terça-feira, 13 de maio de 2025

Em defesa do património artesanal

Fotos publicadas sem autorização
“Flor de papa com Joaninha e Moto de verga)
Muito se tem aqui escrito sobre o “Genuíno Cobertor de papa”.
Por hoje não vou não vou acrescentar mais nada:
Mas na Guarda há muito “Artesanato” a preservar, defender, a divulgar.
A apresentação do trabalho “Guarda – Tradições, Cultura e Arte”, no Café-Concerto do TMG, com curadoria e apresentação do escritor Gonçalo M. Tavares” sem a presença de elementos do executivo camarário, que pagou o trabalho, leva-nos a acreditar que o tema não agrada aos nossos governantes.
A Guarda é rica em “Património Artesanal” que continua a definhar.
E se alguém se interessar, quem pode voltar a escrever e qual é o estado da arte (escrevo de memória):
As facas do Verdugal do Pires
As tesouras de tosquia do Jarmelo de Mateus Miragaia
A cestaria de Gonçalo (Fernando Nelas Pereira, um dos últimos resistentes)
As cadeiras de palhinha e as albardas de Famalicão (?)
Os bonecos do “Ti (Jaquim?) de Famalicão
Lembram-se das edições da câmara “Fios da Memória”? Largas dezenas de exemplos das nossas tradições.
Há quanto tempo não é publicado um exemplar da “Coleção Fios da Memória”?
Acabaram com isto, estes e os anteriores sabem bem porquê.

31 comentários:

  1. Só quero fazer uma pergunta que creio até já ter sido feita por alguém: por que motivo o cobertor de papa genuíno e Maçainhas não são mencionados no VisitGuarda como património Imaterial e um local de interesse turístico? Por que motivo o Município teima em colocar imagens do cobertor de papa falso e dos chinelos dos Meios na página do cobertor de papa de Maçainhas? Por que motivo o falso cobertor de plástico e industrial aparece como artesanato? Por que razão o museu dos Meios exibe, na sua porta de entrada, uma foto de um cobertor que foi feito em Maçainhas e apenas lá podia ter sido feito, há já muitos anos?
    Por que motivo exibem no Welcome Center cobertores de Maçainhas, em vez e cobertores feitos no museu dos Meios se é para lá que canalizam os visitantes e dentro do mesmo estabelecimento vendem sacos, agendas e outras peças feitas com o cobertor de papa plástica?
    Qual é o problema que o Município tem em fazer o que deve prestando toda e correta informação, dando o seu ao seu dono?

    ResponderEliminar
  2. Creio saber, também, por que razão acabaram com tudo, ou quase acabaram: na minha opinião, porque queriam que o "artesanato" da Guarda fosse criado industrialmente e até planeavam candidatá-lo a Património da UNESCO. Por isso, acredito que quem impediu tal e quem lhe poderia tirar a visibilidade, teve de comer "por tabela".
    Provavelmente, estão à espera que a fábrica dos Trinta volte a produzir papa plástica.

    ResponderEliminar
  3. Ui! Ui! Amigo Oliveira, vai deixar o vespeiro bem assanhado.
    Mas, como quero dar uma ajuda, vou deixar aqui o link de uma publicação onde se apela ao jornalismo de investigação que debruce a sua atenção e escrutínio sobre a extinção do cobertor de papa, a sua recuperação e todas as peripécias à sua volta. Vou ser repetitivo mas, como o Sol da Guarda tem muitos leitores, pode ser que algum dos verdadeiros jornalistas que ainda vão existindo se interesse pelo assunto e decida mostrar a verdade da mentira. Também aconselho a leitura completa a todos os guardenses e todos os portugueses que tiverem acesso
    https://aervilhacorderosa.com/2025/05/habemus/

    ResponderEliminar
  4. Interessante seria que algum jornal ou órgão de comunicação da Guarda publicasse esse post de A Ervilha Cor de Rosa.

    ResponderEliminar
  5. Tudo isto começou com o executivo de Álvaro Amaro. Gente pouco preparada e desconhecedora do concelho e do distrito começaram a inventar. Chegaram mesmo a associar na altura o coberto de papa ao Papa.
    Gastaram rios de dinheiro para fazer não sabemos muito bem o quê - estilistas, mercados internacionais, passagens de modelos, etc.
    Porque é que na altura tudo andava silenciado e agora estão aos gritos?
    Podem ter razão agora, mas na altura não teriam também?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E verdade, sim, gastaram muito dinheiro em nome do cobertor de papa, mas não foi o cobertor de papa autêntico quem beneficiou da publicidade, foi aquela coisa dos Trinta e toda a gente saberá bem o porquê.
      Em consequência disso, o cobertor de papa artesanal entrou em extinção porque a Escola de artes e Ofícios foi encerrada e o museu dos Meios não produzia cobertores de papa, como deverá saber.
      De resto, não vejo ninguém a gritar, apenas a pedir tratamento democrático, que não se use a propriedade da associação de Maçainhas no museu dos Meios e suas páginas, o que até é crime, e vi a D. Céu fazer uma intervenção na Assembleia Municipal de junho de 2024, sem qualquer grito, com respeito, que deixou o Presidente sem resposta. Se acha que as pessoas defenderem o património e autenticidade é gritaria e que essas pessoas deveriam ficar mudas e quedas, terá de rever as suas ideias sobre democracia, se ela lhe diz alguma coisa,

      Eliminar
    2. 00:59

      É verdade que foi AA quem levantou bem alto a bandeira do cobertor de papa, não por causa do cobertor de papa, em si, mas para beneficiar alguém do seu círculo político e de amigos. Mas as pessoas têm direito à indignação, a dizer o que pensam e sentem e a denunciar a mentira e o que as oprime, ou não? Só porque no tempo de AA ninguém foi falar do assunto à AM e não se tratava desse assunto no Sol da Guarda, já não se denunciava o que se passava e não havia "gritaria"? Havia e muita gritaria: "A Guarda vai candidatar o cobertor de papa a Património Imaterial da Unesco, mas para tal, necessita de certificar o cobertor de papa e elaborar a Carta Paisagística. Isso é que foi gritaria que acabou e nada, sabe porquê? Não compreendo nem, admito que, em democracia, se apelide de gritaria ao trabalho de denúncia da mentira, engano e ataque ao património. Quem tal faz tem de estar do lado errado do problema.

      Eliminar
  6. 0959
    Olhe que na altura muitas vozes se levantaram contra o caminho que estava a ser seguido e não tiveram medo de AA
    A Oliveira

    ResponderEliminar
  7. Oliveira, vou ter mesmo de o dizer
    todo o santo dia o cobertor de papa
    todos os dias os mesmos comentários das mesmas pessoas
    não podemos falar de mais nada?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. 14:57

      Alguém o impediu de falar do que fosse? Incomoda tanto, que se fale do cobertor de papa? Porquê?

      Eliminar
    2. Quem é que o impede de falar do que bem lhe aprouver? Como vê, falou contra o cobertor de papa e o comentário foi publicado.
      Há alguma mentira nos comentários de quem defende o cobertor de papa?
      Se não sabe ou tem dúvidas, só tem de ir ver a Maçainhas e ao museu dos Meios. É uma forma de recusar a verdade do que realmente se passa? Ainda há liberdade de pensamento e alguma liberdade de expressão, mas parece haver muito interesse em acabar com ela.

      Eliminar
  8. estamos a dias de legislativas e o principal blog do distrito fala do : Cobertor de Papa

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. 1459
      Não sou só eu a falar do cobertor do cobertor de papa. O anónimo faz o favor de também falar.
      Quanto a falar de legislativas a opção do blog é falar de temas regionais. Os temas nacionais ficam para os jornais nacionais e regionais, TV nacional e rádios.
      Ao falar de temas regionais estou a falar de temas que interessam a todos. Há muitos a queixar-se que os "Deputados da região" não falam de região. Aqui fala-se
      E já agora proponha os temas a falar.
      A Oliveira

      Eliminar
    2. Se há quem não queira que se fale do cobertor de papa é porque necessita ser falado. Não basta o silêncio da comunicação social local, agora querem impor a censura neste blog? O problema está em quem faz mal ao património ou em quem denuncia a mentira, o engano e a concorrência. Se o município agisse como deve, certamente deixava-se de falar do assunto que incomoda tanta gente. É mais fácil, cómodo e provavelmente, proveitoso, ficar-se do lado do poder, mesmo que o poder seja abusador. É por isso que eles se sentem legitimados a ser o que são e a agir como agem.

      Eliminar
  9. Onde está a verdadeira política de apoio ao património? Onde há memória ? É a Guarda a "pedra angular que os construtores rejeitaram e rejeitam? Onde está o ângulo recto da atitude política pública ?

    ResponderEliminar
  10. 1457
    Se quem vem aqui escreve sobre o cobertor é uma opção, não sou eu que obrigo.
    Propõe que eu não publique os comentários?
    E se não se passa grande coisa de que vamos falar?
    Proponha os temas.
    A Oliveira

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não sou o 1457 mas já agora propunha uma publicação sobre os tres candidatos a deputados. há uma que votou contra a abolição das portagens e que apoiará quando o governo AD voltar a ligar os pórticos. acho que importa falar disso

      Eliminar
    2. Sr. Oliveira, o que muitos queriam era que não houvesse espaço para se denunciar as práticas antidemocráticas e lesivas da nossa identidade, cultura e património. É antes da autárquicas que estes assuntos devem ser levantados, coisa que eles não querem porque, em vez de corrigir o mal, querem continuar na mesma senda. Mera hipocrisia.

      Eliminar
    3. Como alguém uma vez disse: É normal sujar os pés quando se está na sargeta,mas com a certeza de que o espirito está protegido com o cobertor da honra.

      Eliminar
  11. A verdade incomoda mais do que a mentira, deixem-se de hipocrisias. Quem quer falar de outros assuntos pode falar. Há imensos posts cujo comentários, muitas vezes, nada têm a ver com tema, chegando a abarcar vários assuntos. As tentativas de silenciar quem denuncia, sucedem-se, das mais variadas e disfarçadas formas.

    ResponderEliminar
  12. A Nokia deixou de produzir telemóveis porque já não fazia sentido produzi-los. Talvez numa remota aldeia no concelho de Espoo haja quem ainda produza o genuíno telemóvel finlandês.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Anónimo14 de maio de 2025 às 17:22

      Um intervenção que bem demonstra o nível do PG. Assim sendo, comecem por fechar o museu dos Meios que também pretende fazer cobertores de papa sem ter possibilidades de os fazer.
      Vocês não sabem o valor da história e das lições que nos dá.
      Depois, se Maçainhas é uma aldeia remota, ficando a menos de 4km da Guarda, que dizer dos Meios?
      E, mesmo que seja remota, isso é motivo para discriminação e abandono?
      Como julgam que a Guarda é território remoto, pensam que podem fazer o que bem vos apetece?
      "Não há bem que não se acabe e mal que sempre dure"!
      Vejam bem como é esta gente. Eles não perdem menor oportunidade de demonstrar a verdadeira personalidade, por palavras, atos e omissões, portanto, só se deixa enganar quem quer.
      É esta gente que querem a fazer ao concelho e à Guarda o mesmo que faz ao cobertor de papa? Que sirva de exemplo e de alerta.

      Eliminar
    2. 19:02 engana-se. O PG não tem mundo portanto não saberia o nome de uma cidade para lá do Mondego, quanto mais na Finlândia. Talvez você tenha mais em comum com o PG do que pensa.

      Eliminar
  13. Eu sou solidária com a causa do genuíno cobertor de papa e acho que até têm alguma razão nas suas reivindicações, mas isto faz lembrar os ambientalistas a atirar tinta aos políticos. Há coisas que não ajudam à causa e o que é demais enjoa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tem razão: os artesãos da associação devem estar enjoadíssimos do comportamento e atitudes do município, desde 2018 até agora e ainda não desfaleceram. É muito fácil julgar os outros quando não se carrega a cruz deles.
      Quem tem de mudar e parar é quem está a atraiçoar o património e a enganar visitantes, crianças, consumidores, e os próprios munícipes que querem acreditar na mentira e ficar do lado do poder.
      É muito fácil identificar-se quem apenas quer fazer de conta, porque a verdade não pode enjoar aqueles que gostam dela.
      Seja sincera(o) que não engana ninguém

      Eliminar
    2. Aqui, não se atira tinta a ninguém, atira-se, apenas e só, a verdade, mas ela não adere , como a tinta.
      A Comentadora já esteve na associação de Maçainhas e no museu dos Meios, como eu fiz, para ficar esclarecido?
      Se nunca esteve, faça o favor de lá ir e, depois, diga a verdade do que observou.
      Talvez, depois, o seu enjoo fosse motivado pela vergonha de pertencer a uma autarquia que atraiçoa o património e abusa do poder, perante uma pequena associação que apenas pretende manter vivo o cobertor de papa, defender o património e os consumidores.

      Eliminar
  14. Liberdade e respeito é o que este local de escribas nos permite opinar. Já que jornalismo na terra é pouco ou nenhum. Os comentadores são a voz do dono (partidos ou interesses particulares) e o povo vai definhando com o engodo das palavras. Partidos há muitos.
    Sou do partido de partir o partido.
    Força a quem queira trabalhar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nunca leio opiniões nos jornais locais. Apenas leio notícias que são poucas ou nenhumas na Guarda.

      Eliminar
  15. amigo oliveira, belo ramalhete que para aqui vai, só quero dizer que se quem anda a escrever estes comentarios todos (ela sabe quem é) pusesse o mesmo esforço no próprio trabalho esta cidade estava em 2050. grande abraço

    ResponderEliminar
  16. Há um problema na sociedade da Guarda.
    Não aceita que os licenciados ou bacharéis licenciados num politécnico possam ter skils para desempenhar funções políticas.
    Como se fossem licenciados de terceira categoria, mas isso não é de agora. Preferem licenciados das universidades privadas e sem qualquer prestígio, que licenciados dos politécnicos?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O que interessa é o que cada um sabe fazer e o que consegue aportar positivamente. Até parece que só por ter um titulo académico já é suficiente para o sucesso, o que conta é o que sabe fazer. Obviamente que os formados nas melhores universidades têm vantagens, pois participam em ambiente mais competitivo.

      Eliminar