
Pessoal e Orçamento da APAL, abstivemo-nos.
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